31.5.14

Little Details #7 - O cabelo!

Eu achava que o cabelo era daquelas coisas que ninguém teria nada a dizer. Enganei-me redondamente e descobri que mesmo para este tufo de pêlo que nos nasce na cabeça há opiniões e teorias em cada esquina. Ora me dizam que o melhor é levar o mais natural possível para depois não nos arrependermos amargamente daqui a uns anos a olhar para as fotos, como me diziam para inovar e fazer um penteado diferente porque afinal só caso uma vez e há que aproveitar. E era um "leva solto que é mais natural" como um "leva apanhado que fica mais elegante!" ou ainda "leva um semi-apanhado que também é giro!". O meu cabelo é um misto de ondulado e caracóis, fininho que só ele e que faz as cabeleireiras suspirarem de frustração com a quantidade de nós que faz. E tem vida própria. Posso esticar muito bem o cabelo em casa, que quando chego à porta o Jack já se ri dizendo "Olha, já está cheio de jeitos!". O fundo de ecran do telemóvel dele é uma fotografia minha sem óculos e com o cabelo bem liso (foto tirada nos 30 segundos depois o esticar, claro), e a mudança visual é tão grande que já deu origem por parte dos amigos a comentários do estilo "Quem é essa?" ou "Ela deixa-te andar com a foto de uma gaja qualquer no telemóvel?". Portanto, havia também a questão de o levar ondulado (ou seja, natural) ou liso (que me fica bem e seria diferente). Ora, na verdade, na verdade, não havia grande questão a apoquentar-me o juízo porque eu desde que me lembro que sempre quis casar de cabelo solto e ao natural. Quando era criança ainda sonhava pôr umas flores naturais no cabelo e depois em adolescente acho que ainda pensei em meter para aqui uns brilhantes (fases parvas, não há nada a fazer). Cabelo apanhado não me fica bem e portanto ninguém me convenceria a fazê-lo, e o cabelo liso também não era uma hipótese viável porque sairia do cabeleireiro com ele mais ou menos liso, entraria na igreja com ele a ficar ondulado e quando chegasse ao pé do Jack já estaria cheia de caracóis e com ele perdido de riso a olhar para mim. A única coisa que queria era um travessão simples, que me prendesse algumas mechas de cabelo para dar suporte ao véu e também, vá, para variar um pouco do penteado de todos os dias. O travessão foi comprado pela minha mãe na bijou ou na claire's, algo assim baratinho, e no dia do casamento lá me controlaram o volume da fera, moldaram uns ondulados no cabelo, colocaram 136 ganchos para apanhar aquelas pontas que só querem fugir, despejaram duas latas de laca e mandaram-me ir casar.



Dêem-me o desconto nesta foto porque nem com toda a laca do mundo há cabelo que sobreviva à ventania do dia e muitos pulos, abraços, dança e festinhas no cabelo, por isso já está mais para o despenteado que outra coisa. :)

Oooh

E chega assim ao fim o mês de Maio. O mês que era dele por direito, assim como Outubro é o meu mês. E agora Maio deixa de ser apenas dele e passa a ser o nosso mês. E se eu já gostava do mês de Maio antes, então agora gosto muito mais. :)

Desisto

A 28 de Outubro de 2013 escrevi este texto sobre o  Vítor Norte e ainda hoje tive a mesma pessoa a acrescentar comentários que afirmam sobretudo não ser conhecida toda a verdade. E eu já não sei como lhe explicar que vir a este blogue com insinuações, palpites e recados não vai adiantar de nada. Acho que desisto.

Estes são franceses são loucos!

