A primeira noite da Mini-Tété foi terrível, horas e horas a chorar e eu sem saber o que fazer com ela e com a minha vida. Nas restantes noites a coisa melhorou e numa das noites entreteve-se a acordar-nos de duas em duas horas para comer. Cá em casa, rapidamente entrou no ritmo das três horas e à noite, por vezes, já aguentava um pouco mais. Aqui não tínhamos bem definido o que fazer: por um lado, nas aulas de preparação para o parto tinham-nos dito que não valia a pena acordar os bebés à noite e que eles acabariam por acordar sozinhos quando tivessem fome; já na maternidade a Mini-Tété passou cinco horas sem comer, foi um sarilho para a acordar, e deram-nos depois a indicação que não poderíamos deixá-la tanto tempo sem comer; por fim, o pediatra depois falou-nos em não ultrapassar as 4-5 horas sem leite.
Assim, nas primeiras noites deixámo-la acordar-nos, visto que o fazia com bastante regularidade. Alguns dias depois, vendo que por vezes já aguentava quatro horas, comecei a pôr o despertador para cinco horas após o último biberão para, deste modo, ter a certeza que caso ela não me acordasse antes, não passaria mais do que cinco horas sem comer. Acho que acordei uma ou duas vezes com o despertador, as restantes vezes encarregava-se ela de me acordar. Ao fim de três semanas de existências, a Mini-Tété tinha os sonos trocados e achava que a noite começava às 5h da manhã. Não passava a noite a chorar, ia choramingando, dormitando ou ficando apenas acordada até decidir que finalmente eram horas de dormir. Houve dias em que vi o sol nascer. Depois decidi deixar de usar o despertador já que estava mais do que provado que a Mini-Tété abria a goela para chorar quando tinha fome e não precisava que eu a acordasse. E o tempo de sono foi aumentando, embora o início da noite continuasse a ser de madrugada.
Quando fez um mês, deve ter achado que já estava na hora de ter juízo e dormiu a sua primeira noite a horas decentes. O problema é que eu, habituada que estava a que ela fosse dormitando e acordando durante a noite até se ferrar no sono a sério praticamente de manhã, demorei a meter na cabeça que as rotinas tinham mudado, o que me levou a passar duas noites praticamente em branco, sempre alerta à espera que ela acordasse e ela...ferrada a dormir. Quando finalmente eu adormecia, estava na hora de ela acordar. Nem vos digo o meu estado nestes dias. Acho que nem o meu nome sabia.
Neste momento, continua a fazer as suas belíssimas noites de sono (nem tenho coragem de vos dizer quantas horas passa a minha filha sem comer, ferrada a dormir. Ainda chamam a Segurança Social...) e eu aproveito. Claro está que quando se lembra de fazer das suas, como na noite de sábado, em que decidiu passar a noite acordada e adormecer só de manhã, quem se lixa sou eu já que me troca os sonos a mim; esta noite ela voltou a dormir a noite todinha e eu...não preguei olho. Estou para aqui com uma directa em cima. Alguém explica a esta bebé que brincar assim com as noites de sono da mamã não traz grandes resultados?
Podes sempre experimentar a estratégia de, em vez de ser mini-Teté a chorar a noite inteira, seres tu a chorar a ver se dormem em conjunto :p
ResponderEliminarAhahahaha. Pobrezita, ela quando passa as noites sem dormir nem chora muito. Está simplesmente acordada e quer companhia. :)
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