Eu gostava de ter um gato. Na verdade, o que eu gostava mesmo era de ter um tigre, mas quando era miúda os meus pais nunca me satisfizeram este pedido e agora eu mesma acho um pouco improvável que tal se concretize. Também não me importava de ter um cão. Não um cão qualquer, porque aquelas raças pequenas e nervosinhas deixam-me fora de mim e para andar nervosa não preciso de ajuda. Ainda assim, ainda não tenho gato nem cão. A primeira razão é que ainda não perdi amor ao meu sofá ou às minhas coisas e bem sei que à primeira mordidela ou arranhadela começaria a trepar pelas paredes. A segunda razão prende-se um bocado com as viagens Portugal-França e vice-versa e toda a logística de com quem deixar os bichos. E por fim, porque vivo num apartamento, tenho a grande esperança de arranjar trabalho brevemente e teria de deixar o bicho, seja ele qual for, em casa sozinho o dia todo. E isso é coisa que a mim me custa. Em primeiro sei lá o que vai ele decidir estragar para se entreter, e depois sei lá se não vai começar a miar ou a uivar por se sentir só. E eu, que não gosto de sociabilizar com os vizinhos, tenho-lhes respeito e não gosto de os incomodar. Isto tudo para dizer que os meus vizinhos de cima, acabadinhos de mudar, têm um cão. Nada de problemático pois em 6 apartamentos, dois têm gatos e outros dois têm cães. O problema deste cão é que deve estar a estranhar a casa e foi deixado sozinho, e portanto para além de ter começado a uivar meia-hora antes do meu despertador tocar (e acreditem que eu acordar de outra maneira que não seja sozinha ou com o meu despertador é algo que me estraga logo o dia de manhã), ainda não se calou. E entre os uivos e o arranhar das unhas no chão, eu já estou aqui com os nervos todos esfrangalhados. Resta-me a esperança que as minhas preces sejam ouvidas e que quando os donos chegarem a casa, o cão lhes tenha destruído os sofás, cagado nos tapetes, roído os sapatos e feito xixi em todos os cantos da casa.
Eu pensava como tu até, em Março, ter adoptado o meu gatão lindo. Claro que durante o dia ele fica sozinho, mas ainda não estragou nada. Nunca me roeu os sapatos, só os atacadores, tem um arranhador próprio só para ele, enche-me de beijos (arranhões também, vá...), é um bebe lindo que enche a casa de alegria e vida. Além de que os gatos ocupam pouco espaço e dão menos trabalho, fazem as necessidades na caixa de areia, só tens de tirar os cocos e pronto. Limpissimos!
ResponderEliminarEu sou uma menina mais de gatos do que de cães, até porque gosto de cães médios ou grandes e enquanto não tiver um jardim para um destes, nem vale a pena pensar nisso. :)
ResponderEliminarMas de qualquer forma, o arranhar as coisas não é o meu único impedimento, por isso vou manter-me para já sem bichos. :)