Eu já tinha sido avisada que aqui em França não interessa se adoptaste ou não o apelido do teu marido porque se és casada com ele e ele se chama Monsieur Apelido-Dele tu passas automaticamente a ser a Madame Apelido-Dele. E eu juro que estava preparada para na rua ser tratada assim, em vez de Madame O-Meu-Próprio-Apelido, quando nos cruzássemos com os vizinhos ou quando fosse apresentada a um cliente do Jack. Porque se há esse hábito aqui, eu entenderia que as pessoas nem se perguntem se terei ou não adoptado o apelido e eu nem perderia tempo a explicar (e dava assim o gosto ao meu excelentíssimo marido de me ver a ser tratada pelo apelido dele de vez em quando). Agora o que eu não pensava que fosse acontecer é que o banco onde tenho a minha conta e uma conta em comum com o Jack, se lembrasse por sua espontânea e livre vontade de me alterar o nome. Numa reunião com o objectivo de obter um crédito para um projecto nosso, foi perguntado ao Jack se era casado e ele disse que sim, que tinha casado este mês mas que eu não entraria no crédito, e a conversa continuou normalmente. E aquele pessoa que nunca me viu na vida, que não viu qualquer certidão de casamento, a quem não foi dada nenhuma indicação, que não perguntou se tínhamos adoptado apelidos diferentes, lembrou-se de simplesmente alterar o meu nome. Eu que tenho três apelidos passei simplesmente a ter um que nem sequer é meu. Entro no site do banco e descubro que as minhas contas neste momento estão em nome de Madame Apelido-Dele! A minha página do banco está neste momento em nome de Madame Apelido-Dele! O meu dinheiro está neste momento em nome de Madame Apelido-Dele, madame esta que não existe! Eu que durante nove anos o avisei que não adoptaria o apelido dele, tenho neste momento o meu queridinho marido a rir-se à gargalhada por nem um mês depois eu já ter o meu dinheiro sob o seu apelido. E eu só penso que se recebo um cartão de multibanco em nome dessa tal Madame Apelido-Dele, vou ligar calmamente para o banco e explicar que se me querem dar um cartão com um nome que não é o meu então que me dêem um cartão de crédito de alguém com uma conta bem choruda, que isto de me mandarem um cartão em nome de uma Madame Apelido-Dele pobrezinha não tem piada.

30.5.14

A real questão

Tu queres ter filhos, Maria Tété?
Quero, mas entro em completa negação quando estou na presença de adolescentes e das asneiras todas que são capazes de dizer e fazer por minuto. E tendo o Jack dois sobrinhos adolescentes posso afirmar que passo a maior parte do meu tempo a pensar que só tenho filhos se os puder enfiar num armários aos 10 anos e não voltar a vê-los até serem maiores de idade.

Deixem-me cá ver se eu percebo

Os meus vizinhos, que parecem fazer um esforço hérculo para deixar as escadas constantemente uma autêntica cagada (e a palavra é mais do que apropriada depois de já ter visto caca, vómito e sangue, para além de pêlo de cão, lama, massa, papéis de rebuçado, etc, etc) são os mesmos que deixam os filhos deitarem-se nas escadas, rebolarem e arrastarem-se na brincadeira ou em birras...

Hum, não, não percebo.

Little Details #6 - Os brincos

Os brincos foram oferta da madrinha de casamento e já sabia mais ou menos o que queria. Quando fui pela primeira vez experimentar vestidos levava por acaso uns brincos metálicos que achei perfeitos para o vestido escolhido. Não sendo parva, da segunda vez que fui experimentá-lo levei umas pequenas pérolas para ver como ficavam e achei que o resultado não era o mesmo. Estava então decidido: queria uns brincos em metal, com um tamanho parecido com aqueles que tinha e um formato não muito diferente também. Caso não encontrasse nada que me agradasse, então levaria aqueles mesmo (não dizem que dá sorte levar uma coisa velha?). Entretanto lembrei-me exactamente do tipo de brincos que gostaria de levar: uns brincos-rainha ou uns corações-de-viana, e já nada me fazia mudar de ideias. Estava tão apaixonada por estas peças que ao entrar numa ourivesaria com o Jack para ver alianças, nem liguei nenhuma aos anéis e perdi-me simplesmente a olhar para os brincos expostos. Tinha encontrado o que queria. Trouxe os brincos-rainha para mim e os corações-de-viana para usar no casamento. Não levei mais jóias a não ser o anel de noivado na mão direita (que depois de colocada a aliança, passei para a mão esquerda). E agora olhando para as fotografias, acho que realmente a regra "menos é mais" tem toda a razão de ser e não fez falta nenhuma qualquer outra peça de joalharia.




29.5.14

Tété mais uma vez a alterar letras de músicas desde 1984

Lembram-se disto? Pois bem, apercebi-me há pouco que em vez de cantar a música do Pedro Abrunhosa da maneira correcta "estrelas de mil cores, esctazy ou paixão", cantava "estrelas de mil cores, esta azia ou paixão". Tenho definitivamente um ouvido péssimo para a música...

