8.3.13

Promessas desfeitas

Quando compro um livro tenho sempre várias razões para o fazer: ou conheço o autor de outras leituras, ou foi-me recomendado, ou gosto da capa e da sinopse do livro. Se a escrita e o estilo da sinopse não me agrada é já meio caminho andado para não trazer o livro para casa. Chateiam-me assim os livros em que sinopse conta logo um ponto importante da história como por exemplo: "João e Matilde conhecem, têm um namoro conturbado e casam, blá, blá, blá" e depois tenho de gramar com metade do livro sobre o namoro do João e da Matilde. Se eu não soubesse que eles se iriam casar, a história prender-me-ia porque eu quereria saber qual o resultado daquele namoro. Sabendo eu, já de antemão, que eles vão casar, as discussões e quebras no namoro não são interessantes, porque no fundo sei já que aquilo tudo vai ser superado.

E digo-vos isto porquê? Porque, sendo eu fã dos livros da Penny Vincenzi, este último, "Promessas desfeitas", deixou-me assim um pouco de pé atrás. A sinopse do livro conta-nos que Eliza e Matt apaixonam-se, casam, separam-se e entram em batalha pela filha que entretanto tiveram. Ora a primeira metade do livro (ou até três quartos do livro) contam-nos a história de Eliza e Matt, o casamento, as discussões, as tentativas de o salvar. E tudo isto se torna aborrecido porque nós já sabemos que eles se vão separar. Não há qualquer surpresa na história, qualquer "quero saber o que lhes acontece". Já as últimas páginas do livro prenderam-me imenso, sem conseguir dormir enquanto não as acabasse de ler, pois são finalmente as cenas em tribunal, a luta pela custódia, sobre cujo resultado eu não tinha qualquer pista e aí sim estava ansiosa por saber.
Sou sincera, a quem queira ler os livros de Penny Vincenzi, aconselho vivamente o "O Jogo do Acaso", o primeiro que li e que adorei, e o "Escândalo". Já o último que tinha lido dela, "Uma mulher diferente" não me tinha agradado por aí além, mas aí tinha sido o final da história que não me tinha convencido.




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