Tenho a dizer-vos que isto de planear um casamento é mais ou menos como decorar uma casa: tem o dobro da piada quando se tem dinheiro. É que uma pessoa até pode ter mil e uma ideias, pode querer aquele papel de parede às bolinhas, as almofadas com riscas e as estantes com luzinhas próprias, mas quando se olha para a conta bancária e esta se ri de gozo, uma pessoa percebe que se calhar o papel de parede fica para a próxima, as almofadas terão de ser lisas e as estantes vão ser do mais normal que há. Da mesma forma, uma pessoa até pode ter duas mil ideias para o casamento, pode querer contratar aquela banda famosíssima, escolher toda uma decoração daquela cor que só existe no fim do mundo e querer um bolo de oito andares, que ao longe já ouve os risinhos da conta bancária que anunciam que mais vale arrumar as ideias numa gaveta e não voltar a pensar nelas. E assim como uma casa se decora na mesma, um casamento na mesma se planeia. Porque assim como numa casa se abdica de comprar já tapetes (eu não tenho nem um) para podermos comprar uma estante para os livros (que tenho muitos), ou se prescinde de umas almofadas lindas para se comprar uns cortinados que zelem pela nossa privacidade, ou se deixa na loja uns quadros lindos porque há que primeiro comprar comida, num casamento as decisões são também tomadas assim. Pensa-se no mais importante e prescinde-se do resto. E eu sei que o mais importante vou ter: o meu noivo e as pessoas que me são próximas. E se para poder ter estas pessoas, tenho de prescindir de outras coisas que também gostaria de ter? Então prescindo. Afinal de contas gosto imenso da minha estante com os livros e até hoje ainda não senti falta dos tapetes. :)
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