Hoje no facebook vi uma lista que alguém tinha feito com os livros que o marcaram. Também já tinha visto uma blogger fazer uma lista deste género e confesso que dei por mim a pensar quais os livros que a mim me teriam marcado, logo eu que sou tanto de leituras. Na verdade, não acho que alguma vez um livro me tenha marcado, não sou o tipo de pessoa que chora e ri com os livros, e embora nalguns me custe saber que a história terminou, verdade seja dita, facilmente me esqueço do seu conteúdo. Não gosto quando me perguntam o que acontecia em determinado livro porque raramente faço ideia. Em adolescente porque facilmente lia três livros ao mesmo tempo e portanto na memória as histórias confundem-se. Em adulta porque gosto de ler e nunca tive grande memória. Mas gostava de fazer uma lista assim, por isso vou tentar. :)
1. A colecção "Anita". Lembro-me sobretudo de os ler em casa dos meus avós paternos e são o símbolo da minha infância.
2. A colecção "Uma Aventura". Parei de comprar no número 50, se não me engano, quando finalmente senti necessidade de deixar as histórias do Pedro, do Chico, do João e das gémeas para trás e dedicar-me a outras leituras. Mas foram os livros da minha pré-adolescência (e adolescência também, vá), a par com "Os Cinco", "Os Sete" e "As Gémeas". Estas últimas fizeram-me desejar muitas vezes experimentar um colégio interno e imaginava que o meu quarto fazia parte de um.
3. Uns livros que trouxe de casa da minha avó materna e que não faço ideia do nome mas lembro-me do porquê de me terem marcado. Naquele verão a minha avó quis dar parte dos muitos livros que tinha em casa a uma biblioteca, mas pediu-me para a ajudar e ver se queria alguns para mim (fiquei com uma caixa só para mim, claro). Os livros com que fiquei tinham sido da minha mãe e da minha tia quando eram novas e no meio de alguns "Os Cinco" ou "Os Sete" (sim, já existiam na altura delas), havia uma colecção mais virada para adolescentes em que as personagens já faziam coisas que as personagens do meus livros não faziam: iam a festa e embebedavam-se, fumavam, curtiam com rapazes, drogavam-se, etc...No fim, havia sempre uma lição a tirar disto, mas para mim foi o fim das personagens inocentes que resolviam mistérios e o começo das personagens que com a mesma idade já faziam outras coisas.
4. O Hobbit e o Senhor do Anéis, lidos aos quinze anos graças a uma aposta com o meu pai. Bem me custou ler aquele segundo volume do Senhor do Anéis mas o orgulho impediu-me de desistir. Na minha imaginação, todos os ogres e personagens maléficas eram parecidas com o monstro das bolachas pelo que foi um choque (grande, muito grande) vê-las anos mais tarde retratadas numa tela de cinema.
5. As Mulherzinhas, de Louisa May Alcott. Adorava este livro e apaixonei-me quando saiu o filme (vejam lá aos anos que isto já foi). E lembro-me do meu espanto quando me apercebo que o livro que eu já tinha lido e relido dezenas de vezes contava apenas metade da história existente no filme. Afinal a história continuava e eu nem sabia! Mais tarde, naquela tarde de escolha de livros em casa da minha avó materna, encontro o livro "As outras mulherzinhas". Era a continuação da história. :) Ainda hoje guardo os dois livros e ainda não desisti de comprar os filme "As Mulherzinhas" em DVD (que em cassete já não consigo ver).
6. Os Maias. Li-o durante o Verão, na praia, e adorei a história. Depois a professora de português perguntou como se chamava o gato presente na história. Gato?? Qual gato?? Já mal me lembrava do nome das personagens, minha nossa senhora (lembram-se da falta de memória?). Reli-o. E voltei a reler antes do exame nacional. Na universidade li-o na diagonal para me relembrar de algumas coisas mas nunca mais lhe peguei. Depois dele li vários de Eça de Queiroz, mas os Maias sempre foi o meu favorito.
7. As histórias de Nero Wolfe e Archie Goodwin, criadas por Rex Stout. A segunda incursão aos livros do meu pai depois do Senhor dos Anéis. Li toda a colecção que o meu pai foi adquirindo ao longo dos anos e mesmo lendo na mesma altura Agatha Christie, sempre achei que o Rex Stout era melhor.
8. As Atribulações de Um Chinês na China, de Julio Verne. Encontrei este livro do meu pai em casa dos meus avós paternos e ele convenceu-me a lê-lo. Gostei imenso e acho que vale a pena lerem-no.
9. O Diário da Nossa Paixão, de Nicholas Sparks. Não tenho qualquer vergonha em dizer que li quase todos os seus livros. Gosto deste tipo de livros entre os dramas mais pesados que leio. Este livro em particular é o único que me emociona graças a uma simples frase durante a história (e o que me continua a surpreender esta capacidade contida num simples seguimento de palavras?). Seria impossível deixá-lo de lado nesta lista. Também gostei de ler o Alquimista (seguimento desta história), e penso que deste autor, estes serão os meus livros favoritos.
10. Mais recentemente, os livros de Joudi Picoult, principalmente o "Para a minha irmã", primeiro livro que li dela e que se não me engano me fez entrar de tal forma na história que nem me apercebi que o avião em que ia estava a aterrar (se não foi este livro, foi outro dela). Se viram o filme, leiam na mesma o livro porque a história é contada de outra perspectiva e vale a pena. Há outros muito bons dela.
11. "Nunca me esqueças" de Lesley Pearse. Oferecido no Natal pelo meu tio, um pouco inseguro da sua escolha, não fui capaz de o largar até o acabar, interrompendo apenas para comer, dormir e balbuciar um "Sim, sim, estou a gostar" quando o meu tio me perguntava se estava a achar o livro giro. Os seguintes dela também são muito bons, mas este, baseado numa história real (e exactamente por isto) mexe connosco.
12. Os policiais da moda. :) Stieg Larson, Camilla Lackberg, Sandra Brown...Mas este é o meu gosto de momento.
Está feito. :)
Adorei as tuas referências e é bom encontrar mais alguém que adore ler :D eu de vez em quando faço umas reviews nas Crónicas de uma Leitora Compulsiva
ResponderEliminarEu vou dando a minha opinião sobre os livros que leio aqui no blog (quando me lembro). Hei-de dar uma espreitadela às tuas crónicas. :)
ResponderEliminarQue saudades da Anita!
ResponderEliminar