6.4.18

Inscrição na Maternelle - parte II


Têm [aqui] o primeiro relato da inscrição no jardim-de-infância francês, com os primeiros passos burocráticos.

A inscrição na escola foi feita com a própria directora, o que permitiu logo a existência de uma pequena conversa, colocação de algumas dúvidas e mais alguma informação.
Um dos assuntos que falámos foi sobre a possibilidade de colocar a Mini-Tété na mesma turma que a sua futura vizinha, uma vez que se conhecem. Foi-nos logo dito que não o fariam pela simples questão de uma ter nascido em Fevereiro e outra em Outubro do mesmo ano, o que fará com que no início do ano escola, a Mini-Tété entre com 2 anos, prestes a fazer 3, e a vizinha esteja a menos de meio ano de fazer os 4 anos. Explicaram-nos que dividem os alunos por turmas com idades semelhantes. Julgo que em Portugal há o mesmo cuidado mas não sei se em todas as escolas.

O ensino é gratuito mas pagam-se a cantina e o "péri-scolaire", no meu tempo conhecido por "permanência" e agora chamado de Tempos Livres, se não me engano. Bom, são aquelas horas antes e depois do horário escolar, para as crianças cujos pais têm de as deixar mais cedo e/ou buscar mais tarde. Aqui os horários diferem de escola para escola mas andam todos mais ou menos à volta do mesmo: das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 15h30. Às quartas-feiras, há aulas só de manhã (8h30-10h30) ou então não há de todo, o que pelos vistos será o caso da escola da Mini-Tété. Como são os horários em Portugal? Tenho ideia que no público são semelhantes, mas entra-se uma hora mais tarde e sai-se uma hora mais tarde, não?

A escola tem as portas fechadas por segurança, como qualquer escola nos dois países, e no caso da escola da Mini-Tété abrem-nas apenas 15 minutos antes e depois de cada hora de entrada e saída, respectivamente. Por exemplo, se a entrada é às 8h30, a escola tem as portas abertas apenas das 8h15 às 8h30. Na escola da Mini-Tété, se houver algum atraso e a criança não foi deixada na escola neste quarto-de-hora, só volta a poder entrar no quarto-de-hora seguinte, isto é, quando acabam as aulas da manhã (11h30 às 11h45). E isto está assim a mexer-me um bocadinho de nervos, admito, porque embora seja um pessoa pontual (menos quando estou com o Jack) já estou a imaginar a Mini-Tété a fazer um birra qualquer de manhã, um sapato perdido, uma troca de roupa inesperada e pimba, dois minutos atrasada e lá estão as portas fechadas e uma criança sem escola de manhã. Sei que há escolas onde recebem na mesma as crianças atrasadas mas os pais pagam uma pequena multa de forma a não repetirem muitas vezes a brincadeira.

Voltando ao ensino gratuito, este é-o de facto se os pais forem buscar os filhos para almoçar e não usufruirem do "péri-scolaire", o que não é possível quando ambos os membros do casal trabalham. E custos, Tété? Acho que é aqui que reside uma das grandes diferenças entre Portugal e França. O preço das refeições é um pequeno roubo. Ainda não sei qual será o preço na escola da Mini-Tété porque apenas em Maio saberemos, mas sei que há escolas a cobrar 5€, 6€, 7€ por refeição. Isto ao fim do mês é um valor que já dava para umas pequenas férias...O péri-scolaire tem preços tão diversificados que nem me atrevo a escrever aqui. Foi-me dito uma vez que esta é uma das principais razões pelas quais se vêem tantos pais a ir buscar os filhos para almoçarem a casa.
Obviamente quando ambos os pais trabalham não há outra solução, mas li uma vez um artigo que dizia algo como cerca de 90% das mães em França pedem redução de horário ou passam a trabalhar em part-time para poderem adaptar-se o mais possível aos horários escolares e não pagarem assim "os extras". Há mesmo quem peça para não trabalhar à quarta-feira, trabalhando ao sábado, devido ao facto de muitas escolas não abrirem neste dia. E isto é capaz de explicar porque é que há tantos serviços e lojas que de facto não abrem à quarta-feira.

Nas turmas da idade da Mini-Tété, em que as duas horas à tarde são basicamente compostas pela sesta, muitas são as escolas que perguntam as pais se não há a possibilidade de a criança ir almoçar a casa e já não voltar à escola de tarde, dormindo assim a sua sesta em casa e em melhores condições. A escola da Mini-Tété está a ter mais inscrições do que aquelas que esperavam e a directora está já a avisar que, caso haja falta de espaço para que todas as crianças lá durmam, será pedido aos pais que não trabalham que permitam que os seus filhos fiquem de tarde em casa.

É diferente de Portugal, não é? :)

(Nota posterior: ficámos entretanto a saber que afinal, como não há aulas à quarta, o horário dos restantes dias é das 8h30 às 16h30).

