As minhas insónias são proporcionais ao mau dormir do Jack pois quanto mais dificuldade tenho em adormecer, mais ele se mexe. Esta noite, cheio de dores de cabeça, foi deitar-se mal chegámos a casa após um jantar. Eu, ainda sem sono, fiquei acordada a ver se ainda falava com os meus pais via skype. Como não me atendiam, acabei por estudar como colocar sal na máquina de lavar a louça e lançar um programa de limpeza. Tudo tratado e comecei com um ataque de alergia, com direito a muitos espirros e muitos lenços gastos (eu nem vos digo o que esta casa gasta em lenços de papel no supermercado!). Era impossível tentar adormecer assim, pelo que me entretive pela casa e pela net até me ter lembrado que o Jack precisaria de almoço no dia seguinte. Se já estivesse na cama, encolheria os ombros e ele safar-se-ia depois comprando uma sandes, mas estando acordada e sem hipóteses de dormir, acabei por fazer uns cordon blue no forno (comida de desenrasque para estas coisas). E com isto, eram duas da manhã e eu ou ia passar a ferro ou ia dormir. Tentei esta última para meu desespero. Em primeiro, o ataque de alergia estava a provocar-me febre e eu que até durmo com pouca roupa, vi-me enfiada na cama com um pijama quentinho, umas meias de lã, o roupão, um saco de água quente e a tiritar de frio. Em segundo lugar, o Jack mudava de posição a cada dois minutos, o que torna a hipótese de eu adormecer completamente impossível. Três da manhã, eu ainda acordada, ele às voltas e eu com vontade de lhe mandar um berro. Mas como sou fofa e simpática, acordei-o docemente e perguntei-lhe se estava a sentir-se bem. Queixou-se de fortes dores de cabeça (é muito dado a enxaquecas, este meu homem) de modo que a meio da noite lá andava eu com bolachas, água e comprimido na mão a caminho da cama, para aliviar este mau-estar. Adormeceu. E eu também, mas só uma hora depois quando ele finalmente acalmou.
Se eu não gostasse tanto dele, mandava-o dormir para o sofá nestas noites.
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