1.8.13

Espero (mas não prometo) amar-te para sempre

Continuando a saga de escrever posts prometidos em posts anteriores (nos quais digo "mas sobre isto falarei noutro post" e depois nunca falo) o tema de este post será: estar numa relação e apaixonarmo-nos por outra pessoa. A primeira vez que toquei neste tema foi aqui, em que dizia que não posso prometer ao Jack que nunca me vou apaixonar por outra pessoa e que no fundo não acho que ninguém que está numa relação o possa fazer. Não me entendam mal: não estou com o Jack para me ir entretendo enquanto não aparece um melhor. Eu estou absolutamente convicta que este homem é o tal, é aquele que tem tudo para eu me sentir feliz, olho para ele e tenho vontade de ficar com ele para o resto da vida. Mas sendo fria, também as mulheres casadas com filhos da mãe que lhes batem já tiveram momentos em que olharam para eles e acharam que eles eram os tais.

Ou seja, as pessoas mudam. Não apenas quem está connosco, mas também nós mesmas. Assim como as nossas necessidades deixam de ser cumpridas ou tornam-se outras. Quando comecei a namorar com o Jack, lembro-me bem de lhe dizer "Nunca me tomes como certa, porque se eu sentir que o fazes e que deixas de fazer o esforço de me manter conquistada, as coisas podem correr-te mal" (este rapaz levou com uma lista de regras e conselhos mal começámos a namorar. Assim, não podia dizer que não tinha sido avisado. =P E até agora tem resultado, mas sobre isto falarei noutro post ;)). 
Para mim, é importante ter um namorado romântico. É e sempre foi importante. Um namorado tem de ter outras qualidades, claro, mas esta é uma daquelas das quais eu também tenho necessidade. Conheço-me e sei que não seria verdadeiramente feliz se tivesse alguém que me dissesse "amo-te" quando o rei faz anos, que só fosse romântico quando eu pedisse, que nunca se lembrasse de ter um gesto romântico qualquer, achando isso coisa de maricas. E sendo um dos meus lemas de vida "Tenho o direito de ser feliz, sou-o e vou continuar a sê-lo" não aceitei obviamente o primeiro que me apareceu sem um pingo de romantismo. Por sua vez o Jack mostrou-se um romântico desajeitado desde o início. Conquistou-me. Se agora passado oito anos o tivesse deixado de ser completamente, eu notaria e sentiria falta. E não me sentiria completamente feliz nesta relação. Tal não seria obviamente razão para começar a procurar imediatamente outro que o substituísse, mas se me aparecesse alguém como ele, com todas as suas qualidades e fosse romântico, o que me proibiria de me apaixonar por esta nova pessoa? Para mim, quando estás numa relação e te apaixonas por outra pessoa (mas eu estou a falar de amor mesmo, não aqueles casos de uma noite, sim?), é porque essa pessoa te traz tudo o que tu já tens na actual relação e mais qualquer coisa de que sentias falta. Ou seja, apaixonas-te por alguém melhor (porque se assim não for, então é burrice). Acredito tanto nisto que digo na brincadeira ao Jack que vou estar com ele até aparecer alguém melhor e que como fundo não acredito que vá aparecer, ele está safo e ficará comigo para sempre.

Da mesma forma, encaro de forma natural a ideia de que um dia o Jack se possa apaixonar por outra pessoa. Espero muito sinceramente que isso nunca aconteça, mas sei que se deixar de ser a namorada que sou e me tornar numa chata, ou numa ciumenta do pior, ou em alguém que não faz nada da vida, que só critica, sem humor, etc, o rapaz tem todo o direito de se apaixonar por alguém melhor que eu. Ser meu namorado não é um convite a ser infeliz para o resto da vida. Nós estamos com quem estamos enquanto somos felizes. E quando não o somos completamente, aumenta a hipótese de conhecermos alguém que nos faça mais felizes (e no fundo, ainda bem, não é?). No meu caso, nestes oito anos de namoro eu mudei muito. Mas muito mesmo. Para além de fisicamente ter ganho uns bons quilos em cima (ahah =P) psicologicamente já não sou como era no início: sou mais desconfiada, menos inocente, mais saída da casca, menos medricas, sei melhor o que quero. E quando reparei que estava tão diferente, tive o cuidado de perceber se continuava feliz ao meu lado porque se ele não andasse feliz, a probabilidade de o perder era maior.

Em jeito de conclusão, por muito que amemos alguém, por muito que queiramos fazer planos com esse alguém, não podemos prometer que nunca nos vamos apaixonar por outra pessoa. Às vezes há vontade de fazer tal promessa até porque acreditamos que tal nunca vai acontecer (eu duvido muito seriamente que tal me aconteça se o Jack me continuar a fazer feliz como tem feito até aqui), mas não mandamos no coração. Contudo, e regressando ao post de onde este partiu, podemos sim prometer que se nos apaixonarmos por outra pessoa, não lhe faltaremos ao respeito, não trairemos e que daremos por acabada a relação antes de iniciar uma nova (porque aqui não é o coração que manda, mas sim a cabeça).

1 comentário:

  1. É uma dura realidade. Já deixei de gostar de alguém e senti-me até culpada. Mas sei que é um rumo natural.

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