Ontem, ao passar junto ao nosso carro, reparei em cascas de ovo no chão e pensei "Oh, coitada, alguém aqui passou e deixou cair os ovos". Depois reparei no ovo espalhado no vidro e na porta do carro. Hum, alguém aqui passou e deixou cair ovos contra o carro? Depois percebi que os ovos tinham sido atirados. Uma rápida vista aos carros estacionados na rua fez-me perceber que o nosso tinha sido o único alvo. Mostrei ao Jack e conseguimos perceber onde estava a pessoa que se lembrou de tal brincadeira. Obviamente, não temos mais do que fortes suspeitas (sim, sim, o idiota do vizinho) mas não deixa de ser triste passar-se por isto ('bora ver o lado positivo da história? Ainda bem que não se lembrou de atirar pedras em vez de ovos). Acreditem que preferia acreditar que tinha sido uma criança parva, sem trabalhos de casa suficientes, a decidir que precisava disto para se divertir mas não faria qualquer sentido ser o nosso carro o único alvo nem o local de onde foram atirados. Não entendo é a necessidade, tendo sido quem nós pensamos, de fazer tal estupidez. Que nos passem coisas destas pela cabeça, eu até entendo. Por aqui, falamos muito de deixar uma fralda bem suja da Pequena Melão dentro da caixa de correio do idiota, mas a linha que separa aquilo que pensamos e o passar efectivamente à acção é o que nos define como adultos. Qual será a necessidade e o prazer (e quão triste será a vida) que um adulto tira de uma acção destas? Quão profundamente infeliz com a vida tem de se estar para precisar deste tipo de coisas para ganhar o dia? Até porque aqui entre nós a satisfação não há-de ter sido grande uma vez que apenas um ovo acertou no alvo, os outros caíram antes ou passaram por cima (ainda por cima tem má pontaria). E ignorando a marca que o ovo deixou com o impacto e que nos lixa porque o resto até saiu com a lavagem, agora estou eu aqui a ver se, lembrando-se o suspeito de aparecer, não tenta repetir a brincadeira. Pelo menos, não sem ter um telemóvel a filmá-lo desta vez.
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