28.7.12

Assumir responsabilidades


Um dos exercícios que fiz na formação foi atribuir um grau de responsabilidade a uma série de personagens de uma história. Basicamente, uma mulher que recebia pouca atenção do marido devido ao trabalho deste e arranja um amante. Uma noite, vai ter com ele e ao tentar regressar a casa antes que o marido chegue, é morta por um louco. Existem aqui mais personagens mas esta é a versão simples. Todos concordámos que a maior responsabilidade recaía sobre o louco, pois foi ele que matou e ninguém o obrigou a tal. Depois sobre a mulher que se tinha colocado numa situação perigosa (pois insistiu em passar pelo louco sabendo que ele a atacaria). E a partir daqui começámos a discordar. Tínhamos mais umas quantas personagens e eu (e mais uns colegas) tínhamos optado por colocar o marido no fundo da responsabilidade pois ele estava sossegado a trabalhar e não tinha obrigado a mulher a arranjar um amante nem a tinha obrigado a sair de casa naquela noite. Contudo, houve uns quantos que puseram o marido como terceiro responsável, defendendo isto com o facto de que um casamento ser a dois, portanto ele teria de partilhar a responsabilidade. Havia até quem dissesse que ela tinha ido apenas procurar fora de casa o que o marido não lhe dava. E eu fiquei tipo "A sério??". Defendiam que ela provavelmente até teria falado com ele, que lhe teria explicado que se sentia só, portanto ele sabia que ela não andava feliz, sendo assim culpado também. Really?? Acabei por discutir o assunto com um rapaz, que insistia que se a namorada não lhe desse o que ele queria, ele arranjaria uma amante e a culpa seria da namorada. E eu não consegui deixar de lhe dizer que esta atitude era extremamente cobarde, que arranjar uma amante e culpa a namorada era algo que um verdadeiro homem não faria. Se ela o fizesse infeliz que a largasse. Mas que se decidisse arranjar uma amante, então que fosse um homenzinho e assumisse a responsabilidade as consequências. Juro que fiquei admirada por haver tanta gente da minha idade/geração a pensar assim. =S

1 comentário:

  1. Alguém que me compreenda!!
    Exacto. Por mais magoada que esteja e infeliz, busco outra saída, nunca um refugio cobarde nos braços de outro. Quem está mal muda-se. Não adianta grande coisa ter sexo com outro e chegar a casa e continuar a sentir-me ignorada.

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