4.5.18

Mini-Tété, A Do Contra


A Mini-Tété está a passar por uma fase tão mas tão chaata, haja paciência. Está na fase do "não" a qualquer pergunta que lhe seja feita e o 90% do que a oiço dizer durante o dia é "não quero, não gosto, não vou, não digo, não arrumo, não como, não bebo", etc, etc. Se o almoço tive carne, arroz, cogumelos e tomate é certinho que me vai dizer que não gosta de carne nem de arroz nem de cogumelos nem de tomate. Também não gosta da sopa e muito menos da fruta, seja ela qual for que lhe seja apresentada. Não quer dormir a sesta, não quer ir para a cama, não quer arrumar os brinquedos, não quer comer nenhuma refeição, não quer mudar a fralda, não quer vestir, não quer tomar banho, não quer calçar-se, não quer sair, não quer entrar, não quer ir ao parque, não quer sair do parque, não quer ir a pé, não quer ir de carro, não quer nada seja qual for a pergunta que seja feita, arrrgh. Está tão do contra que até demora muito mais tempo a fazer qualquer tarefa que antes faria em dois segundos. Quanto mais lhe peço que se despache, mais devagar faz as coisas. Respirar fundo e contar até 10.

Durante o dia vou levando as coisas o melhor que posso, dando-lhe a volta, não insistindo nalgumas coisas, fazendo questão de outras e dando-lhe pouca importância noutras ainda. Quando começa com a ladaínha de que não quer comer nada do que tem no prato é certinho e direitinho que ouve um "tudo bem, não queres comer, não comes, não faz mal". Geralmente a fome vence a casmurrice e marcha quase tudo. É daqueles casos em que não vale mesmo a pena insistir que coma porque não resultaria e porque eu não tenho paciência para obrigar ninguém a comer.
Admito que chegando ao final do dia a minha paciência começa a esgotar-se depois de horas e horas cheias de "não" e é preciso contar até 10 várias vezes para não lhe dar um berro. Vamos acreditar que é uma fase.

De alguma forma, não sei se não fomos nós a despoletar esta fase porque quando, no parque, as outras crianças começaram a tentar tirar os brinquedos à Mini-Tété, a empurrá-la ou agarrá-la, explicámos-lhe que deveria dizer "Não!" de forma a não deixar dúvidas. Mini-Tété aprendeu "tão bem" a lição que agora diz "não" a qualquer criança que se aproxime a menos de 3 metros dela, que se lembre de subir o escorrega que ela está a ainda a pensar se vai subir ou que ouse sequer falar com ela nem que seja para perguntar se quer brincar. E depois é vê-la toda ofendida quando alguma criança a ignora com razão e me diz "Mas a Mini-Tété disse não!". Mostrámos-lhe o poder do "não" mas acho que agora temos de a ensinar a usar correctamente.

Enquanto não o aprende é respirar fundo e não entrar em pânico quando se pensa que se é assim aos 2 anos e meio, o que será quando for adolescente. Paciência, Tété, muita paciência.

1 comentário:

  1. Ui! O meu filho passou pela pior fase dos 3 aos 4, era super terrível... boa sorte! :P

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