Quando estivemos em Portugal, visitámos 5 quintas, número obtido após uma selecção com base em respostas dadas às minhas perguntas (disponibilidade, preço, condições). Todas as visitas correram bem, excepto uma que me fez sair da quinta com os nervos em franja.
Ignorando o facto de não estar ninguém no escritório quando chegámos à hora combinada e de o responsável lá aparecer por fim com um fato indescritível tanto na cor como no brilho, a conversa com o homem foi simplesmente irreal. Munido com os meus e-mails em que indicava a data, hora e número de convidados, começou logo por dizer que naquele dia afinal a quinta já não estava disponível (então porque é que não me avisou??). Perguntou se podia ser no fim-de-semana anterior e eu respondi que não, uma vez que a igreja já estava marcada. Olhar de desprezo e voz indignada "Ninguém marca a igreja antes da quinta!". Pois, eu marquei porque faço mais questão de casar naquela igreja do que faço em ter o copo d'água numa quinta específica.
Mas curiosa por saber mais sobre a quinta (uma vez que tinha sido a única a insistir que me responderia às questões colocadas na visita) lá lhe perguntei o que teria para oferecer, caso eu mudasse a data (não estava disposta a isso, mas não fosse o diabo tecê-las e eu ser obrigada a mudar data, sempre ficava já com as informações todas). E assim o ouvi a discorrer sobre as 18 qualidades de marisco, as 23 qualidades de queijo e todo um banquete que faria qualquer rei envergonhar-se. Insistiu que nenhuma outra quinta seria como a dele, que os "seus casamentos" eram os melhores, que nas outras quintas todas os noivos eram enganados.
Para além disso, perguntou-nos se tínhamos visto o mimo a sair da quinta (sim, tínhamos). Pois bem, ficámos a saber que não era o animador infantil que tínhamos pensado ser, mas sim um mágico para adultos. Porque, estão a ver, "nos casamentos, ao fim de cinco minutos, já ninguém tem conversa e assim o mágico entretém as pessoas". Esta pérola, a juntar-se a outras como "o preço por pessoa é X. Ah, sendo o casamento da parte da tarde, é assim retirado o almoço e mais uma série de coisa. Mas o preço continua a ser o mesmo" e ao facto de se referir ao nosso casamento como "o meu casamento", já nos estava a fazer querer sair dali o mais depressa possível. Até que nos lembrámos de perguntar se a quinta tinha um mínimo de convidados. Sim, 120. Aí explodi. Ele tinha à sua frente os meus e-mails, com o número de convidados em realce, número esse menor que 120. Perguntei porque razão não me tinham dito que o meu número de convidados não atingia o mínimo exigido pela quinta e porque razão não tinham desde logo respondido às minhas perguntas (o que me teria logo levado a não seleccionar esta quinta para visita). Encolheu os ombros e disse basicamente que as minhas perguntas não tinham qualquer importância. Saímos dali, comigo a ferver. Nunca, mas nunca casaria numa quinta delas. A quinta era linda (mesmo) mas nunca suportaria deixar o meu casamento transformar-se num desfile cheio de salamaleques à custa de uma pessoa que acha que os casamentos têm todos de ter aquele padrão.
Na Feira de Casamentos onde fomos, era a quinta mais requisitada e eu até compreendo: quem pretende fazer do dia de casamento "A" festa, cheia de brilho, purpurinas, vénias e pormenores caros e luzes apontadas aos noivos, aquela quinta é a ideal. Mas para nós, não, nem pensar.
Ignorando o facto de não estar ninguém no escritório quando chegámos à hora combinada e de o responsável lá aparecer por fim com um fato indescritível tanto na cor como no brilho, a conversa com o homem foi simplesmente irreal. Munido com os meus e-mails em que indicava a data, hora e número de convidados, começou logo por dizer que naquele dia afinal a quinta já não estava disponível (então porque é que não me avisou??). Perguntou se podia ser no fim-de-semana anterior e eu respondi que não, uma vez que a igreja já estava marcada. Olhar de desprezo e voz indignada "Ninguém marca a igreja antes da quinta!". Pois, eu marquei porque faço mais questão de casar naquela igreja do que faço em ter o copo d'água numa quinta específica.
Mas curiosa por saber mais sobre a quinta (uma vez que tinha sido a única a insistir que me responderia às questões colocadas na visita) lá lhe perguntei o que teria para oferecer, caso eu mudasse a data (não estava disposta a isso, mas não fosse o diabo tecê-las e eu ser obrigada a mudar data, sempre ficava já com as informações todas). E assim o ouvi a discorrer sobre as 18 qualidades de marisco, as 23 qualidades de queijo e todo um banquete que faria qualquer rei envergonhar-se. Insistiu que nenhuma outra quinta seria como a dele, que os "seus casamentos" eram os melhores, que nas outras quintas todas os noivos eram enganados.
Para além disso, perguntou-nos se tínhamos visto o mimo a sair da quinta (sim, tínhamos). Pois bem, ficámos a saber que não era o animador infantil que tínhamos pensado ser, mas sim um mágico para adultos. Porque, estão a ver, "nos casamentos, ao fim de cinco minutos, já ninguém tem conversa e assim o mágico entretém as pessoas". Esta pérola, a juntar-se a outras como "o preço por pessoa é X. Ah, sendo o casamento da parte da tarde, é assim retirado o almoço e mais uma série de coisa. Mas o preço continua a ser o mesmo" e ao facto de se referir ao nosso casamento como "o meu casamento", já nos estava a fazer querer sair dali o mais depressa possível. Até que nos lembrámos de perguntar se a quinta tinha um mínimo de convidados. Sim, 120. Aí explodi. Ele tinha à sua frente os meus e-mails, com o número de convidados em realce, número esse menor que 120. Perguntei porque razão não me tinham dito que o meu número de convidados não atingia o mínimo exigido pela quinta e porque razão não tinham desde logo respondido às minhas perguntas (o que me teria logo levado a não seleccionar esta quinta para visita). Encolheu os ombros e disse basicamente que as minhas perguntas não tinham qualquer importância. Saímos dali, comigo a ferver. Nunca, mas nunca casaria numa quinta delas. A quinta era linda (mesmo) mas nunca suportaria deixar o meu casamento transformar-se num desfile cheio de salamaleques à custa de uma pessoa que acha que os casamentos têm todos de ter aquele padrão.
Na Feira de Casamentos onde fomos, era a quinta mais requisitada e eu até compreendo: quem pretende fazer do dia de casamento "A" festa, cheia de brilho, purpurinas, vénias e pormenores caros e luzes apontadas aos noivos, aquela quinta é a ideal. Mas para nós, não, nem pensar.
Das quintas que visitei, a mais requisitada era exatamente assim (a tender para o piroso e cheia de exageros). O que se quer é um casamento, não um circo.
ResponderEliminarOra aí está a palavra que me faltava: um circo! Enfim, há quem goste. Encontro na net imensas noivas que procuram mesmo este tipo de quinta (onde hei-de fazer um post sobre isto!).
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