29.10.14

E juizínho, não?

Tenho a sensação que aquele tempo em que as pessoas eram civilizadas e assumiam as responsabilidades já passou e podemos dar por terminada toda esta era de pessoas com coragem. Deixem-me cá ser velha e dizer: Eu ainda sou do tempo...em que se por acidente se batesse num carro estacionado, se deixava um papel com o nosso contacto para que quando o dono da viatura danificada chegasse ao local soubesse como nos contactar e combinar o arranjo. 

Há coisa de um ano, andavam uns miúdos a passear de scooter aqui na rua. Horas mais tarde, quando saímos de casa apercebemo-nos que uma das scooters devia ter tombado para cima do nosso carro e tínhamos uma porta com uma amolgadela funda e bem visível. Contactos de quem tinha feito aquilo nem vê-los e claro que tivemos de suportar o custo do arranjo e pintura da porta. 

No domingo fomos jantar com a família do Jack a um restaurante cujo parque de estacionamento estava vazio. Ainda assim tivemos o cuidado de colocar os carros numa das pontas do parque de estacionamento. Imaginem pois a nossa cara quando ao olhar para o nosso carro, temos o pára-choques traseiro fora do sítio. E se me custa perceber como (como???) é que alguém conseguiu atravessar um parque de estacionamento deserto para nos ir bater, custa-me ainda mais que mais uma vez não haja um contacto do responsável. Ah, não tinha papel. Fácil: entrava no restaurante e explicava a situação a um empregado que procuraria o dono da viatura ou no mínimo emprestava um papel e uma caneta.

Cambada de medricas....Se não sabem conduzir sem estragar os carros dos outros, não conduzam. Ponto.

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