2.5.17

Dica 9# - Socorro, o meu filho cospe a sopa!

Liga-me a minha mãe:
- Estava aqui a rever os vídeos da Mini-Tété e fui dar com aquele em que ela está a cuspir a sopa. Fartei-me de rir só de lembrar.

Já eu faço um esforço hérculo para esquecer. De todas as fases da Mini-Tété, esta foi provavelmente a que mais odiei. Acordar de hora a hora? Venha! Deixar cair a chupeta um milhão de vezes por noite? Siga! Cólicas? Pff, venham elas. Birras? Veremos mas cheira-me que não conseguirão tirar o lugar do pódio à maldita fase "cuspir a sopa". Odiei a primeira vez que aconteceu e odiei todas as vezes seguintes, sem nunca achar a mais pequena graça. Odiei de tal maneira que as refeições passaram a ser um sacrifício para mim e quando o Jack chegava a casa, calhava-lhe sempre em sorte ser ele a dar a sopa à Mini-Tété, mesmo que não lhe desse jeito nenhum. Eu não queria saber, eu só queria fugir a mais um massacre depois de duas refeições (almoço e lanche) a apanhar com uma chuva de sopa e papa em cima. Os meus pais e avós deliravam com a nova gracinha da menina (muito obrigada, através do skype também eu) a tal ponto que passei a não permitir chamadas durante as refeições por duas razões: 1) Não queria que ela tivesse a força dos avós e dos bisavós para continuar com aquilo e 2) a minha sanidade mental não me permitia estar a apanhar com sopa na cara e ter gente a rir-se quando só me apetecia dar um berro. Acho que naquele momento ter-me-ia sabido bem um abracinho e alguém me ter dito "Sim, é uma porcaria. Mas vai passar. Faz isto que resulta.". Pelo contrário, enquanto a família e as amigas riam e diziam que era fofinho, eu embarcava em pesquisas na internet à procura de uma forma para acabar com esta gracinha. Porque eu tinha noção que a Mini-Tété não fazia aquilo para me aborrecer ou stressar (mas stressava, oh se stressava. Perguntem ao Jack e ele ainda hoje vos diz o estado de nervos com que me encontrava quando chegava a casa), era apenas uma gracinha, tal como descobrir descobrir-me as orelhas ou tentar enfiar os dedos no meu nariz. Era apenas uma descoberta mas, infelizmente para mim, uma descoberta à qual ela estava a achar piada. Pelas minhas viagens via internet não encontrei dicas nenhumas, pior até, encontrava relatos de mães cujos filhos aos 2 anos ainda faziam esta brincadeira. Era uma fase, acabaria por passar, lia eu. A ver vamos, ela tinha 8-9 meses quando começou com isto e era mais do que óbvio que eu não aguentaria tal coisa até aos 2 anos sem pelo menos ganhar uma depressão pós-parto, o que aqui entre nós, seria uma pequena vergonha ter de explicar a um médico que me sentia deprimida à conta de uma sopa e papa cuspidas.

Eu tenho perfeita noção que para a maior parte das mães este tipo de coisa não é assim tão mau. Vejo pelo próprio Jack, a quem se perguntar qual a pior fase da Mini-Tété, não me dirá obviamente esta. A verdade é que todos temos diferentes sensibilidades e se eu vejo desabafos de mães à beira da loucura com coisas que a mim não me incomodaram assim tanto, parece-me normal que eu tenha ficado uma pequena pilha de nervos à conta de algo insignificante para os outros. Definitivamente, o meu calcanhar de aquiles nesta coisa da maternidade é, até agora, apanhar com sopa em cima. Podia ser pior. Podia ser trocar fraldas e aí é que estava bem tramada.

Posto tudo isto, deixo aqui a maneira como resolvi a questão já que não encontrei esta dica tão simples em lado nenhum.

"Socorro, o meu filho cospe a sopa! Como o faço parar??"

Fácil, não lhe dando sopa. Não havendo sopa para cuspir, não há gracinha para se fazer. Ah, maravilha das maravilhas, o sossego. Então, mas eles não têm de comer sopa? Têm pois, mas aqui entre nós, se se dão ao luxo de cuspir a sopa é porque não estão assim com tanta fome, certo? Foi seguindo este pensamento, que alterei as minhas refeições com a Mini-Tété, passando a parar de dar a sopa a cada "brrrrrr". Sempre que ela o fazia, eu interrompia a refeição e ia fazer o meu almoço. Depois continuava até haver novo "brrrr", e nessa altura ia buscar o meu almoço e começava a comer. Nova tentativa, novo "brrrrrr" e continuava a comer até acabar a refeição. Entretanto, por esta altura a Mini-Tété já começava a perceber que ou engolia a sopa e deixava-se de gracinhas ou não comia. Começou a reduzir a quantidade de cuspidelas durante as refeições e dias depois, a brincadeira tinha acabado e não voltou até hoje. Fica a dica para aqueles que, como eu, um dia desesperem (ou não mas queiram acabar com isto antes da criança ter a dentição toda e saber falar 5 línguas).



4 comentários:

  1. Também foi uma das fases que menos gostei nos meus sobrinhos... CREDO.
    Não há refeição que se faça sem se ficar toda suja :p
    Beijinho

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Eu odiava sentir a sopa na cara. Que fase, meu Deus.

      Eliminar
  2. Por acaso acho que vai ser algo que me vai perturbar... lixeira com comida é dose!!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Mas agora já sabes a dica para acabar com esta fase rapidamente. :D

      Eliminar

Digam-me coisas. :)