Não entendo os pactos de silêncio. Eu tento entender, mas não entendo. Não entendo como é que morrem pessoas e os amigos e colegas decidem todos não falar, não contar o que sabem. É para quê? Para protegerem o sobrevivente? Mas proteger de quê? Ele teve então culpa de alguma coisa? E se ele é então o responsável por estas mortes, não há uma alma com mais de dois neurónios e uma verdadeira consciência que decida deixar a justiça funcionar? E se ele não teve culpa nenhuma, então porque é que não falam? É incrível como é que cada vez que algum aluno faz queixa ou morre devido às praxes, todos os alunos dessa universidade ficam mudos. E a própria universidade não faz nada? Permite leccionar alunos que colocam outros em perigo? Permite leccionar alunos que não ajudam a polícia? Para isso dêem-lhes já o diploma de licenciatura, mestrado e até doutoramento, porque está visto que escusam de continuar a frequentar as aulas pois a inteligência é coisa que não lhes assiste...
Cada vez mais acho que a história está muito mal contada e que há coisas por dizer e contar. Não percebo porque é que o sobrevivente (ainda por cima Dux da faculdade, o responsável pela praxe lá) não dá o descanso às famílias das vítimas e diz o que sabe. Eu conheço a praxe, frequentei a praxe e o Dux é a pessoa que tem de dar a cara e que tem que assumir a responsabilidade dos actos cometidos em praxe. Sendo ainda por cima a única pessoa que presenciou o que se passou...
ResponderEliminarAndo curiosissima a ler todas as noticias que saem sobre isto! A sensação que dá é que foi uma praxe idiota e que, vá-se lá entender, toda a Universidade se uniu em silencia para proteger o futuro desta tradição académica. Se assim for estou chocada! Como pode ser uma praxe mais importante que vidas?? Sem comentar o papel vergonhoso da Universidade, que se mantém impávida e serena.
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