Está sol, está calor, estou sentada no sofá, ao computador, com as portas janelas escancaradas para o exterior, a sentir a brisa que entra, e a ouvir a Mini-Tété e as crianças vizinhas na sua tagarelice habitual. Vou-lhes deitando o olho para garantir que não se distraem. Aprenderam depressa que podem partilhar o espaço exterior mas que fica cada uma do seu lado, criam brincadeiras assim, vão buscar os mesmos brinquedos, carros, folhas e lápis, bonecas e legos, e brincam ao mesmo, à distância, enquanto falam e falam. E aproveitam o sol e a sorte de poderem não estar sempre fechadas em casa.
Há dias piores, há dias em que a ansiedade é maior, em que todos os planos para o futuro são postos em causa, em que o medo de alguém dos nossos ficar doente é aterrador, em que se chora por aqueles que já perderam pessoas, em que se pensa que nada disto é justo.
E depois, para balançar tudo isto, há dias destes. Com sol, com brisa, com as vozes das crianças a voarem até ao céu azul e se pensa, que no meio de tudo isto, nós até temos sorte.
Mas que sortuda és por teres espaço exterior e viveres no campo. Nestes dias, tenho sentido mesmo muita pena por não ter preferido alugar uma casa na aldeia...
ResponderEliminarJá andamos à procura de casas com jardim :P
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