16 comentários:

  1. Eu diria q tb tem a ver c a questao dos salarios. Em frança 90% das mulheres têm reduçao pq o salario do marido é suficiente p sustentar a casa. Em portugal têm de trabalhar os dois a tempo inteiro e por isso as escolas têm entrada logo ás 8h e muitas têm tempos livres (nem sei bem o nome) ate ás 18:30 ou 19h. Sei q uma escola da minha cidade q tem desde creche ate ao 9o ano aceita os miudos das 7:30 ate as 19:30. Se eu saio de casa ás 7:30 e volto nos dias bons ás 18h e nos dias complicados ás 19h, como poderia ser de outra forma? O marido ainda é pior q sai ás 7h e volta ás 20h. Ainda n temos filhos mas é algo q m preocupa como gerir. E dp outra coisa q me faz confusao: pq é q é sempre a mae q tem estas responsabilidades de tratar das crianças, pq n é o pai tb a ter horario reduzido?

    Ja sei, ja sei, q me vao dizer q n sendo mae n compreendo. Mas de facto n percebo pq recai sp td sobre a mae e n sobre o pai.

    Filipa

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  2. Por acaso o artigo referia que mesmo os pais (homens) podem a troca da quarta-feira por um sábado. E deve mesmo acontecer porque efectivamente há mesmo muitos serviços que estão fechados à quarta, o que não faria sentido se apenas as mulheres pedissem dispensa. Agora em termos de redução de horário, falavam de facto das mães. Não sei se os pais podem sequer pedir, é um facto.

    Aqui acho que o péri-scolaire é das 7h às 19h, mas não sei se é assim em todas as escolas.
    Quanto a gerirem, não tenho qualquer dica. Nem para mim tenho que já abandonei um bocado a ideia que tinha quando vim de trabalhar em Paris porque isso vai fazer com que eu tenha horários impossíveis e não vamos conseguir gerir a vida da Mini-Tété. Terá de ser algo mais perto e com horários mais compatíveis. No vosso caso, não há avós que possam apanhar os futuros netos mais cedo?

    Eu sou mãe e partilho da tua opinião. :) A verdade é que ainda vivemos numa sociedade em que "mãe é mãe", toma conta da casa e dos filhos, e ao homem cabe trazer dinheiro para casa. Se falares com algumas mães, verás como se gabam de que só elas acalmam os filhos, só elas é que sabem o que é melhor para eles...A mim não me faz sentido, mas é de facto ainda a mentalidade que se tem. O Jack foi comigo à inscrição da Mini-Tété e irá comigo visitar a escola. Arrisco-me a dizer que será dos poucos pais a fazê-lo. Tal como foi dos poucos ou mesmo o único nas aulas de preparação para o parto.

    Sim, o salário aqui é maior, por outro lado os impostos são maiores e o preço das coisas nem te digo (a minha mãe fica escandalizada com o preço da carne aqui por exemplo...). Mas claro que compensará de alguma forma (embora não faça de ninguém rico e não trabalhando a mãe, muito menos :)). E depois há as ajudas e isso sim tem uma grande força. Eu pouco recebo porque nunca descontei aqui mas uma mãe que trabalhe e pare de trabalhar para ficar em casa com o filho nos primeiros 3 anos tem uma boa ajuda, e quanto mais filhos, mais ajudas se tem. Como costumo ouvir "a partir de 4 filhos, ficas em casa a ganhar um salário dos bons". Não posso confirmar porque não me recordo de todos os valores, mas há de facto várias ajudas.

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    1. Temos so a minha mae q ainda trabalha, mas tb sai ás 18h ou 19h e ainda demora 30-40 min a chegar ca. Nao tenho pai e os meus sogros estao reformados mas moram na serra da estrela.

      Tenho 2 colegas no trabalho q sao casados e q têm 2 filhas. É sempre ela q falta quando as miudas estao doentes, q vai ás reunioes de escola, q tem de sair a horas p as ir buscar á creche, q n pode viajar pois tem de ficar c elas, q nao vai aos eventos á noite ( e mtas vezes sao nesses jantares q se faz o networking). P ele é td facil, n abdica de nada, parece q nem tem filhos.

      Em 2014 fiz entrevistas de recrutamento p uma posicao na minha equipa. Apareceu uma mulher q a meio da conversa diz q "ainda nao tem filhos mas queria ter brevemente pois OBVIAMENTE o maior objectivo de vida de QUALQUER mulher é ter filhos". E entao la explicou q tinha de entrar e sair tds os dias sempre a horas pois teria de ser ela sempre a ir buscar o bebe á creche e nao podia viajar. Claro q nao espero q as pessoas trabalhem a mais do q o horario tds os dias, mas na nossa funcao ha sempre 2/3 dias por mes em q temos de cumprir prazos e la ficamos mais 1/2 horas. E nao viajamos tds as semanas, mas 1 vez de 2 em 2 meses, talvez.

