26.7.13

Sapatos - parte 1

Eu sempre fui um pouco esquisita com sapatos. Nunca morri de amores pelos mocassins que a minha mãe insistia em comprar-me pois não os achava confortáveis e desisti mesmo de os voltar a calçar depois da minha derradeira tentativa de os usar já na Universidade. Tinha passado uns anos recusando-me a usar este tipo de calçado mas sendo já maior de idade achei que aquela embirrantice minha com os sapatos era algo infantil e lá cedi novamente a usar. Vivia a 10 minutos da Universidade e quando lá cheguei já quase chorava de dores. Quando regressei a casa e tirei os sapatos nem queria acreditar: estava literalmente com um buraco num dedo do pé. Os malditos sapatos tinham-me arrancado um bocado do dedo. Os mocassins morreram para mim naquele momento. Só anos mais tarde dei uma oportunidade às sabrinas, muito a medo, sempre com receio de chegar a casa e descobrir que tinha apenas quatro dedos num pé. Até agora mantenho os dedos todos, graças a Deus.

Outro tipo de calçado que tentei usar na minha infância/adolescência eram aquelas sandálias com corda na sola (como se vê nalgumas alpercatas), em que não era colocado nenhum tecido no sítio onde se apoiava o pé, ficando este em contacto com a corda. Meu Deus, as cócegas que aquilo me fazia. Não conseguia andar cinco minutos sem começar a nascer em mim um riso miudinho. Desisti.

Bom, bom para mim sempre foram as sapatilhas. Ah, o que eu gosto de sapatilhas. Confortáveis, agarram bem ao pé, permitem-nos correr, saltar, uma alegria. Ali na minha pré-adolescência gostava imenso de me ver com saia e sapatilhas. Depois aderi definitivamente às calças mas as sapatilhas continuaram as minhas melhores amigas durante a adolescência. Havia lá coisa melhor que chegar à escola e poder ir jogar basquetebol sem problemas? Enfim, gosto de sapatilhas. Sempre andei muito a pé e as sapatilhas são para mim o melhor calçado.

Ainda assim, havia algumas ocasiões em que não me era permitido usar sapatilhas, e uma dessas ocasiões era...em casamentos. A minha mãe tinha uma regra muito simples para mim: em casamentos, nada de sapatilhas nem calças de ganga (ou seja, basicamente aquilo em que eu me sentia confortável). E eu barafustava, oh se barafustava. Há uma foto lá por casa em que estou, num casamento, de calças de ganga preta e umas sapatilhas daquelas enormes de fazer desporto. Lá devo ter ganho a guerra naquele dia. Agora olhando para trás bem vejo que quem ganhou foi a minha mãe porque estou absolutamente ridícula. Uma pessoa acaba sempre por dar razão às mães, não é?

Saltos altos foi algo que nunca me chamou muito a atenção, mas deles falo noutro post.

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