Não, ainda não me pus a contar-lhe como se fazem os bebés e a contar a história das abelhinhas e das cegonhas (que será extremamente conveniente, visto que toda a gente sabe que os bebés vêm de Paris, o que no nosso caso é já aqui ao lado). Mas tive de me fazer de forte e ter uma conversa séria com a Mini-Tété, ali mesmo, no corredor dos congelados do Intermarché. Porque uma mãe aguenta tudo e por isso reprimo uma lágrima quando a minha filha olha para os legumes e exclama "mamã!", engulo um soluço quando ela aponta para um carrinho de supermercado e diz claramente "mamã!", fecho os olhos quando ela fixa os enlatados e grita "mamã!". Mas depois Mini-Tété passa a linha, eu atinjo o meu limite e tive de lhe dizer claramente: "Olha, que tu chames mamã a tudo o que vês, eu até aceito, a custo mas até aceito, mas isto de tu olhares para outras mulheres e chamares mamã é que já não dá!". É que uma mãe aguenta tudo mas também não é de ferro. Qu'é isso de andar a chamar mamã às outras?
(isto é a paga por toda a vergonha que fiz a minha mãe passar quando a cada homem que via chamava "papá!", é que só pode)
(isto é a paga por toda a vergonha que fiz a minha mãe passar quando a cada homem que via chamava "papá!", é que só pode)
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