      Outra q me chocou imenso foi uma reportagem na tv sobre Chefs de cozinha. Ora apesar de nas familias serem as mulheres a cozinhar, qd se fala de chefs profissionais em bons restaurantes é quase td homem. Entao la entrevistaram a Justa Nobre q explicou q como teve de investir na familia n pode investir tanto na carreira como um homem. E outra chef de sushi q dizer q so conseguiu investir na carreira dp das filhas terem 13 e 15 anos pq ate aí obviamente tinha de cuidar delas. E falam disto como se fosse inevitavel pq obviamente os maridos devem ser limitados e incapazes.

      Dizem sempre q antes de ser mae dizemos mt coisa q do nos cai em cima e p n cuspir p o ar. Olha, se eu um dia me tornar assim alguem q me dê uma lambada p eu acordar :D

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    2. Isso do cuspo depende muito do que dizes antes de ser mãe. :D Eu não sinto que ande a apanhar com grande coisa em cima de mim porque até agora as coisas que eu dizia que não faria, não faço mesmo, por isso...Mas também é verdade que se calhar não dizia muita coisa. :D

      Conheço um casal como esse dos teus colegas. Duvido muito que ele alguma vez tenha mudado uma fralda, dado uma sopa ou deixado de fazer fosse o que fosse por ter filhos. Culpa dele e culpa dela que assim permite que seja. Embora no caso da mulher que conheço, é assim que as coisas lhe fazem sentido. É outra mentalidade.

      Eu ausentei-me 3 dias quando a Mini-Tété tinha 2 meses. Fui descansada porque o Jack tratava dela tão bem como eu e sabia fazer tudo como eu sabia. Como mãe é para mim essencial que o pai saiba tratar dos filhos e os conheça tanto como eu porque a vida dá muitas voltas e eu não sei se estou cá amanhã.

      Eu nunca quis ser mãe-a-tempo-inteiro até aos 3 anos de um filho mas a vida foi-se organizando assim e acabámos por ver vantagens. Mas ainda ontem o Jack me disse que se encontrar qualquer coisa que tenha horários complicados mas de que goste mesmo, torna-se ele pai-a-tempo-inteiro sem problemas. Confiaria nele de olhos fechados para esta função. :D Ainda agora com a Mini-Tété no hospital, o Jack tirou uns dias de férias para estar lá também, a trazer-me refeições (as minhas não estavam incluídas na estadia...), a comprar o que era preciso...É pai, caramba. A Mini-Tété precisa tanto dele como de mim, não precisa mais de um do que do outro.


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    3. Eu sinto q ás vezes a questao tb é a carreira e isso torna-se num ciclo vicioso. Ou seja, se o homem aposta mais na carreira e nao faz sacrificios pelos filhos, é normal q faça maior progressao q a mulher, e por isso qd tiverem de tomar qq opcao será sp a favor da carreira dele em detrimento da mulher. Este ano fiz novo recrutamento: tive uma mulher q estando empregada estava a tentar encontrar outro emprego mais bem pago e/ou com melhor posicao. Ela morava na figueira da foz c o namorado e até ás nossas instalaçoes ainda era um bom tempo de viagem. Perguntamos se ela estaria disposta a trocar de casa, a irem alugar algo a meio caminho p dividirem o esforço da viagem. Respondeu q nao pq o namorado trabalha na figueira e quer estar a 5 min do trabalho portanto se ela quiser mudar, ela é q terá de suportar as consequencias disso sozinha.

      No vosso caso como funciona? Tenho a ideia q ele se levanta mt cedo e q ás vezes trabalha aos sabados. Ele n tem horarios certos? E estaria mm disposto a abdicar da carreira? Isso nao é importante p ele?

      No nosso caso eu estou a 15 min do trabalho e o marido a 50 min. Optamos por fazer casa aqui p eu estar perto da minha mae ( ela mora a 2 km) e tb p ela nos poder ajudar. No caso dele n faz diferença pq a familia é da serra da estrela, logo estariam sp longe. Mas p alem de ele ter mais tempo de viagem, tb tem um trabalho em q faz bem mais de 8h diarias, por vezes 10h,11h,12h. Eu geralmente faço as horas certas tirando talvez uns 5 dias por mes. Ora, se tivermos um filho la vou ter eu de o ir colocar a creche e buscar quase tds os dias. Nao me parece nada justo :-( mas por outro lado se ele quisesse dividir essa tarefa comigo teria de tentar sair mais cedo o q seria prejudicial p a carreira dele, talvez ate despedido pq naquela empresa é normal fazerem sempre mais horas.....

      Filipa

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    4. Eu sou capaz de ter uma visão um bocadinho diferente. Eu defendo que tanto o homem como a mulher devem ter direito à carreira e às mesmas oportunidades e que, sendo pais, a responsabilidade não deve recair apenas sobre um. Mas acho também, que tal como acontece com as tarefas domésticas, a divisão de tarefas não tem de ser feita de forma a que ambos fiquem com o mesmo papel.

