25.2.15

Isto vai continuar assim?

Segunda-feira comentei com o Jack que no dia seguinte iria ao centro comercial comprar a prenda de anos para o sobrinho dele. Ele olhou para mim e disse "Ok, mas não te demores muito". Perguntei-lhe porquê e ele informou-me que tinha havido ameaças terroristas em dois centros comerciais em Paris e que mesmo que aquele onde ia não fizesse ainda parte da lista, preferia que não me demorasse muito por lá. Admito que ontem, enquanto ia a caminho, não estava assim muito segura de mim. O centro comercial onde costumo ir fica lado a lado com a Disney, não é algo propriamente deserto e pouco conhecido, e perguntava-me que mundo é este em que nem em França podemos ir às compras descansados. Quando lá cheguei um guarda revistava a carteira de uma rapariga, algo que nunca tinha visto mas pensei que ela pudesse ter apitado à saída de alguma loja e continuei o meu caminho. Fui chamada pelo guarda para abrir a minha carteira e lhe mostrar o interior. E reparei nessa altura que todas as entradas estavam com guardas e que havia muitos mais do que eu estava habituada a ver por ali. Fiz as minhas compras, tratei do que tinha a tratar e vim-de embora com um saborzinho amargo na boca e a pensar que fazer compras é muito mais divertido quando não temos de pensar em terroristas (e quando temos dinheiro, já agora).

4 comentários:

  1. Os meus pais já passaram pelo mesmo, na África-do-Sul e não foi fácil. Estarem sempre com receio de bombas, e até os meus irmãos chegaram a ser evacuados das escolas com ameaças de bombas :/

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  2. Sei que é fácil dizer isto quando se está na (até ver) lusitana pasmaceira terrorista, mas isto é uma guerra do medo. Mudares as tuas rotinas por causa de ameaças é exatamente o que os extremistas querem.

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  3. Nossa Sª da Proc:

    Concordo em absoluto contigo e mudar as minhas rotinas seria nem ter ido, sobretudo porque o sítio onde fui nem sequer tinha sido ameaçado (que eu saiba). Mas da mesma forma que quando constroem uma ponte nova, eu deixo passar algum tempo antes de lá passar até ter a certeza que ela está bem feita, também não me teria ido meter em sítios especificamente ameaçados. É sem dúvida uma guerra de medo e não devemos sucumbir a ela, mas devemos ainda assim ter precaução.

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  4. às vezes nem são os ataques que fazem os piores danos, mas sim a política do medo. com os ataques que já houve, basta uma dúzia de ameaças para as pessoas viverem em medo. o pior é quando não ameaçam e partem logo à ação...

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Digam-me coisas. :)