14.4.14

A madrinha

O post anterior foi uma participação num desafio lançado pelo Shiuuuu, em que cada blog deve publicar um segredo. Este foi o meu e é, claro, verdadeiro. :) Penso que ainda não tive oportunidade de falar aqui no blog nos padrinhos escolhidos. No nosso caso não escolhemos cada um dois padrinhos nem escolhemos para padrinhos os pais, os avós ou os padrinhos de baptismo (como é tradição nalguns sítios). Teremos então dois padrinhos no total e estes estão escolhidos desde que começámos a namorar. 

Bem, na verdade a madrinha de casamento está já escolhida por mim desde os 17 anos em que, sentada na cama dos meus pais, com o telefone na mão assegurei a uma das minhas melhores amigas que um dia ela seria a minha madrinha de casamento ou madrinha de um dos meus filhos. E a ideia manteve-se. Anos mais tarde comecei a namorar o Jack, e um dia em que falávamos do futuro, casamentos, filhos, etc, eu disse-lhe quem queria para madrinha de casamento. E ele, que a conhece, aceitou, e disse-me que no caso dele gostava de ter o irmão como padrinho. E assim, após 9 anos de namoro, joelho no chão e anel no dedo, voltámos a falar de quem seriam os nossos padrinhos de casamento. E eu, pela amizade que nos une e por ela ter apoiado e acreditado neste namoro desde o início, mantive a minha ideia. Assim como ele. Ainda ponderámos escolher cada um de nós uma madrinha e um padrinho, perfazendo quatro no total. Mas seguimos o coração e se estes dois tinham sido, para nós, as únicas escolhas dos últimos anos, então seriam eles os dois e apenas eles os dois. Convite feito e aceite (também não tinham outro remédio), e nós estamos contentes com a nossa escolha. Acho que temos sido uns noivos fofinhos e não temos dado trabalho nenhum aos padrinhos, nem lançado despesas para as costas deles por ser essa a tradição, pois não os escolhemos pelo que nos podem oferecer (já vi quem o fizesse) mas sim porque são importantes para nós. O padrinho deixa-me um bocadinho a cabeça em água com os planos para a despedida de solteiro do noivo (não-quero-ouvir-não-quero-saber-não-quero-ouvir-não-quero-saber) e a madrinha tem desempenhado na perfeição o papel de dizer o quão maravilhoso é o vestido e aprovado todas as nossas escolhas, elogiando cada ponto (e isto sabe tão bem :)). No fundo, acho que da mesma forma que as 11 anos me apaixonei irremediavelmente por aquele miúdo de sotaque esquisito e soube que ele seria o meu príncipe encantado, também soube aos 17 anos que não poderia haver outra madrinha de casamento que não ela. 

2 comentários:

  1. Que bonita história ... a vossa (pelos 9 anos de namoro antes do pedido) e a da madrinha. É uma prova que as amizades verdadeiras ainda existem!

    Beijinhos, MaryC.
    http://diariodamaryc.blogspot.pt/

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  2. Mary C.
    Eu confesso que não fazia questão de ter namorado 9 anos antes do pedido. :) Mas a vida não permitiu juntar os trapinhos mais cedo e iniciar este projecto quando queríamos. Ficou para agora mas também não é coisa que me incomode. :)

    A madrinha é uma das amigas mais antigas. Conhecemo-nos aos 3 anos de idade. É só fazer as contas. :)

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