Para escolher o ovo ideal é importante ter alguns pontos em consideração:
1. O tipo de ovo: aquilo que estamos mais habituados a ver como ovos são as cadeiras-auto do grupo 0+ (até bebés de 13 kg). Há quem, querendo usar apenas estas cadeiras para o carro e não para passeios a pé, opte pelas cadeiras do grupo 0+/1, mas pessoalmente acho-as demasiado grandes para recém-nascidos e não tenho a certeza da sua eficácia em termos de segurança. Da mesma forma, que não sou fã da compra de cadeiras do grupo 1/2/3 após o ovo, cadeiras essas que dão do 1° ano até aos 10 anos. Faz-me confusão como é que uma cadeira é bem construída de forma a proteger crianças com pesos e tamanhos tão diferentes (além de que estas últimas não permitem viajar de costas para estrada, o que é recomendável até aos 15 meses no mínimo). Neste momento há marcas a optar já pela nova norma isize, em que o que é considerado é o tamanho da criança e não o peso, como limitador do uso.
2. Como referi aqui, o peso! Acreditem, querem mesmo um ovo o mais leve possível. Eu optei pelo Cabriofix, da Bebe Confort, que pesa 3.5 kg. Há muitos ovos que pesam mais de 4 kg, outros 5 kg, outros 6 kg. Acreditem que faz toda a diferença quando colocam o bebé lá dentro.
3. A maneira como vão prender o ovo no carro: podem prender o ovo com os cintos de segurança ou usar uma base onde colocar o ovo. Dentro das bases, existem aquelas que são presas pelos cintos de segurança (autofix) e aquelas que ficam presas ao chassi do carro (isofix). As bases têm feito sucesso uma vez que muitos ovos são mal colocados quando apenas ficam presos pelo cinto de segurança, sem os pais se aperceberem. Para além disso, dá trabalho estar sempre a colocar e a tirar os cintos de segurança (tive usar este sistema nas férias em Portugal e morri de saudades da nossa base isofix, tão mais prática e rápida!) e muitos pais acabam por optar deixar o ovo sempre no carro (já eu, nos primeiros meses, gostei de poder trazer o ovo do carro para casa e só aqui, já ao quente e protegida, tirar a minha filha do ovo).
Não posso opinar muito sobre as vantagens das bases autofix, mas aconselho vivamente a compra de uma base isofix (caso o vosso carro esteja preparado para isto). Estas bases são das mais seguras, ficando presas ao chassi do carro, e permitem que o ovo seja colocado e retirado sem qualquer uso do cinto de segurança, o que as torna também muito práticas. Basta pousar o ovo na base, ouvir o click e está feito, podem fechar rapidamente a porta do carro (o que em dias de mau tempo é sem dúvida uma mais-valia). Custou-me muito ter entrado nalgumas lojas em Portugal, quando ainda estava grávida e a procurar informações, e ter ouvido todas as funcionárias desaconselharem as bases isofix pois "é para poucos meses, é cara e desnecessária", não dando por isso mais nenhuma informação. Acredito que haja pais que vão depois nesta conversa e optem por não comprar quando até tinham essa intenção. Concordo que são de facto bases caras, quanto ao tempo de uso depende da base que escolherem, e quanto à necessidade....bom, havendo a possibilidade de compra e sabendo que é o sistema mais seguro para prender o ovo no carro, penso que esta é justificada.
Nós optámos pela base 2wayfix uma vez que não dá apenas para o ovo que escolhemos, como dá depois para a cadeira que virá a seguir (ou seja, fizemos um investimento a longo do prazo visto que usaremos a base uns anos e não apenas uns meses). Os bebés só devem passar para a cadeira seguinte quando o topo da cabeça atinge o topo do ovo e mesmo nessa altura deverão viajar de costas para a estrada (é aconselhado viajar assim até aos 4 anos, mas no mínimo dos mínimos, até aos 15 meses, visto que até esta idade o pescoço do bebé não tem força para aguentar o impacto de um acidente caso viaje de frente para a estrada), por isso é importante que a cadeira seguinte permita viajar também contra o sentido da marcha. Pessoalmente, recomendo cadeiras que tenham as duas hipóteses (viajar de frente ou de costas) para quando assim se entender, os pais poderem voltar os filhos para a frente sem terem necessidade de comprar uma cadeira para este efeito.
4. Os acessórios: no meu caso, optei por não gastar dinheiro numa forra para o ovo, visto que não senti essa necessidade. Durante muito tempo perguntei-me para que serviriam essas forras (para além da questão estética já que há mães que gostam de pôr o ovo com forras cor-de-rosa, azuis, com folhos, com rendas, etc) e entretanto já li que podem servir para que o ovo em si não se suje tanto. No meu caso, como lavei todos os tecidos do ovo da Mini-Tété antes de ela nascer, não teria qualquer problema em fazê-lo novamente caso ela o sujasse, mas acredito que para bebés que, por exemplo, bolsem muito ter uma forra destas seja mais prática para lavar e secar. Há marcas que vendem ainda forras de tecidos mais leves (para o bebé não suar) ou mais grossos (para aconchegar mais o bebé) para o Verão e para o Inverno, respectivamente. Há também quem com a forra, tenha capotas a condizer, embora neste caso não tenha a certeza se será apenas estética ou se há também a necessidade (não faço ideia se há ovos sem capota de origem).
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