22.6.17

Uma praga

Os meus vizinhos vivem numa terra diferente da minha, só pode. No Inverno, com graus negativos, temos nós tudo fechado e o aquecimento a bombar, e é vê-los de janelas abertas dia e noite. No Verão, com receio das melgas, fechamos tudo à noite enquanto que eles mais uma vez mantêm tudo aberto pelo que facilmente se conclui que as melgas só voam mesmo ao nível no nosso apartamento. E todos os anos por esta altura, há uma praga de mosquitos pequeninos que facilmente nos entra pela casa dentro (aliás, basta sair de casa e entrar no carro para ficarmos logo com a roupa e a pele com vários mosquitos). No primeiro ano que aqui vivi tive a terrível experiência de abrir a janela do quarto para arejar e minutos depois uma das paredes brancas estava preta com tantos mosquitos pousados. Fui obrigada a comprar daqueles difusores mata-tudo (e eu que odeio estas coisas), pôr no quarto, e umas horas depois o chão estava preto de tantos mosquitos mortos. Desde aí tenho sempre cuidado quando os começo a ver aparecer. Nos últimos dias, já tinha visto um ou outro pousado nas janelas mas hoje, estando a casa a 32°C, decidi arriscar e abrir as janelas para arejar, pensando que poderia ser a última vez antes da praga chegar. Erro! Minutos depois, já via mosquitos nas costas da Mini-Tété. Fui a correr fechar as janelas mas já era tarde demais: tenho as paredes, o tecto, os cortinados, tudo cheio de mosquitos. E tem sido assim o meu dia: a dizer palavrões, a passar panos húmidos em todas as superfícies para os ir matando e a ver que os vizinhos mantêm as janelas abertas porque muito provavelmente lá na terra deles, que é seguramente uma terra diferente da minha, não há esta praga. 

E o bom que é ter uma casa quente e saber que não vou poder abrir uma janela que seja durante uma ou duas semanas? 


Já limpei esta janela uma dúzia de vezes. Minutos depois volta a estar assim cheia de mosquitos tal a quantidade que neste momento ainda tenho a viver cá em casa.

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