Fui a última a entrar no avião. Não, na verdade, fui a penúltima, porque um homem esperou que todos os passageiros passassem por ele para só depois se colocar atrás de mim e ser ele o último. Olhei para ele e reconheci-o. Já uma vez tinha apanhado o avião com o José Cid e a sua banda. Desta vez era o Vítor Baía. Já quase no fim da manga de acesso ao avião, deixei de ser a penúltima pois uma senhora deixou o seu lugar na fila para pedir um autógrafo para o filho e deixou-se depois ficar atrás de mim. E eu fiquei a matutar naquilo: porque razão se pediam autógrafos. Acho que nunca pedi nenhum e tenho a sensação que aquele bocado de papel facilmente se perderia entre tantos outros papéis lá de casa. E qual a utilidade daquilo? Mostraria eu alguma vez a alguém o autógrafo de um jogador de futebol ou de qualquer outra pessoa? Entrei no avião ainda a matutar naquilo, olhando para o único lugar vago que havia em primeira classe e pensando que é assim que os jogadores viajam. Chegada à minha fila, por pouco não acertei com a mochila no homem que ia atrás de mim e que me perguntou se a sua mala caberia junto com o minha mochila. Ah, afinal também viajam em segunda classe. E falou comigo e portou-se como um qualquer outro passageiro, e não como a senhora que eu tinha apanhado no voo anterior que tendo um bilhete de segunda classe insistia com as hospedeiras que queria ficar na primeira classe porque os lugares eram mais confortáveis. No fundo, há gente para tudo.
O post está confuso mas são as férias escolares e os miúdos do andar de cima devem estar a destruir o apartamento à paulada. É impossível fazer qualquer raciocínio lógico neste momento.
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