Até agora fiz duas ecografias. A primeira para datar a gravidez e ver a viabilidade da coisa, a segunda para ver se estava tudo bem com o pequeno kiwi (isto de ter uma aplicação no telemóvel que nos vai dizendo de que tamanho deve estar o nosso bebé e qual o fruto que tem o mesmo tamanho é giro. Neste momento, tem o tamanho de um abacate, ficam a saber), ver o coração a bater, fazer as medições todas necessárias, etc, etc...
1ª Ecografia
Tenho de admitir que estava um bocadinho nervosa, estava com medo de não haver boas notícias, de a criança estar a crescer onde não deveria, de não estar sequer a crescer, eu sei lá. Sou muito pouco fatalista e pessimista mas há situações às quais os meus receios não escapam. Quando fui chamada, pediram ao Jack para ficar na sala de espera. Fui então questionada pelo médico se estava realmente grávida e se estava ali para fazer a ecografia para datar a gravidez e ver a sua viabilidade. Disse que sim. Veio então a pergunta estranha: é uma gravidez desejada? Respondi que sim, voltou a perguntar e eu voltei a responder, sem perceber muito bem qual era o objectivo de tudo aquilo. Depois explicou-me: se eu estivesse ali para fazer uma ecografia antes de realizar uma interrupção voluntária de gravidez, não permitiriam que o futuro pai visse as imagens. Lá o convenci que tinha sido mais do que planeada e desejada e lá deixaram que o Jack viesse ter comigo.
E lá estava ele, mais ou menos com 1 cm e um coração a bater. E eu voltei a respirar de alívio. É verdade que sabe bem fazer esta ecografia às 7/8 semanas e não ter de esperar mais um mês para realizar a primeira que seria às 12 semanas. Saber que ele está vivo e a crescer dá-nos um pouco mais segurança de que tudo se vai passar bem neste primeiro trimestre. Mas não deixa de ser estranho pensar que naquele momento se passa a ter dois corações num só corpo.
2ª Ecografia
Como o médico que me faria a ecografia decidiu ir de férias quando eu faria 12 semanas, tive de esperar pelas 13 semanas para fazer a famosa ecografia que nos permitiria, se tudo estivesse bem, começar a espalhar a notícia aos quatro ventos. Eu tinha-me aguentado bem até ali e o facto de não ter havido sustos com perdas de sangue, por exemplo, era um sossego. Pelo menos o primeiro trimestre tinha passado sem abortos espontâneos. Agora precisava de saber se o pequeno kiwi estava vivo dentro de mim e se estava tudo bem. Sabia que havia a probabilidade de não estar e tinha preparado o Jack para essa eventualidade (aliás, o Jack não vai comigo às consultas mas vai a todas as ecografias por duas razões: para ver o filho e para, no caso de haver más notícias, eu não ter de lidar com elas sozinha). Eu própria me tinha mentalizado que poderia haver algo de errado e acho que me mentalizei tanto disto que quando a primeira coisa que o médico disse foi "Aqui está o coração a bater. Estão a ouvi-lo?" eu fiquei de lágrimas nos olhos e vi-me verdadeiramente à rasca para não deixar escapar nenhuma (eu não choro à frente de estranhos!). Depois mostrou-nos a cabeça, a coluna vertebral, os braços, as pernas, os pés...Fez as medições que tinha a fazer, com alguma demora e dificuldade, há que dizê-lo, porque o pequeno kiwi não parava quieto. Propus-lhe dar-me um palpite sobre o sexo e ele arriscou. Mas é apenas um palpite que na próxima ecografia pode mostrar estar errado por isso nem nos lembramos muito dele e continuamos a pensar em nomes para ambos os sexos (isto é outra saga que ficará para outro post). O importante é que estava tudo bem. :)
E espero que assim continue, tudo bem! :)
ResponderEliminarTambém eu! :) Mas estou confiante que sim. Tem sido uma gravidez simpática fora as mudanças corporais muito cedo e alguns enjoos e perda de apetite. :) Não me posso queixar por enquanto. Só uns dias antes das ecografias é que me começo a preparar para más notícias. Porque elas podem existir e eu preciso sempre de me preparar para elas. :)
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