Tété tenta orientar-se (e falha redondamente)
É certinho e direitinho: não consigo ir até ao centro comercial por um caminho e voltar pelo mesmo. Vou por um e venho por outro. Mais vale meter na cabeça que pontos de orientação não é comigo e que mais vale fazer sempre assim. A partir de agora o GPS é o meu melhor amigo.
Tété tenta falar francês (mas os outros não me deixam)
Eu tento, porque tento mesmo, falar francês nas poucas oportunidades que tenho. Tento fazer frases completas, responder devidamente sem ser com monossílabos, e por aí adiante. Mas depois acontecem-me coisas como as de hoje: estava a comprar a prenda de aniversário para o Jack, e o empregado da loja lá ia tentando manter uma conversa que eu percebesse e eu lá ia tentando responder. A páginas tantas, ele pergunta-me se sou portuguesa. Respondo que sim, e ele diz que se tinha apercebido disso pelo sotaque. E aqui deixem-me fazer um aparte: já é a segunda pessoa que me pergunta a nacionalidade, dizendo que reparam no meu sotaque. Ora, o interessante é que o meu francês não tem sotaque. Na verdade, o meu francês é falado mal e porcamente e daí facilmente se perceber que não sou daqui. O meu sonho é chegar ao dia em que vou falar correctamente francês com sotaque (já nem sonho não falar com sotaque que o meu jeito para línguas numa foi muito e não há-de melhorar). Mas é mimoso da parte deles dizerem que tenho sotaque em vez de dizerem "Pois, com tantos erros numa frase nota-se logo que não é francesa!". =P Continuando então, nisto o empregado pergunta-me em francês de que cidade sou. Não o entendi. Perguntou outra vez. Não o entendi outra vez. À terceira, visivelmente farto daquilo e já com cara de quem estava a começar que se calhar eu, para além de não falar bem francês até poderia ter algum atraso, começa a falar português comigo, a dizer que é do norte de Portugal, etc, etc...Por isso, por muito boa vontade que eu tenha em tentar falar francês, a culpa não é minha se até os empregados são portugueses e falam comigo português. =P
Tété manda pragas a São Pedro (e cheira-me que vai continuar a mandar)
Quando saí do centro comercial já ia com um ataque de alergia em cima que me fazia espirrar ao ponto de se me fazer ouvir a três quilómetros de distância. O que mais queria era que a viagem de regresso a casa corresse bem, que fosse rápida e sem percalços Pois, está bem, está bem. A meio da viagem começa a cair uma autêntica carga de água. E lá ia eu, com os olhos meio fechados (que isto das alergias dá-me uma comichão nos olhos de tal ordem que mal os abro), com os limpa-pára-brisas no máximo, a pensar que não via um boi à frente do carro. E nisto, São Pedro, ainda pouco satisfeito, decide lançar granizo. A barulheira era tanta que eu já nem ouvia a voz do GPS e nem me atrevia a tirar os olhos da estrada para ver no ecrã do aparelho se tinha de virar para algum lado. E nisto a visibilidade piora rapidamente porque o granizo não era composto por pedras duras, mas sim por pedras que batendo no vidro se desfaziam (parecia neve) em áreas de cerca de dois centímetros, cobrindo todo o pára-brisas com uma camada branca que por muito que eu afastasse se voltava a formar. Tudo isto enquanto o carro apitava furioso, que a temperatura era de 3ºC e por isso haveria risco de gelo (3ºC, São Pedro, 3ºC!!! Sabes que Junho está quase aí, não sabes????). Ainda estou para perceber como raio consegui regressar pelo caminho certo, como é que não bati em nenhum lado e exactamente de que está São Pedro à espera para mandar vir o bom tempo. É que São Pedrito, se queres algum suborno, andas a pedir às portas erradas, porque a malta anda toda sem dinheiro.....
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