      No caso da minha família, era sempre o meu pai que nos ia pôr e levar à escola. A minha mãe tinha 2 empregos, com horários muito mais rígidos num e inesperados no outro, e o meu pai era o que conseguia ser mais flexível nos horários que tinha. Era o que mais dava jeito a todos para que nem eu nem o meu irmão ficássemos na escola mais tempo do que o necessário. Se tivessem tido os papéis invertidos e tivesse sido sempre a minha mãe a ir-me buscar devido aos horários do meu pai não seria um atentado à carreira dela, seria apenas como dava mais jeito. Ou seja, eu não acho que ambos os pais tenham de ter a disponibilidade de ir buscar os filhos ao colégio. Por muito que isso até fosse bom, há empregos que não o permitem, seja pelos horários, seja porque há turnos, seja por causa das distâncias.

      Se o meu pai e a minha mãe tivessem tentado dividir a tarefa de ir pôr e ir buscar os filhos à escola, aí sim, a carreira da minha mãe teria sofrido. :) O facto de o meu pai ter sido o responsável por esta tarefa fez com que os dois tivessem podido continuar a avançar na carreira. Claro que depois a minha mãe era a responsável por uma série de outras tarefas no que toca aos filhos. Eles dividiam a parentalidade mas não tinham tarefas iguais. :) Da mesma forma que faziam o mesmo com as tarefas domésticas. Não me lembro de alguma vez ter visto o meu pai pôr roupa para lavar mas era ele que aspirava. Penduravam os dois a roupa e cozinhavam os dois. É isto que me faz mais sentido: dividir as tarefas conforme dá mais jeito a todos, desde que estejam todos de acordo.

      Quando decidimos ter filhos, sempre soubemos que ir pôr e ir buscar a Mini-Tété à escola será tarefa minha. Ou isso ou a pequena é deixada à porta da escola às 5h da manhã com o pai a levá-la. :) Se eu acho injusto? Não. Já sabíamos que seria assim por causa dos horários do Jack. Qual é a alternativa? Ele faltar horas ao trabalho para levar a filha e assim fazer a mesma tarefa que eu, arriscando-se a ser despedido? E isso é justo para ele? :)
      Respondendo à tua pergunta, o trabalho do Jack não implica uma carreira pelo que se ele tivesse de abdicar de trabalhar durante uns tempos, isso não afectaria nada o trabalho, ninguém o passaria à frente porque de facto não há uma carreira a fazer. :)

      No vosso caso, se os teus horários permitirem ir levar e buscar filhos sem prejudicar a carreira enquanto que a ele prejudica, na verdade até acho justo que sejas tu a fazê-lo.:) Mas apenas nestas condições, claro.

      A minha visão também mudou um bocadinho depois de ter a Mini-Tété. Se antes procurava emprego a uma hora de casa sem problemas nenhuns e não me importaria de ter horários semelhantes ao do Jack, depois de ela nascer isso deixou de ser uma opção. Ou só voltaria a ser se o Jack largasse o trabalho e procurasse outra coisa com melhores horários. Porque a verdade é que gostaria de evitar que a Mini-Tété passasse 12 horas na escola e que apenas visse os pais 1 ou 2h por dia. Eu sei que há pais que não têm outra hipótese (o Jack por exemplo já chegou a fazer 3 h de viagem só para vir a casa dar um beijo à filha antes de ela adormecer quando podia ficar a dormir no local de trabalho) mas se eu puder, vou (vamos porque é um desejo dos dois) evitar isso. E isso implica procurar um trabalho mais perto, provavelmente fora da minha área. A não ser que surgisse uma oportunidade tão boa que compensasse ser o Jack o pai mais presente. :)

      Eu acho é que estas coisas devem ser bem conversadas e decididas antes de ter filhos. Por exemplo, teria sido problemático se eu tivesse tido a Mini-Tété a pensar pô-la numa creche aos 6 meses e o Jack a pensar que eu seria mãe a tempo inteiro até aos 3 anos. Ia dar discussão. :)

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  3. Pois, em termos de trabalho domestico dividimos mas n tem de ser as mesmas tarefas. So eu é q limpo o po, so ele é q vai buscar lenha e acende a lareira. Mas cozinhar por ex fazemos os 2. Depende do jeito e gosto de cada um. Eu trabalho mais á semana pq chego mais cedo, ele compensa no fim de semana. Nisso concordo contigo.

