Quando soubemos que a Cage Dorée (ou Gaiola Dourada) ia passar em Portugal achámos todos que não faria o sucesso de bilheteira que tinha feito em França. Achámos que, desconhecendo a vida emigrante, os portugueses veriam no filme uma ofensa, não compreenderiam as piadas, achariam um gozo e que as críticas seriam mais que muitas. Eu própria não acho que se vá tornar o meu filme favorito, não dei a mesma importância a certas coisas que os emigrantes deram ao ver o filme, não compreendi todas as piadas (vá, eu também tive a desvantagem de ter visto o filme original sem legendas); mas acho que o filme está bem feito e que caracteriza os emigrantes de uma forma bastante inteligente. Ora, das poucas vezes que acedi à net, depois do filme estrear, surpreenderam-me as críticas positivas, o aconselhar o filme aos outros, o terem gostado tanto filme. Comentei isso com o meu pai, que me disse que no fundo Portugal sempre conviveu com emigrantes e por isso não o espantava tal reacção (entretanto também foi ver e gostou). Pois a mim espantou e continua a espantar, porque os portugueses lidam com os emigrantes nas férias, em Portugal, e o filme fala da vida dos emigrantes em França, o que é diferente e não é muito compreendido por algumas pessoas por coisas que vou ouvindo e lendo (e sobre isto virá outro post mais tarde). Enfim, confesso que me surpreendeu. Acho até que fiquei mesmo surpreendida com a abertura de mentalidade em não terem julgado o filme como um ataque aos portugueses. Agora claro que quem viu o filme e não gostou também está no seu direito. Mais vale isso do que não ver e dizer que não se gosta.
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