Eu não sou de despedidas nem a minha família o é. Tentei sê-lo uma vez, antes de ir de Erasmus, achando que ia ter a família a chorar baba e ranho por me ver partir e acabei a apanhar um balde de água fria. Não houve lágrimas, nem abraços como se não me fossem ver durante anos, não se matou um porco em minha honra, nem uma festa à maneira como se fosse embarcar numa nau dos Descobrimentos. Uma desilusão portanto. Mas percebi aí que é assim que nós somos: práticos. E sem jeito ou paciência para filmes de despedidas. Não sou portanto pessoa para fazer jantares de despedida, para reunir os amigos e fazer um último discurso, para reunir a família e dizer-lhes onde guardo as jóias de família e como quero que sejam divididas caso algo me aconteça. Aliás, somos tão práticos, tão práticos, que na minha última visita a França (só por uns dias) tive os meus avós a ligarem-me para se despedirem como se eu fosse de vez (e como se eu alguma fosse de vez para França sem lhe ir dar um último abraço, sinceramente....). Quero estar com a minha família antes de ir para França (principalmente com os meus avós que já se sabe que às vezes a vida gosta de nos pregar umas partidas) e quero estar com os meus amigos e estar na converseta com eles esquecendo-me das horas. Não me quero despedir, quero apenas levar comigo o máximo de bons momentos que o coração conseguir albergar. Porque eu não sou de despedidas, mas sou de momentos.
Não sendo de despedidas, é sempre bom dar um último abraço, um último beijo.
ResponderEliminarMas eu nunca acredito que será o último abraço, o último beijo. :) Se acreditasse que sim, chorava de cada vez que deixasse os meus avós após estar com eles. Nem com a relação que tenho, me viram alguma vez a chorar pelos cantos quando me despedia dele. Porque sei que o(s) voltarei a ver.
ResponderEliminarNão quero com isto dizer que não queira estar com a família e os amigos antes de viajar para passar mais um bom momento, mas não vou agarra-los e chorar como se nunca mais os visse. ;)