21.3.15

Mas que sei eu? Afinal de contas sou apenas a mulher do meu marido.

Temos as nossas contas e um crédito no Banco A. Pedimos um crédito para a casa nesse banco e dizem que será muito complicado e que vão analisar. Como há prazos a cumprir, vamos ao Banco B (pertencente ao mesmo grupo) e o crédito é nos dado sem problemas. Pedimos ao Banco A que nos faça uma proposta de um seguro para o carro. O Banco A esquece-se e quando relembrado, diz que não é possível. Quando o Jack informa casualmente o Banco A que é casado, o Banco A lembra-se de ir às minhas contas, apagar os meus apelidos e colocar o apelido do Jack. Envio um e-mail furioso a exigir os meus apelidos de volta. O Banco A volta à idade da pedra e em vez de me ligar a mim a pedir desculpa, liga ao meu marido a fazê-lo. Mesmo com ele a dizer-lhe que este assunto é meu e que é a mim que me devem ligar, eles não o fazem. Afinal uma mulher casa e perde os apelidos e os direitos, passando a ser o marido o único a ter em consideração. O Banco A lembra-se entretanto do crédito pedido inicialmente (já depois dos prazos todos terem passado) e fica muito espantado e magoado por já termos o crédito noutro banco, mesmo que a resposta deles fosse uma recusa. Mais tarde, tento fazer uma transferência para Portugal e descubro que tenho essa opção bloqueada e que preciso de fazer um pedido para que ma desbloqueiem atrasando todo o processo. Uma vez que brevemente teremos dois créditos para pagar, pedimos ao Banco A que nos faça uma avaliação do crédito que têm para ver se será possível pagarmos menos por mês. Esquecem-se. Após relembrarmos, fazem-nos uma proposta (quando sabemos que até podiam fazer melhor). Entretanto o Banco B, decide baixar-nos os juros do crédito que lhes pedimos e propõem-nos ficar com o crédito que o Banco A tem, baixando o juros desse crédito para metade. Aceitamos e damos conta da nossa intenção de mudar todas as nossas contas para o Banco B, deixando assim finalmente de trabalhar com o Banco A. O Banco B contacta o Banco A para iniciarem os procedimentos burocráticos para a mudança. E o Banco A que no último ano tão bem nos ignorou liga-nos, muitíssimo magoado, sem compreender porque estamos a fazer isto. E eu pergunto: quando é que os serviços começaram a achar que não precisam de ser bons para as pessoas se manterem fiéis a eles?

7 comentários:

  1. bom, pelo que sei, existe uma boa percentagem de franceses muçulmanos. será que os restantes franceses adotaram a política muçulmana de ignorar as mulheres (sei que não são todos os muçulmanos assim, estou mesmo a usar o estereótipo).

    devias ter quebrado a relação com o banco da mesma forma que se quebram relações: "não és tu, sou eu. vamos ficar amigos"

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  2. Tendo já tido problemas parecidos como esse banco A, percebi logo de qual falavas (acho eu)... ;) enfim, paciência!

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  3. Ariadne,

    Mas a mim nem me perguntaram nada. Só ligam ao Jack para saber porque estamos a querer sair. Definitivamente não tenho voz para eles. =P

    E não, não me parece que tenha a ver com estereótipos. Até porque nos sabem portugueses e não haveria razão para pensarem assim. Acho que é só mesmo parvoíce.

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  4. Krystel,

    Um nome com três letras sendo a primeira um C?

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  5. Exato! E que tem outro banco no mesmo grupo começado com C e com duas palavras! :) Essa coisa da transferencias também aconteceu comigo e foi de gritar aos céus...

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  6. Nem digas nada. Caramba, parece que fazem questão de dificultar a vida às pessoas. =S

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  7. Ai que afinal não é só no nosso Portugalito :)
    Beijnho*

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Digam-me coisas. :)