8.3.14

Obrigações

Estando eu desempregada não tenho horários nem qualquer obrigação de acordar com o despertador, mas às custas da nossa vida de casal tenho a responsabilidade de acordar o homem para que este vá trabalhar. Não me interpretem mal: o Jack não é dos que foge às responsabilidades e que precisa de mim para o lembrar que tem um trabalho a fazer. Mas para que acorde sozinho com o despertador, este tem de estar no volume máximo e tocar durante pelo menos 10 minutos antes que o dorminhoco se aperceba que há um ligeiro ruído algures. Ora, acordar com o despertador no máximo é coisa para me provocar um mini ataque cardíaco todas as manhãs, e não querendo eu morrer de susto uma vez por dia, combinámos que os despertadores seriam colocados quase no mínimo, o suficiente para eu acordar e depois teria eu a tarefa de acordar o trabalhador de serviço. Claro que às vezes me sinto eu própria um despertador e só me falta o botão de adiar o toque quando ele me diz "Só mais cinco minutos" cada vez que o tento acordar. Isto tudo para dizer que fico fula da vida quando, em dias como o de hoje, não acordo. Lembro-me bem que estava a sonhar que estava na fila para Torre Eiffel e que muita gente conversava ao meu lado. Pois, as vozes dos outros eram na verdade o despertador, com dois homens a falar na rádio. O som misturado com o sonho não me permitiu acordar, o que fez com que não acordasse o Jack, o que fez com ele saísse um pouco atrasado. E fico assim, irritada, porque mesmo estando desempregada, afinal tenho obrigação de acordar com o despertador e não o fiz.

2 comentários:

  1. Nao te de se sentir assim, tudo bem que é uma responsabilidade, mas acontecesse a qualquer um. Também podia acontecer ao Jack ;)

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  2. Oh, e acontece ao Jack quando não durmo em casa. O despertador pode estar no máximo que ele não acorda logo....:)

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