12.1.17

Três pontos a menos para a TAP

É verdade que a TAP tem vindo a perder qualidades e a olhos vistos. Não bastava as greves longas que amiúde se lembram de fazer como nas últimas viagens desceu ainda mais na minha consideração:

1. Nesta nossa última viagem de regresso, depois de um Natal bem passado em família, a Mini-Tété foi transportada de carrinho até à porta do avião como sempre. O carrinho é ali deixado, sendo depois levado por alguém até ao porão do avião e, à chegada, é entregue nos tapetes de "Bagagem fora do formato". E se é verdade que as malas sofrem com estas andanças, os carrinhos de bebé não o sofrem menos e dá dó vê-los a desembocar no tapete, sujos e mal pousados. Nesta última vez, mal vi o carrinho à distância no tapete percebi que algo de errado se passava. Aproximei-me e confirmei o pior: estava partido (mas bem partido, só estando seguro pelos cabos que atravessam aquela peça de metal em particular). Dirigimo-nos à zona de reclamação onde foi constatado que o carrinho estava inutilizável, foi aberto um processo e mandaram-nos à nossa vida. Sorte a nossa ter sido o carrinho a partir e não o ovo, porque neste caso queria ver como teríamos nós saído de carro do aeroporto. Já em casa apresentámos queixa directamente à TAP uma vez que é ela a responsável por qualquer dano que uma bagagem registada sofra quando está ao seu cuidado. Já se passaram 15 dias e notícias nada. Depois de respostas como "o departamento responsável responderá com a maior brevidade possível", consegui falar com alguém que me informou do tempo legal que têm para responder (informação que eu já sabia: 28 dias úteis), sem adiantar muito mais. Acho incrível que a TAP não consiga perceber a diferença entre tratar de um processo de uma mala partida, que pode só vir a ser precisa daí a uns meses, e de um carrinho de bebé que obviamente é necessário agora e já enquanto o bebé...é bebé. Desilude-me saber que estão simplesmente a tratar do assunto dentro do tempo legal não tendo em consideração o cariz urgente da situação. São estes gestos que fazem uma empresa e este deixa muito a desejar. E chateia-me profundamente não poder fazer certas coisas para as quais preciso de transportar Mini-Tété longas distâncias ou até dar simplesmente pequenos passeios com ela, simplesmente porque há quem se esteja marimbando uma vez que a sua vidinha em nada é alterada com isto.

2. O site não é claro quanto àquilo a que temos direito a levar connosco ao viajarmos com um bebé. É complicado perceber se podemos levar o ovo e o carrinho, se podemos levar ambos mas só se o ovo encaixar no carrinho, se só podemos levar um deles, se o ovo é considerado como bagagem de porão ou se é um extra como o carrinho, enfim, não se percebe. E colocando (várias vezes) a pergunta à TAP a resposta também não é clara. Já no check-in há funcionários que aceitam sem dizer uma palavra, outros levantam problemas, chamam os responsáveis por serem demasiadas peças, nalguns o ovo vai para o porão juntamente com as malas, noutros é preciso ir entregá-lo a outro sítio. Enfim, não deixa de ser um stress pois efectivamente nunca sabemos se um dia simplesmente não aceitarão uma das coisas (se bem que o ovo deixará de ir connosco brevemente e depois seria preciso muita conversa para me convencer que estaria errada ao levar o ovo e o carrinho a partir do momento em que eles próprios não me conseguem informar devidamente)

3. A tarifa discount deixou de ter bagagem de porão incluída. Obviamente esta mudança nas tarifas é um direito que têm mas não deixa de ser uma vantagem que a TAP tinha em relação a outras companhias (bilhetes ao mesmo preço ou mais baratos, com bagagem incluída). Para além de que quem passou os últimos anos a comprar bilhetes na TAP pode cair no engano e não se aperceber que a mala não está incluída.

Quem aqui já leu os meus acessos de raiva contra a TAP sabe que há muito que deixei de viajar nela por ser uma companhia portuguesa para simplesmente passar a viajar nela quando as condições propostas eram melhores que as de outras companhias. A continuar a assim, cheira-me que viajarei cada vez menos com ela.

2 comentários:

  1. a 3.) (já que os dois primeiros pontos me passam ao lado :P) foi mesmo uma pena. era um ponto diferenciador e deixou de ser - e não fez, de todo, com que os preços descessem, já que antigamente também havia a Discount! em setembro, pouco antes de abrirem as portas ao segmento low-cost (#sqn) fui de Lisboa a Zurique por 42 euros com bagagem de porão - incluindo uma mala extra de 10kgs que davam gratuitamente a estudantes a estudar noutro país da UE (uma promoção que muuuuitos estudantes aproveitavam escolhendo, de propósito, a TAP - porque isso é diferenciação). Isso sim foi discount :p
    (já agora, esse voo chegou 'só' com a meia-horinha de atraso tradicional. :p )

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  2. Por acaso não acho mesmo que tenha sido uma medida inteligente. Só vai fazer com que as pessoas se virem mais para outras alternativas em busca de melhor.
    Ahah, eu tenho de admitir que ou não ligo muito às horas ou quase podia apostar que os voos que faço chegam geralmente a horas. Depois perco é tempo à espera da bagagem. Tenho ideia que raramente (ou mesmo nunca) embarco a horas mas geralmente eles compensam.

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