Little Details #5 - O bouquet

Há noivas que sonham com o bouquet perfeito, com o sítio onde cada flor estará colocada e para que lado apontará cada folha, mas eu tinha poucos requisitos para o meu bouquet e deixei muito nas mãos da florista. Para mim, o bouquet tem de ser algo bonito e bem feito pois acompanha a noiva, mas no fundo não passa de um bouquet e eu recusei-me a dar-lhe mais importância do que aquela que acho que se deve dar a um punhado bonito e arranjado de flores e folhas. Quando a florista me perguntou que flores é que eu queria, eu disse apenas que queria flores pequenas e brancas. Insistiu em saber o tipo de flores e eu que não tenho jeito para a botânica e nunca me interessei nada por flores, insisti que queria flores pequenas e brancas e ela, com a sua experiência, que decidisse quais as flores certas a usar. Enviei-lhe mais tarde uma imagem de um bouquet que tinha visto e que tinha gostado, só para ela saber mais ou menos o meu gosto. Também não queria um pé muito grande, queria que tivesse o tamanho certo para lhe pegar e que este fosse rodeado com tecido que sobrasse do vestido. Por fim, queria que lhe fosse colocada a medalha também comprada na Molde com a nossa data de casamento e os nossos nomes. E quando o vi o bouquet, confesso que gostei muito do resultado. :)


Na florista pedi também para fazerem a flor que o noivo levaria na lapela e um bouquet igual ao meu mas em ponto mais pequeno para oferecer à madrinha de casamento, com uma medalha também.


28.5.14

Até ao dia em que me ameaçar com o divórcio....=P

Eu sou a que vibra com os aniversários. Ele acha piada às datas mas não faz questão de as festejar com pompa e circunstância. Eu lanço os foguetes, apanho as canas e faço a festa sozinha, nos meus anos e nos dos outros. Ele vive o dia como se fosse outro qualquer. Eu começo a contagem decrescente para os meus anos no mínimo um mês antes. Ele lembra-se que vai fazer anos para aí dois dias antes. Eu planeio o dia ou pelo menos onde almoçarei e jantarei e com quem com dias de antecedência. Ele é aquele que às 18h30 nem sabe se vamos jantar com a família ou não. Na minha família a tradição é dar as prendas ao acordar e aqui entre nós é uma tradição que não quero de todo perder pois acho que começar um dia de aniversário a receber prendas é sem dúvida um óptimo começo. O dia até pode correr todo mal a partir daí, mas ao menos já houve aquela alegria toda de manhã. Na família dele, as prendas entregam-se a seguir ao jantar, depois de cantar os parabéns. E ontem percebi porquê ao vê-lo colocar o despertador para hoje de manhã e a olhar para mim dolorosamente quando lhe pedi que pusesse dez minutos mais cedo para poder entregar-lhe as prendas com tempo. É que para quem já acorda antes das cinco da manhã, cada minuto de sono é precioso e é preciso as prendas serem muito boas (ou gostar muito da namorada) para aceitar perder assim dez minutos em que poderia estar a dormir. Mas eu continuo a achar que começar o dia a desembrulhar prendas é uma óptima maneira de acordar e é só uma vez por ano. :)

Little Details #4 - O noivo

E porque hoje o dia é dele, o post do casamento também terá como estrela a outra metade importante da nossa cerimónia: o noivo. O Jack fez questão de manter o seu fato em segredo uma vez que eu fazia o mesmo com o meu vestido. Dizia ele que queria que eu me apaixonasse um bocadinho mais por ele quando o visse vestido de noivo, da mesma forma que ele se apaixonaria quando me visse vestida de branco. Hesitante, ainda me perguntou se eu queria vê-lo até porque não é uma tradição que muitos noivos sigam e eu confesso que tinha muita vontade de ir com ele escolher e ter a certeza que ele fazia a compra certa. É que ele é homem com muito bom gosto no que toca a fatiotas e jóias para mim, mas fazer compras para ele mesmo pode às vezes ser uma experiência ligeiramente desastrosa. Mas vi-o com tanta vontade de fazer uma surpresa que aceitei ficar em casa, enviando apenas uma mensagem com as regras: nada de fatos brancos, castanhos ou muito brilhantes. Um fato cinza escuro, preto ou azul escuro agradar-me-ia sem problemas, e a escolher gravata que escolhesse uma azul clara pois acho que fica bem em homens de olhos azuis (aliás, esta minha opinião é tão conhecida que o meu irmão, o meu pai e o pai do Jack, todos de olhos azuis, foram de fato azul escuro e gravata azul clara =P). Não vi o fato mas o Jack não é bom a esconder-me segredos e em pouco tempo, mesmo através de conversas que ouvi, já sabia que fato era preto, casaco cintado e ia levar laço. Os sapatos e os botões de punho foram escolhidos comigo, e mesmo tentando imaginar como estaria ele, a verdade é que quando o vi, apaixonei-me mesmo mais um bocadinho. Estava sem dúvida um noivo elegante e giro, mas tão giro que cada vez que vejo as fotos me apetece novamente casar com ele. E fez-me também a surpresa de colocar um dos relógios oferecidos por mim. Não podia estar melhor. :)


Feliz aniversário, meu amor

O teu primeiro aniversário como meu marido e eu como tua mulher. 
Que este dia seja tão feliz como eu desejo que seja. 
Porque é o teu dia e tu mereces. 
Oh, se mereces.

