19.2.14

A Quinta (ou a falta dela)

Caramba, já faz hoje uma semana em que senti o coração a acelerar feito doido. Na terça-feira passada dirigimo-nos à quinta que tínhamos escolhido para o copo d'água. Um dia terrível de muita chuva que nos atrasou um pouco. Quando chegámos, comentava com o Jack a posição de uma trave que poderia ser utilizada para pendurar alguns pormenores, quando fomos recebidos pelo dono da quinta e uma das secretárias que eu já conhecia. Ia cheia de expectativas: queria pensar na decoração, escolher as flores, escolher o bolo, experimentar o sistema de som, e só não ia experimentar pratos porque me tinham dito que o cozinheiro estava doente. Contudo a conversa iniciou logo com outro rumo: o dono disse-nos que ia fechar a quinta este mês e que como tal não podia assegurar o copo d'água do nosso casamento. Acho que me caiu tudo. A 3 meses do casamento diziam-me uma coisa daquelas?? Confesso que nem pensei propriamente que não arranjaria outra quinta porque quando as andámos a ver em Dezembro ainda muitas estavam livres, além de que poderíamos procurar a uma distância maior do Mosteiro, caso fosse necessário. Mas só pensava nos convites, no raio dos convites que tinham a quinta errada, nos convites que já tínhamos entregue e nas pessoas a quem teríamos de explicar o sucedido, entregando um novo convite, e no custo destes. Fula, fiquei fula. Acho que vi tudo vermelho. Principalmente porque a atitude era a de quem nos estava a fazer um favor avisando-nos ainda com três meses de antecedência. A secretária mais aflita, sempre lágrimas nos olhos (acredito que pela perspectiva de desemprego mas também por saber a posição em que estávamos, principalmente nós que vivemos no estrangeiro e não temos a disponibilidade de quem vive no país em que casa), ofereceu-nos o telefone e a internet da quinta caso quiséssemos procurar naquele momento outra quinta. O Jack ainda perguntou ao dono se ele nos sugeria alguma e obtivemos como resposta um discurso sobre a qualidade da sua quinta e blá, blá, blá. Mordi a língua para não lhe dizer "Amigo, a tua quinta fechou! Não nos lixes, pah!". Recusámos a oferta da quinta e da internet porque eu já só queria sair dali para fora. Aliás, mal coloquei o pé fora da quinta desabei num pranto de irritação. Que raio de dias que estávamos a ter.

2 comentários:

  1. Como te compreendo... Também estou a organizar um casamento à distância e todos os dias penso que se algo não correr bem, para corrigir será sempre mais difícil porque não estou em Portugal... mas espero pelos próximos capítulos, certamente já terás uma nova quinta e espero eu que espectacular ;)

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  2. Já saiu o novo capítulo! :) Eu acho que com cabeça fresca e respirando fundo tudo se resolve. :)

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Digam-me coisas. :)