Bom, o tempo disponível não é muito por isso não sei se conseguirei escrever tudo de uma só vez ou se dividirei o relato em vários posts. Comecemos então:
A Mini-Tété nasceu na quinta-feira, dia 15 de Outubro (não calhou no meu dia de anos mas foi calhar no dia de anos da minha madrinha. A cachopa queria mesmo dividir o dia com alguém....). Na véspera, quarta-feira, foi-me feito o descolamento das membranas, técnica usada como tentativa para despoletar o trabalho de parto. Ainda assim, e devido ao envelhecimento da placenta e ao nível de líquido amniótico, foi-me marcada a indução do parto para sexta-feira, pelo que ou a menina Mini-Tété se decidia a nascer até lá ou seria expulsa nesse dia. Foi-me dito que nessa quarta-feira à noite começaria a ter contracções e que, com sorte, entraria em trabalho de parto na quinta-feira.
Claro está que na quarta-feira à noite não tinha nem uma contracção para amostra. Fomos jantar fora com a família do Jack e ainda hoje comentam como eu estava longe de apresentar qualquer sinal do que ia acontecer. Estava tudo parado, paradinho, e eu super bem-disposta. Quando me deitei sentia uma sensação esquisita nas costas mas atribuí ao cansaço.
O despertador do Jack estava programado para as 5h00 da manhã e eram umas 4h30 quando eu acordei de um sono profundo, tendo de seguida (mais) um ataque de alergia. Quando finalmente a coisa parecia estar controlada, ouvi um "pfffff" e percebi que tinha as calças do pijama molhadas. Levantei-me, em plena negação, e pensar mentalmente "Não, não, não, não, não, não, não, não, não, não me podem ter rebentado as águas, eu não estou pronta!!". Acordei o Jack, dizendo-lhe o que achava que teria acontecido e ainda ali ficámos a debater uns minutos se seria mesmo líquido amniótico ou apenas uma partida da bexiga (é o que dá não me ter acontecido como nos filmes em que parece que as mulheres perdem um alguidar cheio de água). Toda eu tremia de nervos, assustada e muito pouco preparada mentalmente para a hipótese de vir a passar por um parto nesse dia.
O problema é que a hora de sair do Jack estava a chegar e tínhamos de decidir se ele ia ou não, se seria falso alarme ou algo real. Felizmente tomámos a decisão certa e ele começou com os telefonemas para organizar o dia de outra maneira, ficando assim comigo. Entretanto, eu ia sentindo uma dor nas costas, que ia e vinha. Mais uma vez não associei a contracções pois o que lia e ouvia descrevia as contracções como dores fortes de menstruação, uma dor que apanhava a barriga, a barriga a ficar dura....e eu não tinha nada disto. Apenas uma dor nas costas. Quanto à ida ao hospital, as regras eram claras: caso as águas rebentassem, deveria ir durante a hora seguinte; caso sentisse contracções, deveria esperar que estas fossem de 5 em 5 minutos durante uma hora (embora à distância a que vivemos do hospital já tivéssemos decidido que não esperaríamos este tempo e iríamos quando elas estivessem de 10 em 10 minutos, por exemplo). Neste caso, eu não estava certa de as águas terem rebentado e não sentia contracções (achava eu), mas decidimos ir na mesma ao hospital, sem pressas, para ver se estava tudo bem. Por acaso, lá me lembrei de ver se aquele incómodo nas costas ia e vinha de forma regular e acho que é possível imaginar o meu pânico quando reparei que o sentia de 3 em 3 minutos.
Pegámos nas coisas à pressa e voámos para o hospital.
Espero que esteja tudo a correr pelo melhor. :)
ResponderEliminarEstá sim, Leonor, obrigada. :)
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