26.9.15

O dia (ou a noite) em que dei um murro no Jack

As minhas noites tem sido curtas pois demoro imenso a adormecer e quando finalmente o consigo, o despertador do Jack toca pouco tempo depois e eu dificilmente consigo voltar a adormecer. Ainda assim, quando durmo tenho um sono profundo, daquele que sabe bem e que recarrega um pouco o cérebro. Contudo, uma destas noites, não satisfeita com as insónias que mais uma vez me assaltaram, decidi ser vítima de pesadelos, de modo que passei a noite a sonhar que o Jack me colocava as mãos na barriga e empurrava com força, magoando-me imenso (pobre homem que é um querido; muito provavelmente terei adormecido numa má posição e sentia dores que passaram para os sonhos). E eu bem lhe implorava para que ele parasse, para que me largasse, gritava que me estava a magoar, arranhava-lhe os braços e nada. Sei que sonhei com isto umas seis ou sete vezes nessa noite, de modo que já estava saturada daquilo quando tive o sonho pela última vez. E nesse, já desesperada, decidi que tinha mesmo de o fazer parar, por mim e pela Pequena Melancia, e portanto o melhor seria dar-lhe na cara um bom murro que o deixasse atordoado. Assim, puxei bem o braço atrás, fechei o punho e tentei dar um murro o mais forte possível. O problema é que este gesto foi transportado para a realidade e podem bem imaginar a cara do Jack quando é acordado com um murro fortíssimo num braço (ainda bem que a minha pontaria falhou!). E eu, também acordada com a pancada, só balbuciei um "Desculpa, desculpa, foi um pesadelo". Ele, ainda com um ar muito espantado de "O que é que me aconteceu?", resmungou qualquer coisa e ferrou-se novamente a dormir. Acho que por agora me safei de uma queixa de violência doméstica e um pedido de divórcio, mas é melhor não repetir a gracinha (não vá a pontaria afinar-se, ainda por cima....).

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