Isto de casar desempregada tem muito que se lhe diga. Um só ordenado, por muito bom que seja, a entrar em casa, com um crédito de um apartamento e contas por pagar, não deixa muito espaço a grandes poupanças. O passo para o noivado foi muito pensado, foram feitas muitas contas e acho que posso dizer que com jeitinho uma pessoa até casa com pouco dinheiro. No fundo depende muito do tipo de festa que se quer. Eu sei que com as nossas posses não me posso dar ao luxo de ter um casamento de princesa, num castelo, com 500 convidados, uma festa de três dias e os melhores profissionais do mundo a trabalhar para mim. Mas queríamos mesmo casar, queríamos mesmo dar este passo, e por isso preferimos fazê-lo mesmo com uma festa mais pequena, mesmo cortando com algumas coisas. E se tivéssemos mesmo pouco ou nenhum dinheiro, já tínhamos pensado casar apenas com os pais e os avós presentes. Se era o tipo de casamento com que sonhávamos? Não, não era. Se ia ser um dia infeliz? Não. O dia de casamento é o dia dos noivos, a celebração do seu amor, e cabe aos noivos estarem felizes naquele dia. Claro que se os noivos acharem que o casamento só faz sentido com uma grande festa têm todo o direito a adiar ou prescindir deste passo se não o puderem concretizar. Para nós, o importante foi perceber que o facto de a minha situação profissional estar parada não significava que a vida pessoal tinha de ir pelo mesmo caminho, e que se era importante este passo, então dá-lo-íamos conforme as posses disponíveis. Nós cortámos nalgumas coisas (que muito provavelmente nunca seriam cortadas por outros noivos), não será de todo um casamento luxuoso, mas é o nosso casamento. E se isto não é o suficiente para ser um dia feliz, então não sei o que raio é importante nesta vida. :)
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