Acabei ontem o livro "Objectos Cortantes" da Gillian Flynn. Andei com ele entre a mesinha de cabeceira e o sofá da sala durante uns dias sem nunca o começar por ter lido que, dos três desta autora, este era o mais pesado. E como já tinha achado que o segundo livro dela era assim para o pesadote, andava um bocadinho reticente em começar este sem saber o que ia encontrar.
Ora bem, em termos de história não achei grande coisa. Aliás, ia a meio do livro quando dei por mim a pensar "Mas afinal de contas o que é que aconteceu de importante desde o início do livro?". Nada. Parece que estamos a ler um livro em que a história não se desenvolve e eu lembro-me de ter esta mesma sensação com o primeiro livro desta autora. E à semelhança do que acontece nesse livro, este acaba por ter a maior parte da acção e da história na última parte. Ainda assim este é efectivamente mais pesado, não apenas por ter uma linguagem muito sexual como por muitas vezes esta estar associada a miúdas de 13 anos, para além da crueldade dos crimes.
Conhecem aquele tipo de pessoas que parece dizer um palavrão em cada frase apenas pelo gosto em "chocar" quem ouve, notando-se até muitas vezes que aquilo não sai de forma natural? Foi o que senti com este livro: que a autora usa e abusa de termos sexuais como se quisesse um livro cru mas que a mim me soou bastante forçado e não acho que fosse essencial à história (já um bocadinho de acção durante a primeira metade do livro teria sido bem-vinda).
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