27.5.14

Desencosta, pah!

Desagrada-me profundamente aquele tipo de pessoas que nas filas se encostam a nós como se isso lhes permitisse avançar mais depressa. Ou quando numa fila de supermercado ainda estou a tirar as coisas do cesto ou do carrinho para o tapete rolante e a pessoa atrás de mim começa logo a pôr as dela ficando eu limitada em espaço disponível. Geralmente a táctica é continuar a pôr as minhas coisas, mesmo que isso implique colocá-las bem encostadas e quase a cair sobre as coisas da pessoa seguinte, o que faz com que geralmente percebam e as puxem para si, dando-me mais espaço no tapete. E depois encostam-se e quase lhes sinto o bafo na nuca e isso é coisa para me deixar muito mal-disposta. Eu sou daquelas pessoas que preza muito o seu espaço pessoal e sentir alguém assim a invadi-lo é demais para mim. Até ao dia em que por distracção dei um passo atrás e pisei sem querer a pessoa que estava ali, encostadinha. Foi uma alegria. A partir desse dia, quando tenho alguém assim tão perto, é simples: dou um passo atrás ou atiro a carteira para trás das costas ou finjo que vou ao bolso de trás das calças buscar qualquer coisa com o cotovelo bem apontado. É quase impossível não acertar em quem está atrás e geralmente isso faz com que a pessoa dê dois passinhos atrás, deixando-me respirar. E se não resultar à primeira, insisto até a pessoa começar a achar que corre risco de sair dali pintalgada de nódoas negras. A única coisa chata é quando são pessoas de idade e eu não tenho coragem para fazer isto.

Little Details #3 - As sabrinas

Eu queria casar de sabrinas. Eu não queria por nada usar saltos no dia do meu casamento, nem que fosse apenas na igreja, como me chegaram a sugerir. Queria poder sentir-me confortável, não queria dores nos pés, não queria ter medo de torcer um pé, de tropeçar ou parece uma tolinha a andar a caminho do altar. Não queria estar mais alta que o noivo nas fotografias, não queria que o vestido ficasse depois demasiado comprido quando descesse dos saltos para umas sabrinas, não queria saber do que é que os outros acham melhor. Eu queria casar de sabrinas. E casei. :)

A vantagem das sabrinas, até porque eu queria umas simples, é que se encontram facilmente e não é necessário gastar muito dinheiro. A minha mãe receava que este ano não fosse moda as sabrinas brancas e que eu não encontrasse nenhumas a meu gosto. E eu confesso que para um par de sabrinas que raras vezes se veriam por causa do vestido não estava nada preocupada. Em Dezembro, quando escolhi o vestido encontrei umas sabrinas que achei perfeitas, mas havia apenas o 41 e todos os outros números estavam esgotados. Talvez na nova colecção, disseram, e eu decidi aguardar, embora tivesse comprado um par de sabrinas prateadas baratinho como plano B, caso os receios da minha mãe se viessem a concretizar. Felizmente, não foi esse o caso e as sabrinas apareceram com a nova colecção. Na H&M, 15€. Como o preço aqui em França era igual, não arrisquei e comprei-as logo. E posso dizer dizer que podem ter sido uns sapatinhos de noiva baratinhos, sem salto, mas que me senti confortável e linda o dia todo, e não os trocava por outros por nada neste mundo. :)




26.5.14

Ahahaha

Tio - Gostei muito do teu momento de emoção no casamento e de como pediste graciosamente um lenço à tua mãe.
Eu - Aaaa...desculpa informar-te mas na verdade eu estava a começar a ter um ataque de alergia e pedi um lenço porque o nariz ia começar a pingar....
Tio - Bolas.

