Têm estado uns dias de sol lindíssimos (obrigado, Saint-Pierre!) e não estando a dieta a funcionar grande coisa (culpa minha que não paro de comer o que não devo) decidi aproveitar o dia de hoje para fazer uma pequena caminhada. E vai daí, aperaltei-me toda, com uma t-shirt a dizer "C'est la vie" para me lembrar que por muito melhor que fosse estar no sofá, o meu metabolismo não permite tal preguiça e portanto "c'est la vie", caminha e não te queixes, e saí de casa de auscultadores nos ouvidos e passo acelerado. Trinta segundos depois o ipod desligou-se por falta de bateria. Isto começava bem. E vai de caminhar e caminhar, óculos escuros em posição porque o sol cegava e casaco polar vestido devido aos 4ºC que se faziam sentir. Não querendo meter-me por caminhos muito isolados, vai de caminhar para a estrada movimentada que conheço e toca a fazer cerca de dois quilómetros. Ora, cerca de 1,8 Km é a descer, o que é uma maravilha, uma pessoa vai por ali abaixo sem custar nada e até andava mais três horas assim sempre a descer que nem uma lamuria se ouviria. Até ao momento em que é preciso regressar a casa e se vê a bela da subida que se tem pela frente. E não é uma subida de inclinação ligeira. Na, na, na, é uma daquelas que fez o senhor meu noivo, monsieur Jack, impedir-me de colocar um pézinho que seja ou uma roda do veículo nela quando o piso está gelado, tal é a inclinação. Acho que ainda pensei amuar e sentar-me no passeio à espera que o Jack chegasse a casa e me apanhasse, mas tendo em conta que isso só deveria acontecer daí a umas 7 horas, a opção era mesmo subir por ali acima, arrastando o passo. E assim fiz, já com o casaco polar a abafar-me e a fazer-me sentir dentro de um forno tal era o calor. Mais ou menos a meio da subida, apercebi-me que me tinha esquecido de colocar as meias do avesso (coisa que faço sempre quando faço desporto ou caminho de forma a que as costuras não me magoem) e que tinha um dedo mindinho a começar a queixar-se da costura. Não havia sítio para me sentar e por ali acima continuei, resmungado para mim mesma. Os últimos metros até casa foram já feitos a coxear e sem ver grande coisa à frente devido ao calor que o casaco me provocava. Chegada a casa apercebo-me que o frio voltou a fazer das suas à minha pele, e que mais uma vez pareço um pequeno dálmata com manchas vermelhas na casa. E agora estou para aqui a pensar que isto do desporto mata é uma pessoa, ou pelo menos, deixa-la sem ar, resmungona, chateada que nem um peru, às manchas e pelo menos sem um dedo do pé. Acho que vou mas é colar umas folhas no frigorífico e na despensa a dizer "Olha a gorda! Depois queixa-te que os vestido não te serve!"e fico mas é quietinha.
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