Que as mulheres gostam muito mais que os homens de falar e analisar as suas próprias relações e as dos outros já nós sabemos. Eu própria não deixo a minha relação ao acaso e não me fio no "deixa andar que isto resolve-se", e por isso à mínima situação desconfortável ou ao mínima suspeita de problemas futuros, falo e volto a falar até achar que tudo está resolvido. Felizmente não há problemas todos os dias (nesse caso nem o homem aceitaria tanto falatório da minha parte), mas odiaria chegar a um ponto em que as coisas já não tivessem volta e pensar "Bolas, se tivesse logo dito alguma coisa quando comecei a achar que poderia haver problemas....". Assim sendo cabe-me maioritariamente a mim começar com "Temos de falar sobre isto". Acho que se no início ele começava a achar que vinha daí algum problema, nos dias de hoje acredito (ou quero acreditar) que já sabe que quero apenas clarificar alguma questão, colocar alguns pontos nos "i"s, perceber se estamos na mesma onda, sem discussões. Mas hoje mal entrou em casa, sentou-se e disse "Temos de falar". Estranho, mas tudo bem. De seguida começa com "Tu sabes que eu gosto muito de ti, sabes que gosto de passar tempo contigo, sabes que quando não estou a trabalhar gosto de estar contigo mas...", e aqui eu, a grande defensora de conversas calmas e francas, tive vontade de tapar os ouvidos. Eu sabia lá o que ele dizer. As hipóteses eram mais que muitas. Podia ir desde o "mas decidi que quero praticar futebol duas vezes por semana por isso chegarei a casa mais tarde nesses dias" ao "mas encontrei a mulher que realmente me preenche e por isso xau xau e até nunca". Acho que até soltei um risinho nervoso. É que nestes últimos anos poucas foram as vezes em que ele achou que se deveria debater alguma coisa, e geralmente quando o faz são questões de propriedade e económicas (vender carros, comprar casa, usar dinheiro para isto ou para aquilo), pelo que nunca tinha tido direito a uma nota introdutória deste género. Afinal, o discurso continuou com um "..mas ando há um mês a tentar preparar-te uma prenda para o teu aniversário e como ou estou a trabalhar ou estou contigo, ainda não consegui fazer nada. Por isso a partir de agora quando chego a casa, vou fechar-me no escritório e tu tens de jurar que não entras lá. Vou ter menos tempo para ti, mas só tenho uma semana e nem sei se consigo fazer o que queria.". Era preciso um tom tão sério para me dizer uma coisa destas? Eu já a imaginar que algo de grave tinha acontecido ou ia acontecer. Que raio de homem: tranca-te lá e eu juro que não entro no quarto! E mesmo que a surpresa não fique pronta a tempo, a intenção já conta e muito.:)
Vocês são mesmo cómicos :)
ResponderEliminarLol, "cómicos" não seria a primeira palavra que usaria para nos descrever....mas aceito. :D
ResponderEliminarTinha muitas mais para vos descrever, sim :P
ResponderEliminar***
Eu passo a vida a exumar a relação! ahahaah
ResponderEliminarHá minima coisa acho logo que devemos falar, deixar lados e ideias claras... acho até que sou bastante chata com isso, penso tanto que falo de tudo.
Mas tens um homem fofinho!
Raven,
ResponderEliminarÀs vezes também acho que sou chata. Mas também já tentei ficar calada e deixar andar e não me aguento. O que costumo dizer é que ele até tem sorte: em vez de ter uma daquelas namoradas que diz que nunca tem nada nem que nada se passa, quando é óbvio que algo a incomoda ou chateia, eu não aguento 24h sem falar e sem dizer tudo. =P
E sim, é fofo, sim. :)