Qual emoção, qual quê. Eu estava era ver se não começava a espirrar sem parar enquanto o padre falava. :D

Little Details #2 - Os convites

Como já aqui referi, os convites foram feitos pela Wedding Molde Design e são a nossa cara. Desde cedo que nos perdemos pela ideia de ter uma foto nossa no convite, e acabámos por encontrar um modelo que imitava um postal. De um lado, a nossa fotografia, e do outro, as informações sobre a data, hora e local do casamento. Na ideia original das Joanas, o espaço que nos postais costuma servir para escrever a morada do destinatário era usado para colocar os contactos dos noivos, mas nós pedimos-lhes que mantivessem esse espaço livre de forma a poder escrever uma mensagem personalizada a casa convidado. O selo, e uns autocolantes que mandámos fazer, tinham como desenho os noivos, desenhados à nossa imagem, e com a noiva usando uma réplica do meu vestido, algo que o noivo nunca adivinhou e que só soube no dia do casamento. :)





25.5.14

Domingo

É o dia de dormir até mais tarde.
É o dia de descansar.
É o dia de ele usar a aliança. :)

Cansada

Há dias que nos trocam as voltas, que nos mudam todos os horários e todos os planos. Ontem foi um deles e hoje estou para aqui feita num oito. Ainda bem que é domingo.

23.5.14

Little Details #1 - Os fotógrafos!

Quem foi seguindo a fase de noivado aqui no blogue sabe que aquilo que mais me causou cabelos brancos foi a busca pelo fotógrafo certo. Nem a quinta que cancelou a três meses do casamento me trouxe tanta inquietação durante tantos dias seguidos. Ao todo, contactei cerca de 30 fotógrafos, só para verem como me preocupei com este aspecto. Tínhamos decidido desde logo que queríamos que o casamento fosse filmado, para além de fotografado, o que nos obrigava a ter em consideração a qualidade, não só das fotos, como dos vídeos apresentados. Não gosto de ouvir de dizer que a fotografia é o mais importante do casamento por ser apenas o que resta do dia pois isso tira a importância do dia que é. Tenho a convicção que há casamentos espectaculares e que ficarão na memória dos noivos para sempre, mesmo sem fotógrafos a registar o momento. Mas eu queria fotografias do meu casamento e queria boas fotografias, pelo que a contratação de um bom profissional era o mínimo. 

Lembro-me bem do momento em que chegámos aos quatro finalistas, numa tabela feita por mim com comparação dos preços, das ofertas, do tamanho das fotografias, do preço vendido aos convidados, tudo. Revimos todos os sites novamente, todas as respostas dadas aos e-mails, e chegámos aos dois finalistas. A Lugares e Momentos acabou por ser a escolhida, não só pelo trabalho que víamos no site como também pelas críticas positivas que líamos na net. Fui uma chata, admito. Acho que não houve nada que a Ana e o Alexandre não me tivessem dito que eu não tivesse pedido uma melhor explicação, ou um exemplo, ou feito uma contra-proposta. Foram 34 e-mails trocados até ao dia do casamento, o que mostra bem a paciência que tiveram comigo. Obviamente que o facto de serem rápidos a responder aos e-mails ajudou e muito na decisão porque eu não tenho paciência para esperas insuportáveis de respostas por parte de quem vai ser contratado. 

Infelizmente, não nos conseguimos encontrar antes do casamento e confesso que tive ali dois minutos de preocupação a pensar que seria esquisito no dia encontrar pessoas que nunca tinha visto mais gordas. E se não as reconhecesse? Pior, e se eles não me reconhecessem? E se não houvesse empatia? E se tivessem um ar desagradável e amuado? É um risco contratar fotógrafos que só verão no dia do casamento, isso sem dúvida. Mas o meu pai, já na igreja, ligou-me a dizer "Os fotógrafos já cá estão!". Ufa, menos mal, a parte do reconhecimento estava feita e estava assegurado que eles não andavam a fotografar outra noiva qualquer. E lembro-me bem de quando saí do carro e comecei a subir as escadas, o Alexandre ter dito o meu nome, o que me fez olhar para ele e vê-lo com um sorriso. E quaisquer dúvidas se dissiparam: ia tudo correr bem, eles eram mesmo simpáticos e iam fazer um bom trabalho. E fizeram, agora que vejo as fotos, sem qualquer dúvida que fizeram. Eu e o Jack não somos de fazer poses, mas eles lá conseguiram que fizéssemos algumas (tem de ser, porque se não paramos quietos não há fotógrafo que se amanhe) e o resultado valeu a pena. E agradeço a todos os santinhos terem-se revelado o tipo de fotógrafo que eu queria mesmo e nada de pedidos estranhos como "Agora a noiva deitada no capot do carro!" ou "O noivo a fingir que sobe o muro como se estivesse a fugir!" ou, como eu já vi, "A noiva a enfiar o noivo na mala do carro!". Ufa, fotógrafos normais para noivos normais, era mesmo o que eu queria. Chegados a França, apercebi-me que nunca tinha perguntado na nossa trintena de e-mails quando é que teríamos as fotografias do casamento. Estava a apontar para daqui a umas semanas receber novidades, por isso bem podem imaginar o meu espanto quando recebo um e-mail a dizer que estava tudo pronto e que o link já estava disponível. Epah, gente despachada e trabalhadora que não me obrigaram estar um ano à espera das fotos. :) São bons, a sério que são. :)

