18.11.20

Aqui estou eu novamente :)

Estou viva! Mas passo tanto tempo sem vir aqui que qualquer dia já nem sei escrever. Não há grandes novidades na minha vida porque este ano não está bom para concretizar planos ou pensar em coisas novas, vai-se vivendo e procurando focar nas coisas boas que nas menos boas. 

Depois de duas semanas de recolher obrigatório às 21h, estamos novamente confinados desde 31 de Ourubro, desta vez um semi-confinamento, em que as crianças podem ir à escola e os pais podem sair de casa para levar as crianças à escola e/ou trabalhar, devidamente munidos das declarações para o efeito. Fora isso, como em Março, sai-se para ir ao supermercado, à farmácia, pôr gasolina, ir ao médico, paticar desporto, passear o cão e pouco mais. Sempre com nova declaração no bolso.

Assumo que começo a revelar algum cansaço desta situação porque embora seja muito caseira, uma coisa é ficar em casa porque me apetece, outra coisa é ficar em casa porque sou obrigada isso. Ainda assim, não me queixo muito pois sinto que somos privilegiados. Estamos todos com saúde, temos ambos emprego, a Mini-Tété tem escola, e mantemos o contacto social com os vizinhos uma vez que as crianças brincam juntas na escola, partilham o jardim de casa, passam a vida a entrar em nossa casa ou na deles, por isso semanalmente jantamos juntos e fazemos uma noite de conversa e jogos de tabuleiro, o que ajuda a manter a sanidade mental. 

Ah, lembrei-me agora que até tenho uma novidade: em Setembro, no meio de um destes jantares de vizinhos, dei por mim, ainda estou para saber como, a concordar inscrever-me em aulas de dança jazz com a vizinha. Drogou-me a bebida, só pode. Pequena nota: eu não sei dançar, eu nunca soube dançar, eu sou terrível a dançar. Mas eis que de repente ali me vi, no ginásio da terra, a apresentar-me à professora de dança que fez questão de clarificar que as aulas não eram bem para iniciados pelo que teríamos de nos esforçar. Entretanto, confinamento e tal, as aulas passaram a ser virtuais através do Zoom, o que me deixou de orelha murcha porque não tem metade da piada ser assim. Mas, juntei-me à vizinha e fazemos a aula juntas em casa dela, o que nos leva a ataques de riso de ir às lágrimas e bons momentos. Continuo sem saber dançar mas isso é outra história.

Este mês já li um livro (ou melhor, reli pois quis relembrar-me da história antes de começar o segundo com as mesmas personagens) e gostava de ainda ler o segundo antes de entrarmos em Dezembro, mas o livro não me está a prender como o primeiro e não sei se o objectivo será alcançado.

Este ano seria a vez de passarmos o Natal em Portugal mas com tantas voltas e voltaretas à conta deste vírus, cancelámos a ideia, o que me está a custar, confesso. Adoro o Natal com a minha família, adorava estar com os meus pais/irmão e com os meus avós, engulo em seco com medo que algo que lhes aconteça e eu esteja a deitar pela janela fora a oportunidade de passar um último Natal com eles, mas não nos apetece fazer planos, comprar bilhetes de avião e depois as companhias aéreas cancelarem tudo e deitarem um balde de água gelada por cima dos nossos sonhos. Além do mais, sou uma pessoa de risco, a minha mãe imenso, os meus avós também e pior que passarmos o Natal separados era um de nós contaminar os outros como prenda no sapatinho. Não, obrigada.







1 comentário:

  1. Hello :)
    Ri-me muito com a parte da vizinha te ter drogado a bebida.
    Gosto tanto de te ler por aqui. O instagram é muito bonito mas aqui é outra essência.
    Beijinho

    ResponderEliminar

Digam-me coisas. :)