Cá por casa existem neste momento duas teorias:
- ou o pequeno abacate me está a roubar os neurónios todos
- ou o pequeno abacate anda entretidíssimo a puxar fios dentro de mim e a fazer curtos-circuitos com eles.
Eu explico: eu sou uma mulher inteligente. Não sou nenhum génio, há muita coisa que me passa ao lado e tenho memória de passarinho, mas sou uma mulher inteligente, acreditem em mim. Só que nas últimas semanas tenho-me sentido a pessoa mais burra à face da história e faço e digo coisas como se tivesse nascido com algum problema mental. Ora atentem:
- Na assinatura de uns papéis em que tinha de colocar também a data, dei por mim a escrever 1915 em vez de 2015. Ainda fiquei a olhar um bocado desconfiada que algo não estaria bem mas só uns segundos (minutos?) depois é que se fez o "clic".
- Abri um pacote de massa e em busca do tempo de cozedura....virei o pacote ao contrário. Fiquei com a bancada da cozinha e o chão cheios de massa.
- A minha mãe perguntava-me se já andava a conseguir comer ovos. Disse-lhe que os únicos que passavam era os ovos mexidos na salada russa. "Ovos mexidos na salada russa?", perguntou ela. Respondi imediatamente "Não, que estupidez! Eu queria dizer ovos estrelados na salada russa!". Depois de um silêncio esquisito do outro lado (em que ela se devia estar a perguntar o que teriam feito à filha dela) lá corrigi a coisa para os "ovos cozidos na salada russa". Demorou....
- Tenho estado a dizer que a assinatura da casa era hoje. Cada vez que falava com o Jack referia-me à assinatura da casa que ia acontecer nesta quarta-feira. Cada vez que falava com os meus pais referia-me à assinatura da casa que ia acontecer nesta quarta-feira. Esta segunda-feira, comentei com os meus pais "Nunca mais chega quarta-feira, dia 30, para assinarmos!". Huuuuum, quarta, dia 30, Tété? Mas olha que dia 30 é quinta-feira. Estou há mais de um mês convencida que hoje seria dia 30. Ainda não perdoei ao Jack por nunca me ter corrigido até agora. Ele diz que ando a dizer tantos disparates que já nem me liga.
E isto são apenas alguns exemplos. Tenho feito tantas mas tantas coisas que estou literalmente à espera que um dia vá dar com as pantufas a cozinhar no forno e o peixe enfiado na máquina de lavar a louça. O Jack diz que me vai tirar as chaves do carro e eu compreendo: arrisco-me um dia a sair de casa e a esquecer-me onde vivo. Quero o meu cérebro de volta!!
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