    A questao c um bebe é q n da p fazer assim: se eu vou buscar á creche, ainda tenho de chegar a casa, dar comida, banho, trocar fralda, antes do marido chegar. Nao posso dizer ao bebe: olha a mae ja te foi buscar á creche e trocou a fralda, portanto agora espera q o pai chegue a casa p teres comida e banho :D
    Nas tarefas domesticas da casa é mais facil dividir ou ajustar os tempos, num bebe nao. As coisas sao feitas qd têm de ser feitas. Por isso tenho receio da rotina semanal do bebé q iria caber mais a mim :-(

    Para contextualizar, eu nao tenho qq espirito maternal, acho q se tivesse um marido q n quisesse ter filhos por mim estava bem, mas o meu marido quer mesmo ter um filho. Logo que se acabe a construçao da casa, esse será o proximo "projecto". E a mim assusta-me verdadeiramente a ideia de ter e criar um bebe. E se calhar sinto q é injusto pq ele é q quer mm ter um bebé e eu é q vou ter a maior parte do trabalho. Alem do q a gravidez e parto obviamente sao comigo. Portanto tudo somado vai ser dificil p mim :-(

    Filipa

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  4. E o que diz ele em relação a isso? Por saber que o filho é mais desejo dele mas que será ele a ter menos trabalho com ele? :)

    Bom, como sabes o Jack tem o trabalho que tem e com a construção da casa, o tempo em casa ficou mesmo reduzido. Para compensar, eu passo todo o dia com a Mini-Tété, o que me faz chegar ao final do dia exausta. A nossa maneira de viver é: a partir do momento em que ele está em casa, somos ambos pais com as mesmas responsabilidades, mas claro que vamos estando atentos ao estado de cansaço do outro. Quando o Jack chega em cima da hora de jantar, quem dava (agora ela come sozinha) o jantar à Mini-Tété era ele (para eu poder comer descansada), o banho sempre foi a seguir ao jantar por isso mesmo (damos os dois banho à Mini-Tété sempre), trocar fralda depois do jantar, vestir, etc...era ele (agora dividimos) para eu descansar dessas tarefas. E a tarefa de a adormecer sempre foi alternada entre os dois, mas no vosso caso podem perfeitamente combinar que quem fica com essa tarefa é ele, para tu teres tempo para ti a seguir ao jantar. Quanto às refeições (porque nem sempre dá jeito cozinhar e tomar conta do bebé) podem ser feitas em maior quantidade para durar para vários dias. Ou pode o pai a seguir ao jantar adiantar logo a refeição do dia seguinte. ;) Sobretudo porque no 1° ano a comida do bebé é diferente da dos pais por isso nada impede que o pai não ajude e enquanto a mãe toma um banho relaxada e o bebé dorme, ele não vá preparando sopinhas, fruta e afins para os dias seguintes. ;)

    A mim assustava-me a ideia de ter um filho mas eu queria mesmo ter um, por isso não posso dizer que entenda perfeitamente o teu sentimento. Mas posso dizer que sim, às vezes pode mesmo ser assustador e difícil, e é por isso que é importante que as coisas estejam bem definidas antes (com a devida abertura para depois mudarem se necessário), e que combinem as coisas o melhor possível para não sobrecarregar a mãe. Acredita que depois do pai estar em casa, ele pode compensar a mãe pelo tempo em que não esteve. A divisão das tarefas não é igual, é um facto, mas há muita coisa que ele pode fazer para te deixar a ti livre. :)

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    1. Em primeiro lugar a questao do filho ser mais desejo dele, p ele nao é relevante. A partir do momento em q ambos decidimos e concordamos em ter 1 filho, a responsabilidade sera dos dois por igual, segundo o q ele pensa.

      Em segundo lugar ele é uma pessoa super fria e racional. Vê tudo pela logica da matematica. Por ex, ele nao percebe como ha casais q se queixam de noites seguidas sem dormir por causa do bebé. Ele acha que sendo 2 adultos, entao uma noite toma 1 conta do bebe e na noite seguinte trocam, seguindo uma escala previamente definida. Portanto a cada um se garante uma noite seguida de sono noite sim, noite nao. Ele acha q um filho se gere como a construçao da casa: numa folha de excel, tudo organizado, sem qualquer desvio.

      Em terceiro lugar, como agora ainda estamos na construçao da casa, e a ideia seria so começar a tentar engravidar daqui a 1 ano e meio, ele acha q é mt cedo p começar a debater e alinhar ideias sobre isto. Um projecto de cada vez, é o lema dele. Portanto nao consigo ter grandes conversas sobre isto c ele.

      Em quarto lugar, ele dorme superbem. Se tiver 6h na cama, sao 6h de sono relaxante e acorda fresco q nem uma alface. Eu durmo mal, demoro quase 1h p adormecer e tenho um sono irrequieto, com pesadelos ( mas sei bem q o teu sono é mt pior). Ao fim de semana costumo dormir a manha toda p recuperar da semana, algo q ele n faz. Ora c um filho isto muda tudo, e qd referes q o casal tem de estar atento aos sinais de cansaço um do outro, bem, ele nao é assim, nao compreende q eu sou diferente e mede o meu cansaço pelo dele. Portanto se ele fica bem com xhoras de sono, entao eu tb devo ficar.

      Por ultimo, nós temos um determinado estilo de vida q é incompativel c um bebe. Fazemos algumas viagens por ano q ou sao p cidade (andar todo o dia a pe a ver museus, castelos, cultura) ou de natureza ( trilhos, vulcoes, lagos, grutas,..), nao somos pessoas de ir p um resort c praia. Gostamos de ir experimentar restaurantes novos, mais requintados. Vamos jantar fora e ao cinema quase todos os fins de semana. Durante a semana seguimos imensas series na tv á noite. Eu nao o consigo imaginar de abdicar disto e tornar-se um pai de familia q faz programas mais familiares.

