1.4.12

Top Secret

Nunca pensei chegar ao final de Março sem se saber no local onde trabalho que vou para França. Uma coisa não está ligada a outra, por isso não me senti no dever de explicar ou justificar o que quer que fosse. Mesmo que o plano não passasse por França, mas sim regressar a casa dos pais e procurar outro emprego, eu teria saído na mesma de lá. Porque se aquele lugar me trouxe muita coisa boa (oh, se trouxe) também não me estava a dar o que eu precisava a nível profissional. Aliás, eu decidi há coisa de um ano que ia sair. A ideia de ir para França só chegou uns meses depois.
É complicado explicar o porquê de não contar, principalmente porque há ali pessoas a quem eu teria adorado contar, mas não podia...as notícias às vezes voam à velocidade da luz e eu não queria que toda a gente soubesse. Porque se há pessoas que querem o nosso bem, há outras, que embora não queiram o nosso mal, também não nos deixam em paz quando sabem as coisas e infernizam-nos a vida com perguntas, julgamentos e opiniões. E eu tenho, como diz a minha mãe, uma elevada noção de privacidade. E não gosto que me façam perguntas a torto e a direito, quando estou claramente a não querer responder e a não querer partilhar a minha vida (por outro lado, quando quero responder às perguntas, ninguém me cala. Sou uma desbocada). Da mesma forma não gosto de pessoas que acham que lá porque lhes contamos algo da nossa vida se sentem no direito de começar a opinar sobre isso. Por isso, às vezes mais vale ficar caladinha, e esperar até ao momento em que o segredo não aguente mais....

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