Desagrada-me profundamente aquele tipo de pessoas que nas filas se encostam a nós como se isso lhes permitisse avançar mais depressa. Ou quando numa fila de supermercado ainda estou a tirar as coisas do cesto ou do carrinho para o tapete rolante e a pessoa atrás de mim começa logo a pôr as dela ficando eu limitada em espaço disponível. Geralmente a táctica é continuar a pôr as minhas coisas, mesmo que isso implique colocá-las bem encostadas e quase a cair sobre as coisas da pessoa seguinte, o que faz com que geralmente percebam e as puxem para si, dando-me mais espaço no tapete. E depois encostam-se e quase lhes sinto o bafo na nuca e isso é coisa para me deixar muito mal-disposta. Eu sou daquelas pessoas que preza muito o seu espaço pessoal e sentir alguém assim a invadi-lo é demais para mim. Até ao dia em que por distracção dei um passo atrás e pisei sem querer a pessoa que estava ali, encostadinha. Foi uma alegria. A partir desse dia, quando tenho alguém assim tão perto, é simples: dou um passo atrás ou atiro a carteira para trás das costas ou finjo que vou ao bolso de trás das calças buscar qualquer coisa com o cotovelo bem apontado. É quase impossível não acertar em quem está atrás e geralmente isso faz com que a pessoa dê dois passinhos atrás, deixando-me respirar. E se não resultar à primeira, insisto até a pessoa começar a achar que corre risco de sair dali pintalgada de nódoas negras. A única coisa chata é quando são pessoas de idade e eu não tenho coragem para fazer isto.
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