Este blog pertence-me e por isso é natural que fale mais da minha experiência no noivado, do meu ponto de vista de noiva, e não tanto do Jack, que como é óbvio tem tanta importância neste assunto quanto eu. Um passeio rápido pela net faz-nos facilmente ler testemunhos de várias noivas no que toca aos seus parceiros: há aquelas que dizem que ele participa tanto como elas e o entusiasmo é igual (ou maior), há aquelas (muitas) que se queixam que eles não querem saber e delegam nelas todas as escolhas e decisões, há aquelas (também muitas) que nem sequer põem a hipótese de dar qualquer oportunidade de o noivo se expressar quanto a algum assunto do noivado pois este é o sonho delas de crianças e já têm tudo mais do que decidido e planeado e há aquelas para quem é natural que sejam elas a tratar das coisas pois são elas as noivas e é esse o papel delas, entre muitos outros testemunhos.
No nosso caso, o Jack sabe quem tem ao seu lado e sabe a minha opinião sobre este assunto: se um casamento é uma decisão dos dois, se somos os dois a casar, então o planeamento da cerimónia é a dois também. Não tenho feitio para planear sozinha um casamento que não será unicamente meu. Por isso todas as decisões foram tomadas em conjunto. Tivemos no entanto em consideração o tempo disponível: o meu estatuto de desempregada dá-me tempo livre, muito mais do que aquele que ele tem, com dias em que facilmente passa 15 horas fora de casa. E deste modo, todos os contactos com quintas, fotógrafos, coro, cartório, padre, empresa dos convites, etc, foram e são feitos por mim, disponível para telefonar, elaborar os e-mails e responder rapidamente. Depois dou-lhe conhecimento de todas as respostas e em caso de necessidade de tomar uma decisão, analisamos os dois a situação.
No que toca aos feitios, eu sou a stressadinha do casal (mas cada vez menos stressada com o passar dos anos), a insegura nalgumas coisas, a que herdou a característica paterna de gostar de ter tudo planeado e esquematizado, a que se sente bem em tratar de certas coisas mais cedo do que mais tarde. Ele é o descontraído, aquele que acha que haverá sempre tempo para tudo, que não gosta de planear as coisas, que acha que tudo se resolve e com uma certa aversão a tratar já de algumas coisas se as pode deixar para a semana seguinte. Poderíamos ter passado o noivado a chocar mas acho de alguma forma nos completámos.
Falando especificamente do noivo, o Jack é portanto aquele tipo de noivo que não stressa com a cor das toalhas (e ainda bem), que não faz questão de ser ele a tratar de tudo, mas também não é aquele tipo de noivo que desde que apareça na igreja à hora certa já acha que cumpriu a sua parte. Entende que o casamento é dos dois e as decisões também, mesmo que as tente adiar um pouco, o que faz com que eu tenha por vezes de lhe dar na cabeça para que ele se junte a mim e analise a situação comigo. Por outro lado, eu também o compreendo no sentido que há semanas em que mal nos conseguimos sentar os dois a conversar um pouco sobre o nosso dia, quanto mais tomar decisões. Há semanas em que o trabalho o irrita e cansa, e ele não tem cabeça para estar disponível. Não posso por isso dizer que o Jack seja aquele tipo de noivo que só fala do casamento e que pensa nele a toda a hora mas aqui entre nós, se eu tivesse o trabalho e os horários dele, acho que nem me arriscava a casar com medo que o cansaço constante me levasse a dizer mal o nome da noiva em frente ao padre. Mas ele está aqui nos momentos certos, descontraído à sua maneira e com o espírito que no fundo eu também tenho "Sem stress, é apenas um casamento". :)
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