5.6.14

Eu e ela

Tenho uma conhecida no facebook com quem me dou na vida real só porque as circunstâncias da vida assim me obrigam. Ela não gosta de mim e eu não gosto dela, e isso é ponto assente, pelo menos para mim. No facebook não lhe dou cavaco nenhum, não meto "likes", não comento fotografias, nada de nada, e rio-me quando, ao não lhe fazer qualquer vontade na vida real, me bloqueia o acesso à sua página. Depois não obtendo qualquer reacção minha, volta a dar-me o dito acesso. E é assim a nossa relação facebookiana: bloqueia-me, não me bloqueia, bloqueia-me, não me bloqueia. Nenhuma de nós comenta isto, eu porque no fundo quero lá saber, e ela porque...sei lá porquê. Mas quando não estou bloqueada, rio-me com as frases colocadas no seu mural. É preciso ver que ela é daquelas pessoas que afasta os outros por se achar muito esperta e por tentar constantemente que estes lhes façam as vontades, enganando-os. Há quem ainda caia, há quem não, como eu, porque às tantas uma pessoa aprende e consegue manter as devidas distâncias. Assim, rio-me, quando alguém como ela, que com o seu feitio retorcido consegue fazer com que toda a gente fuja dela, coloca frases do estilo "Ingratidão é o que se recebe quando nos preocupamos com quem não merece" ou "Com o passar do tempo damos conta que foi bom perder certas pessoas". E eu tenho vontade de comentar com um "Ahahahahahah", mas tenho receio de ser mais uma vez bloqueada e deixar de ver estas pérolas. Assim sorrio e aguardo que um dia a vida lhe ensine que as pessoas não se afastam dela por não a merecerem ou por serem ruins, mas sim porque são inteligentes e sabem que certas companhias não nos trazem nada de bom à vida.

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