      Como diz a minha mae, isto tem tudo p correr mal :-(

      Filipa

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    2. A vida muda depois de ter filhos, é impossível que assim não seja porque de repente passa a haver outro ser com horários e necessidades. Acho que podem existir casais que não sentem tanto esta mudança se houver uma ama em casa ou uns avós muito participativos.

      Em relação ao esquema das noites, há casais que fazem como ele diz. :) Mas se a mulher amamentar, como é que isso funciona? É que ela vai estar sempre a acordar obrigatoriamente de 3h em 3h (na melhor das hipóteses) todas as noites. Quando é que ela descansa? E tendo em conta que o bebé deve ficar no quarto dos pais no primeiro ano de vida (mínimo 6 meses), é normal que mesmo o pai/mãe que está de folga naquela noite, acorde com o choro do bebé. Fora os cocós explosivos que às vezes há a meio da noite e que mais vale ter um par de mãos extra para ajudar a mudar fralda e roupa rapidamente. :) Sei lá, eu tive uma bebé super-fácil, com 2 meses dormia 14h seguidas sem acordar, com 1 mês dormia a noite toda, mas ainda assim havia noites demoníacas. E eu que desejei muito ser mãe tive momentos em que pensei se teria sido boa ideia ter engravidado. Por isso, não havendo sequer este grande desejo, acho que tudo isto pode ser mais difícil ainda.

      O Jack tem horários complicados e passa muito tempo na estrada por isso eu assumo 99% do tempo a responsabilidade de acordar de noite caso a Mini-Tété precise pois é necessário que ele durma o melhor possível. Mas nos primeiros meses, houve noites em que ele foi trabalhar com uma directa em cima porque a Mini-Tété não se calava, eu não conseguia acalmá-la e eu própria já estava em privação de sono. Ia acordá-lo, claro. Precisava que ele me ajudasse a resolver a situação. Ou seja, um filho não funciona matematicamente. Eu, pelo menos, acho isso difícil. :)

      Se ele dorme pouco e bem e se tu precisas de dormir toda a manhã ao fim-de-semana, óptimo, é da maneira que o pai toma conta do bebé enquanto a mãe descansa. ;)
      Quanto ao estilo de vida...bom, têm sempre a avó com quem podem deixar o bebé para manterem esse lado social, desde que fiquem todos confortáveis com isso. :)

      Não me quero mete na tua vida, nem gosto assim muito de estar a dar conselhos uma vez que não vos conheço :), mas eu acho que podes combinar com ele tratarem primeiro do projecto da casa e depois, antes de começarem a tentar engravidar, terem uma boa conversa antes. Explicas-lhe que sentes que têm ideias diferentes do que é ser pai e mãe e queres definir primeiro algumas coisas.
      Saber que tipo de pai pretende ele ser, se se vê a fazer programas familiares, se acha que vai poder continuar a ter a vida social de agora e se sim, como é que ele pensa fazer isso. Se acha que podem continuar a fazer viagens e como é que as pensa fazer, com bebé e sem bebé, e como se organizariam. Acho que deves ter cuidado e conversar com ele para que na licença de maternidade ele não chegue a casa e te diga que está cansado porque tu também vais estar, acredita, e por isso ele tem na mesma de partilhar as tarefas contigo e deixar-te descansar (houve dias em que o Jack chegava e eu ia dormir uma hora de tão cansada que estava).
      Parece-me (e peço desde já desculpa se estiver errada) que ele tem já as ideias todas organizadas no que toca a ter um filho. Mas se tu não bateres o pé e não fizeres valer as tuas ideias, talvez te arrisques a ficar mesmo na posição que não queres: a mãe que abdica de tudo (carreira, descanso, vida social) enquanto o pai continua a vida dele.

      Mas isto sou eu apenas a falar. Eu não conheço a vossa vida e no que toca à maternidade conheço bem a minha e pronto. Obviamente tudo o que diga se baseia na minha experiência e pode não se aplicar a vocês. :)
      Não há mais bebés na família? :)

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  5. A questao do amamentar nao sei bem se vou fazer, acho q so no momento decido. Mas isso ele sabe e n tem problema se eu decidir optar pelo biberao. Eu acho q ele tem ideia de q qd estamos de licença, estando o dia todo em casa q da p dormir qd o bebe dorme, e portanto nao ha problema em aguentar tb as noites. Acho q ele so pretende dividir qd estivermos os 2 a trabalhar. Mas la está, nao tive oportunidade de esclarecer isto ainda a fundo c ele. Ele n acorda facilmente, por isso se for a minha vez e o bebe tiver a chorar pouco ele nem acorda, se chorar mt ele vai p o quarto de hospedes. Ao q eu ja lhe respondi q se tivermos um bebe dificil isso pode significar dormirmos 6 meses separados..essa dos cocos explosivos tb ja ouvi, mas ele acha q se ha maes solteiras q cuidam dos bebes sozinhas, entao quem estiver de turno tb ha-de conseguir, aconteça o q acontecer.

