11.6.15

(Mais) um acto de má fé

O processo da compra do celeiro (que será uma casa algures no futuro) foi longo, demasiado longo, muito devido a birras (comprar algo a um casal em processo de divórcio porque ela se meteu com o melhor amigo dele é complicado, aviso-vos) e muito devido à falta de profissionalismo de alguns dos intervenientes. 

Num dos casos, a pessoa em questão meteu o pé na poça e para que a coisa se resolvesse e o processo avançasse era necessário contratar um serviço que obviamente a pessoa em questão foi adiando, primeiro dizendo que estava a tratar do assunto, depois dizendo não ser necessário,  até admitir que sim, que era, mas esperando que fossemos nós a arcar com a contratação e consequentemente com a despesa. Bastou uma palavra minha num tom especial a meio de uma reunião (e a partir do Jack gosta de me ter em todas reuniões) para a pessoa ter percebido que obviamente teria de ser ela a contratar o serviço e que era melhor que fosse feito o mais rapidamente possível (ainda assim e só para perceberem toda a frustração que acompanhou esta compra, o serviço foi contratado praticamente um ano depois de decidirmos comprar a propriedade). Mantivémo-nos em contacto com o serviço contratado, sendo até muito claros no motivo pelo qual o fazíamos: não confiávamos na pessoa que tinha feito a encomenda e queríamos ter a certeza que tudo se passaria bem. E passou, e assinámos a compra da casa, e toda a gente feliz, até recebermos uma chamada da notária a dizer que tinha agora chegado às suas mãos uma factura em nosso nome do tal serviço contratado.

Hoje de manhã, houve uma reunião com a notária para lhe dizermos que estava fora de questão pagar um cêntimo que fosse daquela factura e dirigimo-nos pessoalmente e pela primeira vez aos escritórios do serviço contratado para perceber o que se tinha passado, E ficámos então a saber que a pessoa em questão, aquele mau profissional que se entreteve a meter o pé na poça durante um ano, contratou o serviço especificando que a factura deveria vir em nosso nome (e eles não estranharam uma vez ser habitual este tipo de acordo), nunca tendo, obviamente, esclarecido ao serviço que nós não sabíamos disto e nunca tendo, ainda mais obviamente, nos comunicado que no fundo a despesa seria nossa. Felizmente o serviço compreendeu a nossa posição e como muito concordámos todos: a encomenda e o contrato não tem a nossa assinatura, mas sim a assinatura da pessoa em questão, por isso sabem bem a quem dirigir a factura.

Mas com isto perdeu-se uma manhã, simplesmente porque um dos muitos idiotas chicos-espertos que habitam neste planeta teve aquilo que pensou ser um rasgo de inteligência e decidiu ter a lata de contratar um serviço e colocar a conta em nosso nome, como se nós nunca fossemos reparar. Oh, haja paciência para estas coisas. Agora estou aqui na dúvida se hei-de comprar um barco ou um cavalo e mandar colocar a conta em nome dele. Besta.

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