25.9.13

Eu e as surpresas dele

A nossa relação sempre foi pautada por algumas surpresas. Desde chegar de viagem um dia mais cedo do que o que foi combinado a pequenas coisas como deixar-lhe um chocolate na caixa do correio para quando ele chega do trabalho ter assim um pequeno mimo. Não sou uma pessoa extremamente fã de surpresas. Perante o inesperado nunca sei como reagir e tenho para mim que surpresas só devem ser feitas por quem nos conhece muito bem. Escusam de me raptar e levar para um SPA, achando que eu vou adorar pois na verdade não gosto de massagens e iria odiar toda a experiência. Mas lá está, a maior parte das pessoas adora massagens e só quem realmente me conhece sabe o quanto as dispenso.

O Jack sempre teve alguma dificuldade em me fazer surpresas. De uma forma ou de outra acabo sempre por adivinhar o que anda ele a preparar. Se é algo para os meus anos ou para o Natal, começo a pensar, a pensar, e dou por mim a adivinhar a prenda (afinal, quem melhor do eu sabe aquilo que eu mais gostaria e que ele está disposto a oferecer). Cheguei a ponto de, numa véspera da chegada dele a Portugal, dar por mim a fazer jantar para duas pessoas, como se ele chegasse naquela noite e não no dia seguinte como combinado. E acertei: a meio da preparação, entrou-me ele em casa, ficando depois em choque quando viu tudo pronto a contar com ele. Não tinha dito ou feito nada que me levasse a pensar que ele chegaria mais cedo, mas não sei, era uma intuição. Claro que já conseguiu surpreender-me e com o passar do tempo está cada vez melhor a fazê-lo uma vez que se recusa terminantemente a dizer o que quer que seja. Mal invoco a palavra "surpresa" na tentativa de adivinhar o que é, ele passa a ignorar-me. E verdade seja dita, que sem o tom de voz ou expressão a traí-lo o meu trabalho é bem mais complicado.

E agora, aqui estou eu, sozinha em casa, a uma semana dos meus anos, sabendo exactamente em que gaveta está a minha prenda (não foi adivinhação, ele próprio me disse onde está impedindo-me de me aproximar da mesma). E se vocês soubessem a vontade que às vezes me dá ir lá abrir um bocadinho da gaveta e espreitar, ui, até mordo o lábio. Ainda por isso ontem passou horas fechado a trabalhar na prenda, o que espicaça ainda mais a minha curiosidade. Mas o homem que fique descansado: sei tão bem a dificuldade que tem em me fazer surpresas que este ano vou colaborar ao máximo. Não vou à gaveta e nem tenho deixado o meu cérebro começar a pensar no que poderá ser a surpresa (não vá adivinhar e estragar tudo). Ufa, que isto de ir fazer 29 anos dá-nos outra responsabilidade. E já disse que só falta uma semana para fazer anos??????? =D

4 comentários:

  1. Opah que querido! Prendas feitas são mais importantes que as compradas, a pessoa realmente está a dedicar-te o seu tempo e amor. Tens sorte!

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  2. Raven,

    Sim, eu tenho muito o hábito de ser eu a fazer as prendas. Ele nem tanto, mas vai fazendo. Seja tempo perdido fazer, seja tempo perdido à procura da coisa certa para comprar, é sempre um mimo muito bom. :)

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Digam-me coisas. :)