    Eu sigo varios blogs de pessoas q entetanto tiveram filhos, como o teu, o da S* , o da Maça. E vejo os problemas e dificuldades q têm, por isso cada vez tenho mais medo. Eu sei q temos de debater e alinhar o assunto antes de engravidar, e sei q ele irá faze-lo. Mas p ele é so qd for a altura e eu preferia falar ja, q isto consome-m os nervos.

    Qt ao dormir, o beneficio sera dele. Ou seja, se cada um tem de ficar c 1 noite alternada, e ele ate está bem e eu estou mal, mas é a "minha" noite, ele n vai trocar de lugar comigo p m ajudar. Portanto n tenho vantagem nenhuma de ele dormir bem ou mal, ele n irá dividir as noites de forma diferente por causa disto. E é isso q me preocupa.

    Qt ao estilo de vida, claro q a avó ajuda. Pode ficar c o bebe um sabado á noite p irmos jantar fora e ao cinema. Mas n fica tds as noites p estarmos a ver series. Portanto alguma coisa tem necessariamente de mudar.

    E sim, temos mesmo muito a debater, decidir , vou ter de o obrigar a mudar algumas ideias e por isso nao queria nada adiar esta conversa. Mas vai ter de ser.

    E nao ha mesmo outros bebes na familia. Mas isso nao ajudaria mt pq ele acha q somos diferentes. Por ex: a maior parte das pessoas q conheço, e c o mesmo nivel salarial q nós , pede emprestimo p a casa. Nós fizemos o casamento (2014), compramos um carro novo (2015), compramos um terreno (2016), estamos agora a fazer casa e temos de trocar o outro carro em 2019. Tudo isto foi feito c as nossas poupanças, sem qq credito. E ele acha q é pq somos superorganizados ao contrario dos outros. Por isso eu sinto q ele aplica a mesma logica aos bebes, se ve outras pessoas a queixarem-se do sono e da falta de tempo, acha q eles é q sao desorganizados e connosco nao vai ser assim.

    Filipa

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    1. Bom, eu acho que a tal conversa é mesmo necessária. :) E depois muitas outras após o nascimento porque acho que quando ele nas noites dele ficar desesperado com um bebé que não se cala há 3 horas é capaz de te pedir ajuda. :D E essa é uma oportunidade para mais tarde reajustarem as regras. ;) No curso de preparação para o parto, a enfermeira foi muito clara: os pais não se deviam demitir das suas funções e se o bebé fosse amamentado, deveriam ser eles a levantar-se e a ir buscar o bebé à cama, dá-lo à mãe e depois voltar a levá-lo, para que também a mãe pudesse descansar. Com o biberão há menos esses problemas, mas eu lembro-me de dar o biberão à Mini-Tété e acordar o Jack para que ele tratasse dela porque eu estava a adormecer. A ideia é os pais serem uma equipa. :)

      A verdade é que antes de ter filhos, não se consegue adivinhar como vai ser. Fala-se da privação de sono, fala-se do cansaço, e achamos que sabemos o que isso é mas a verdade é que há limites aos quais nunca fomos obrigados a chegar antes. Eu lembro-me de dizer ao Jack que, embora condenasse as mães que faziam mal aos bebés só para que estes se calassem, eu entendia o desespero a que elas tinham chegado. Estava mesmo muito cansada (e sofro mais com a privação de sono que o Jack, por exemplo). Além do turbilhão de hormonas que temos a seguir ao parto. Eu não sofro muito com as minhas hormonas (não tenho TPM, por exemplo), na gravidez andei bem mas a seguir ao parto lembro-me de como sentia que que algo não estava bem. A descarga hormonal num parto é enorme (sem pensar que nem sempre o pós-parto é fácil fisicamente - o meu foi mas sei que nem todos são assim) e é impossível que isso não nos afecte. E isto é biologia, é a natureza, não é uma coisa inventada ou de mulheres mariquinhas. :)

      A ideia de que a licença de maternidade dá para descansar tens mesmo a tirar da cabeça dele antes de engravidar (se assim fosse, não haveria tantas mães desejosas de voltar ao trabalho. :D). O bebé come (seja mama ou biberão), imaginemos de 3 em 3 h, mas não passa essas 3 horas a dormir e a mãe muito menos. há que mudar a fralda, pôr a arrotar, há que adormecer o bebé, há que aproveitar que ele está a dormir para nó mesmas comermos, lavarmos biberões, tomarmos banho. Embora o meu conselho seja: dorme sempre que o bebé dormir, nunca um sono de uma hora aqui e uma hora ali é reparador. De qualquer forma, se não amamentares, podes sempre ir passar um sábado com a tua mãe e deixas o pai com o bebé. Quando regressares à noite perguntas se ele descansou muito..:D

