25.11.14

As coisas que se descobrem passeando em fóruns na net

- Em pleno século XXI o "coito interrompido" ainda é considerado um método contraceptivo.

- Em pleno século XXI ainda há quem acredite que uma rapariga não pode engravidar na sua primeira relação sexual.

- Há mulheres que vão para os fóruns perguntar se estão grávidas, após terem tido relações sexuais desprotegidas. Fora alguém lhes responder que "sim, há essa possibilidade", o que esperam elas como resposta? "Huuuum, pela ausência de erros ortográficos na tua escrita, não deves estar grávida, não te preocupes"?

- Há mulheres que não querem casar já nem ter filhos já, mas querem que os companheiros digam que querem. E como eles não dizem, elas sentem-se frustradas e ficam obcecadas em que ele diga que quer algo que elas nem querem. (e nestas alturas que eu penso que o Jack tem muita sorte com a mulher que lhe calhou em sorte).

- Há mulheres que falhando três ou quatro pílulas as tomam todas no mesmo dia achando que não há problema nenhum. E depois ficam mal-dispostas e não percebem porquê.

- Há quem vá aos fóruns dizer que decidiram ter um bebé e perguntar se há truques para engravidar.

- Ainda há, em pleno século XXI, mulheres que aconselham outras a deixar a pílula sem os companheiros saberem porque ela quer um bebé e ele não. E quando ela estiver grávida, ele que assuma (depois queixem-se que ele não confia...).

- Há mulheres que não percebem como funcionam os testes de gravidez e se a linha de teste é mais clara que a linha de controlo é porque o teste não funcionou e não estão grávidas (mas são capazes de ter uma surpresa daqui a 9 meses).

- Em pleno século XXI ainda há quem acredite verdadeiramente em mitos como "se não comeres isto, o bebé vai nascer com cara disto", "se te andas a cruzar com grávidas então é porque estás grávida" ou "o bebé não pode sair de casa depois do anoitecer para não ser atacado por um espírito maligno".

- Qualquer antibiótico que se tome corta o efeito da pílula.


6 comentários:

  1. A maioria são coisas ridiculas, de facto.

    Quanto à questão de sair com o bebé à noite, já ouvi a minha mãe perguntar, a uma prima minha, quando ela teve a bebe, se tinha velas à entrada de casa. Porque se a luz falhar e não houver luz nenhuma, o bebe pode ser possuido enquanto não estiver batizado, wtv. É uma questão religiosa e se as pessoas se sentem melhores ao seguir isso... que seja.

    Quanto à questão dos antibióticos: Nem todos interferem, mas por via das dúvidas, mais vale agir como se interferissem. Conheço um caso de uma gravidez onde o antibiotico cortou a pilula. Reza a história que o medico disse que 7 dias do metodo barreira eram suficientes e afinal não foram.

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  2. Quanto a questões religiosas não tenho a nada a opor. Também há quem não faça uma série de coisas a achar que vai para o Inferno e eu não digo nada. Mas para mim não passam de mitos. :)

    Em relação aos antibióticos, nem todos interferem e outros sim. Acho sempre que se deve perguntar ao médico e/ou ler a bula. Eu tomei um medicamento e a bula deixou-me na dúvida: a pílula podia cortar o efeito do medicamento ou o medicamento podia cortar o efeito da pílula? Por via das dúvidas, tomei outras precauções.
    Quanto ao caso conhecido, até pode ter tido azar e apanhado um médico pouco esclarecido (confesso que nunca usaria apenas outro método durante 7 dias. Se interfere com a pílula, sempre me disseram que pelo menos durante um mês deveria ter cuidados). Mas também verdade seja dita que conheço casos em que a má toma da pílula (porque se esquece, porque a vomita, etc, etc) é que criou a gravidez e o antibiótico é que sem querer leva com as culpas. Sem falar dos casos em que a pílula já não era tomada mas para enganar o rapaz, a culpa foi do "antibiótico".

