Se há coisa que este governo não é, é coerente. Todos os dias, ou todas as semanas, saem diferentes informações, por vezes contraditórias e uma pessoa fica sem saber para que lado se virar. Repito, não será fácil tomar decisões numa altura destas, em que tão pouco se sabe e se é obrigado a encontrar o equilíbrio certo entre a saúde de um país e a sua economia, mas caramba isto cansa, mexe com os nervos, impossibilita que nos organizemos, que saibamos com o que contar.
Na terça, o primeiro-ministro francês apresentou o seu plano para o fim progressivo do confinamento. Foi anunciado que os jardim-de-infância afinal abrirão dia 11. Ah, então a Mini-Tété já não entra dia 25, mas dia 11, certo. A educadora entretanto mandou uma mensagem a todos os pais a perguntar a título informal quantos de nós estariam a pensar levar as crianças à escola no dia 25. Mas afinal é dia 25?
Não, é mesmo dia 11. Entretanto a associação de pais indica que em contacto com a Câmara Municipal, esta ainda não decidiu se a escola vai abrir ou não. Ok...De qualquer forma, o ministro da educação veio dizer que só poderão ser grupos de 15 alunos por sala e que portanto as escolas devem organizar-se para que cada grupo de 15 alunos vá dia sim e dia não à escola, ou semana sim e semana não. Claro que ainda não se sabe nada sobre a cantina ou o ATL, pelo que continuamos sem saber se há condições para regressar à escola e ao trabalho, embora se a escola abrir não haja propriamente escolha e os patrões vão exigir o regresso dos funcionários. Mesmo que dia sim, dia não, ou semana sim, semana não. Ah, não, afinal há escolha. Até ao fim de Maio, os pais trabalhadores podem mesmo decidir ficar por casa, continuando a receber o valor que têm recebido. Ah, então e agora? Decidimos o quê? Calma, porque entretanto vai sair um mapa de França com zonas verdes e zonas vermelhas, indicando assim as regiões onde o confinamento será menor e maior dado a existência do vírus, condições dos hospitais, etc. A associação de pais diz-nos que se estivermos numa zona vermelha, a escola poderá não abrir. Confirma-se: estamos numa zona vermelha. Então e agora? Na próxima semana teremos de responder a uma carta da Câmara indicando se estamos ou não a pensar levar a nossa filha à escola na semana seguinte, mesmo que ainda não se saiba se a escola vai abrir ou não e em que condições. Como podemos decidir?
Respira, Tété, respira.
Bolas, que confusão. Por aqui as creches e o 11º e 12º ano abrem no dia 18, a pré no dia 1 de Junho, mas pelo que percebi os apoios aos pais mantêm-se até ao final do ano lectivo e o teletrabalho é 'obrigatório' durante o mês de Maio sempre que tal seja possível, o que só aí já protege as pessoas que se mantêm em teletrabalho para poderem continuar a fazê-lo. Da creche do nosso filho ainda não tivemos notícias, e para dizer a verdade se tivermos também não sei o que lhes diga. Sabemos que para o Matias é vantajoso ir à creche e agora ele de vez em quando vai falando nisso (um dia destes disse-lhe que a escola ia abrir e ele disse que não queria ir, mas hoje por exemplo disse que queria que o Pedro levasse outra vez o fato de dinossauro insuflável para a escola para ele mostrar aos amigos e poderem todos fazer uma roda e dançar à volta dele), mas não sabemos em que moldes. Antes da escola fechar ele já não estava a ir porque eu achei que a malta andava a panicar imenso e não queria o Matias envolvido naquele ambiente ansiogénico (os pais não podiam entrar na escola, saiu uma circular a dizer que iam medir a temperatura dos miúdos todos os dias à entrada, não podiam entrar objectos de fora, coisas assim). Se o regresso for feito nesses moldes sou sincera, prefiro que ele fique comigo. Por outro lado, desde que a irmã nasceu ele chegava à escola às 11h e vinha embora às 15h, por isso também não posso dizer que estivesse lá muito tempo. Olha, não sei. Estou como a tola no meio da ponte, como diria a minha avó. Mas sim, aqui soube-se isto ontem e há coisas que já vão abrir... Segunda! Não dá propriamente muito tempo para as pessoas se organizarem, embora já se falasse nos zunzuns dos cabeleireiros abrirem (e o pequeno comércio de rua).
ResponderEliminarBem, vamos ver. Temos de esperar por novas indicações.
E ontem, que o Matias disse 'vocês têm de começar a ensinar-me as letras!'? :D :D :D :D Acho que devíamos orientar o casamento dos nossos miúdos, entre a motricidade do Matias e a esperteza da mini-Teté vamos ter uma prole cheia de qualidade xD
Aqui os apoios aos pais também se mantêm até ao final de Maio, mas conjugar isso com a vontade dos patrões que querem é os empregados de volta dado que as escolas estão abertas não será tão fácil quanto isso para muitos casos. No meu caso, duvido que a empresa veja com bons olhos que exercer esse direito pelo que terei de pensar bem.
ResponderEliminarAqui o regresso à escola será sempre com regras diferentes, com a turma reduzida a metade, com a educadora de máscara, com os miúdos impedidos de brincar uns com os outros mesmo no recreio, ainda não sei se com a cantina a funcionar também com regras novas ou as crianças a comerem da marmita na sala...Não me seduz e incomoda-me ter a Mini-Tété num ambiente destes, embora a partir de Junho não vá ter outra hipótese. Tal como estou, estou como a tola a meio da ponte, com a desvantagem de ter de escolher o caminho na próxima semana.
Hihi, que fixe! :D Eu já ando perdida na idade do Matias. Vai fazer 4 este ano, não é? Mas nesse caso não estaria já no jardim-de-infância? Ou aí as regras são diferentes?
Aqui senti uma grande diferença desde que entrou para a escola. A miúda já gostava das letras antes mas vê-la a escrever o nome logo no primeiro ano deixou-me de boca aberta. E agora já conhece as maiúsculas todas e faltam 4 letras para saber as minúsculas. Escreve palavras, reconhece palavras pelas letras que as compõem, e andamos a escrever palavras com o som [a] e o som [i]. Eu acho fascinante. :D Nunca pensei que ensinassem tudo isto na pré, diria que é demasiado cedo, mas as crianças da escola dela sabem todas o mesmo por isso lá resulta. :P
Faz quatro dia 14 :D Supostamente já estaria no JI, mas em Setembro não entrou na pública e ficou mais um ano na creche. Agora vamos tentar novamente, e se não entrar na pública já temos um colégio para ele.
EliminarPois, aqui o facto de terem dito que o mês de Maio ainda devia ser passado em teletrabalho protege bastante os pais, creio eu. Vamos ver como correm as coisas. Mas quer aí quer aqui os números têm estado estáveis e o panorama a curto prazo parece positivo, vamos ver :)
Aqui também dizem para se continuar a privilegiar o teletrabalho mas quem é que define se o teletrabalho é possível? É que os patrões, mesmo sendo possível, recusam e por isso os trabalhadores são obrigados a ir trabalhar presencialmente...
EliminarSó sei que esta situação me está a criar uma ansiedade terrível! Sinto um nó na garganta e uma "falta de ar", acho que são os nervos a querer dominar-me perante a incerteza.
ResponderEliminarEu estou, desde o início desta quarentena, a dizer que o que mais me custa é não saber o futuro próximo. O não saber quando acaba, o não saber quando abrem as escolas, o não saber em que condições, o não saber quando regresso ao trabalho...Sinto que não tenho qualquer controlo e isto faz-me tanta confusão...
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