      Agora as coisas boas, que eu não te quero assustar. :) Tudo são fases. :) Vejo muito menos agora séries do que via quando a Mini-Tété tinha 3 meses. Nessa altura, como ela já dormia muitas horas seguidas, eu dormia também, e nas sestas (que ela dormia ao meu colo) eu via séries. :D Ou seja, quando um pai diz que depois do bebé nascer acabaram-se as séries, pode estar a recordar-se de apenas uma fase do crescimento do bebé. :) Tenho um post aqui por publicar sobre isso (e outro sobre o papel dos pais nisto de ter um filho :D), devia mesmo publicá-los. :) O melhor exemplo que dou é o "tomar banho": com o crescimento da Mini-Tété passei por fases em que tinha de esperar pelo Jack para tomar banho, outras em que tomava banho calmamente, outras em que tinha de ser rápida...Se eu te disser que depois da Mini-Tété mal consigo tomar banho descansada, estou apenas a referir-me a uma fase que me lembro e não a todo o tempo que já passou desde que ela nasceu. :) No fundo, mesmo os testemunhos de outros pais não são tão de fiar assim. :D

      Vai fazendo uma lista de todos os pontos que gostarias de discutir visto que só terão aquele momento para falarem e alinhavarem as coisas. :) Quem faltará ao trabalho para levar o bebé ao médico, às vacinas, às urgências? Aos fins-de-semana, ele trata do bebé de manhã para poderes dormir? Os banhos a que horas dão? Etc, etc (sendo que depois de um bebé nascer, há coisas que mudam). :)

      E até podem vir a ter um bebé fácil e que grande parte do método organizado dele funcione. :)

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  7. Outro conselho, se me permites. :) Eu acho mesmo que deviam conversar mas a verdade é que vão estar os dois a falar de um mundo que não conhecem. Acho que tão importante como essa conversa, é depois de terem um bebé, bateres o pé e exigires ajuda sempre que precisares. O bebé chora e ele nunca acorda? Acorda-lo tu para que ele vá. Ele queixa-se que está cansado do trabalho? Respondes que também estás cansada após um dia inteiro com o bebé. Ele esquiva-se dizendo que tens mais jeito para mudar fraldas, fazeres a sopa do bebé, dares banho, fazeres massagens para a cólicas? Metes-lhe o bebé no colo e dizes que é treinando que se aprende. Tratar de um bebé nem sempre é fácil e se alguém se dispõe a fazer o trabalho todo por nós, nós aproveitamos e nem abrimos a boca. É isso que acontece com muitos homens: as mulheres assumem que elas é que sabem (não os deixando fazer nada mesmo que eles queiram) ou as mulheres aceitam fazer tudo (porque eles não sabem, não querem, estão cansados, não se lembram, porque elas não querem pedir), acabando por ter muito mais trabalho do que eles. É uma posição confortável para os homens mas que deixa as mulheres muito mais cansadas.:) E calo-me agora que para alguém que não se quer meter na vossa vida e dar conselhos, estou muito faladora. :)

    (e quem diz conversa sobre o bebé, diz sobre a gravidez. Ele vai às consultas? Às aulas se decidirem ter? Vai contigo às urgências?)

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  8. Quanto aos comentarios estás a vontade eu preciso mesmo de ouvir estes conselhos :-)
    Essa da mulher ter mais jeito comigo nunca aconteceria, eu sou um desastre ambulante, ele cozinha melhor do q eu e sabe disse. Por isso de certeza q ele ate trata " melhor" do bebe. Nao me preocupo c essa questao. E depois aquilo de faltar ao trabalho qd o bebe ta doente tb vai ser dividido sem stresse. O principal problema vai ser a questao de trabalhar em equipa, naquela situacao de ser a "minha" noite e ele n estar disposto a ajudar se eu estiver de rastos. E quando estiver de licença ele acha q durmo durante o dia portanto devia ficar c tds as noites, ao q eu ja respondi q n tem problema, dividimos a licenca a meio: 3 meses p mim e 3 meses p ele....

    Olha, vou é guardar estes comentarios como referencia p argumentaçao ;-)

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    1. É preciso não esquecer que se amam. :) Tenho a certeza que se ele a vir desesperada, vai com certeza ajudar. E podem realmente dividir a licença ao meio, se isso for o melhor para os dois. O importante é que as decisões que tomam agrade a ambos. :)
      Eu não quero assustar ou arranjar problemas. :) Ter um filho tem muitas coisas boas que não são sequer possíveis de descrever correctamente, mas também tem o cansaço que não dá para descrever exactamente como é, ahah. :D E é por fases, não é sempre cansativo, não é sempre mau, não é sempre maravilhoso, não é sempre lindo...São fases. :)
      Mas ainda falta algum tempo para lá chegar e agora têm uma casinha para fazer. :)
      (daqui a um ano e meio, podemos voltar a falar. :D )

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