27.4.14

Medos

Estou a ficar uma medricas, definitivamente. Pensava eu que a vida se encarregaria de me dar coragem, de me fazer perder medos e afinal estou cada vez mais mariquinhas. Se em criança adorava a turbulência e se depois esta passou simplesmente a não me aquecer nem arrefecer, nesta última viagem até me fez fechar os olhos e pedir silenciosamente "Por favor, não deixes que me aconteça nada....". Claro que o facto de ter ouvido um barulho estranho mal ligaram os motores, barulho esse que se manteve na meia-hora seguinte e que fez companhia à turbulência, também não ajudou. E eu que não gosto de meter conversa com estranhos e odeio que o façam comigo (especialmente em aviões e comboios porque não posso fugir), estive a um bocadinho assim de me virar para o homem que ia ao meu lado e perguntar-lhe "Desculpe, mas importa-se de conversar um bocadinho comigo antes que me dê uma crise de nervos?". Felizmente controlei-me. Posso ser uma mariquinhas, mas sou uma mariquinhas auto-controlada.

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