28.9.14

Luxemburgo

Ao chegarmos ao Luxemburgo, decidi entrar num café para pedir uma água e ir à casa-de-banho, enquanto o Jack esperava pelos pais no ponto de encontro. Respirando fundo, tentei exprimir-me no meu melhor francês, desejando ser compreendida logo à primeira. É este um dos meus calcanhares de Aquiles: dizer as coisas numa língua que não é a minha e não me compreenderem. Acho logo que a culpa é minha, que não sei falar, que não sei explicar-me e panico, esquecendo-me completamente das palavras. O pior é que muitas vezes são as pessoas a quem me dirijo que padecem de um qualquer problema auditivo, não me ouvindo a mim nem a qualquer outra pessoa para quem o francês é a língua-mãe. No café, já com a minha água, senti-me orgulhosa por ter sido compreendida. Imaginam pois a minha cara quando nos cinco minutos seguintes, todos os clientes que entravam pediam à empregada:

- Quero um fino!
- Arranja-me um copo de água?
- Para mim é uma cerveja.
- Quanto é?
- Queria pagar...

Melhor ainda quando, entrando o pai do Jack no café, a empregada lhe pergunta em português o que desejava ele. E eu choninhas, num café português, a falar francês....

2 comentários:

Digam-me coisas. :)