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  3. Tive uma rapariga da minha idade na farmácia que queria saber se estava grávida. Após algumas perguntas obtive a seguinte informação.
    -Tomava a pílula, embora de forma irregular com as horas, e com esquecimentos esporádicos
    -A relação sexual tinha sido nesse dia há cerca de 7h
    -Disseram-lhe que a pílula do dia seguinte seca os ovários e não pode ter filhos na posterioridade (era este aspeto que a preocupava mais)

    Expliquei-lhe que em princípio não estaria grávida por estar na segunda semana da pílula, mas caso preferisse por descargo de consciência, podia tomar a pílula do dia seguinte, e quais eram os efeitos que iria sentir, mas sendo algo pontual não iria fazer o mal que ela pensava estar associada a este contracetivo de emergência.
    Ela insistiu em fazer o teste de gravidez naquele momento e aí tive de lhe explicar que uma mulher não engravida de um momento para o outro, que a fecundação podia demorar até dois dias e que o teste não lhe ia dar um resultado fiável.

    Uma rapariga com 24 anos estava tão mal informada e ela andou na escola comigo! É informação que se obteve na altura! Por isso não me espanta muito que tenhas encontrado este tipo dde questões nos fóruns

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  4. Ariadne,

    Para mim, só o facto de haver quem ache absolutamente normal esquecer 3/4 pílulas por mês já é de puxar pelos cabelos. Depois aparecem grávidas e dizem que foi de algum antibiótico que cortou o efeito da pílula ou simplesmente que fazem parte dos casos raros em que a pílula não funciona.

    Mas é verdade que em relação à pílula do dia seguinte, devia haver maior explicação. Eu por exemplo conheço uma rapariga que já tomou quatro vezes a pílula do dia seguinte, como se não houvesse problema nenhum recorrer a este método em vez de qualquer outro.

    E por fim, a rapariga o que fez? :) Tomou a pílula e resignou-se a não fazer o teste? :)

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  5. Quis ir falar com o seu médico de família. Não voltei a vê-la desde então.

    Sim, a pílula do dia seguinte é um contracetivo de emergência, não um contracetivo; quando usado pontualmente, não tem efeitos prejudiciais a longo prazo, mas se usada muitas vezes, pode interferir com o sistema hormonal da pessoa. Afinal, está-se a ingerir uma grande dose de hormonas! No entanto, não vai "secar os ovários" como a rapariga achava.
    Há muita falta de informação e pior, muita liberalização na venda desta pílula de emergência; há casos em que, mesmo havendo falha no contracetivo, não é necessário tomar. Basta uma análise por parte de quem a está a vender. O pior é que, cá, este tipo de pílulas é vendido em espaços de saúde por pessoas que não têm formação adequada na área de saúde e não têm certa sensibilidade para fazer certas decisões. No entanto, em certas farmácias as decisões tb não são feitas; apenas perguntam há quanto tempo foi a relação para saber se ainda estão dentro da janela de efeito e toca de vender. Uma coisa concordo: o preço da pílula do dia seguinte está relativamente elevado (cerca de 13/14€) para desencorajar a toma regular, mas enfim, há casos e casos...

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  6. Não tendo nada contra a pílula do dia seguinte (que não tenho), concordo contigo que há muita falta de informação, muita gente a vender sem analisar a situação, e infelizmente muita gente a recorrer a ela quando seria tão, mas tão mais fácil e seguro usarem outros métodos.
    Esta pílula é minimamente recente (pelo menos ainda não se falava dela nas aulas quando eu estudava) mas com tanta gente com acesso à internet, ninguém se informa? Ainda no outro dia dizia à sobrinha do Jack: vais passar a vida a ouvir disparates sobre sexo. Por favor, sê mais inteligente que a maioria e informa-te. Se tiveres dúvidas, procura essa informação ou fala connosco. Dir-te-emos sempre a verdade.
    Acreditas que me disse que nos dias de hoje é mais normal um adolescente engravidar (com aquele exagero de "Mas hoje tooooodos os adolescentes engravidam!") do que no nosso tempo? Têm mais acesso a informação do que nós tínhamos, e depois saem-se com estas.=S

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