Algumas das fotos que apresentarei aqui são deles, e estarão devidamente assinaladas. E sem dúvida que vamos mesmo ficar com boas recordações deste dia. :)

Que noite....

Para tratar de papelada necessária a um projecto nosso, deitámo-nos já passava das 4h da manhã. Às 4h50 o despertador tocou sem eu ainda ter adormecido e senti-me a pior pessoa do mundo por ter de acordar o Jack e dizer-lhe que eram horas de ir trabalhar. Às 5h30 deitei-me novamente e só pensava que o que me apetecia mesmo, mesmo, mesmo era um prato de arroz. Às 5h35 entrei em pânico porque fiz contas e apercebi-me que o aniversário do Jack é...já para a semana. Às 7h da manhã ainda estava acordada a pensar na vida e do dia de anos dele.

Que noite, senhores, que noite. O que eu gostava de ser daquelas pessoas que chega à cama e adormece logo.

22.5.14

O dia

O dia do casamento não podia ter corrido melhor. Uma vez que tínhamos o casamento marcado para a tarde, cheguei a pensar, depois de muito ter lido e ouvido que o dia passa a correr e que quanto mais cedo melhor, se chegaria ao fim com a ideia de ter sabido a pouco. E posso afirmar que não estou nada arrependida de ter casado às 15h, que apreciei cada momento da cerimónia, da refeição, da dança, do corte do bolo, da entrega das lembranças, das fotografias, e que não achei que o dia tivesse nem passado demasiado devagar nem demasiado depressa. No dia seguinte ouvi: "o vosso casamento seguiu mesmo ao vosso ritmo, não seguiu?". Seguiu sim. Recusámo-nos a ter hora combinada para cada momento, cada prato, cada passo, e durante a própria festa fui perguntando ao responsável pelo cattering qual seria a melhor altura para dar uma volta pelas mesas, para cortar o bolo, etc, e ele foi respondendo, mas sem qualquer pressão para que cada etapa se realizasse naquela altura específica. A minha mãe comentou mais tarde comigo que esteve para me ir perguntar se não seria melhor abrir a dança, mas viu-me a mim na cusquisse com as amigas e o Jack na converseta com os primos, e decidiu simplesmente que não valia mesmo a pena impor-nos um horário. E acho que assim correu tudo sobre rodas, sem preocupações e constantes olhares para o relógio.

A comida estava óptima e posso de facto afirmá-lo pois comi a entrada, a sopa e o prato de peixe (aquela ideia de que os noivos mal comem é a gozar, certo?). Passei a carne por não ser dos meus pratos favoritos e entretive-me mais nessa altura a passear pelas mesas. E esqueci-me completamente do buffet, para minha grande infelicidade que não paro de ouvir falar da qualidade da fruta e das sobremesas. Mas ainda tenho uma foto minha a comer um caldo verde já com a sala completamente vazia. =P

A nossa única pequena preocupação era a parte da dança: o facto de não termos contratado nenhum serviço poderia fazer com que a coisa não corresse muito bem. Mas também já tínhamos decidido que se ninguém dançasse, não haveria problema pois o buffet já estaria disponível e seria mais tempo disponível para a conversa com os convidados. O facto de o casamento ser à tarde também tinha como consequência não haver uma pausa de várias horas (como há nalguns casamentos) só para a dança, tal como queríamos. Acabou por se encher a pista de dança, dançou-se até todos estarem com vontade de parar, e cortou-se o bolo logo a seguir. Não podia ter corrido melhor. :)

O dia foi realmente muito bom e tal como tínhamos sonhado. Gostei do dia, apreciei cada momento e se pudesse voltava a viver o dia minuto a minuto, sem mudar nada. E o facto de estar rodeada apenas das pessoas de quem gosto mesmo tornou aquele dia ainda mais especial. E a cereja no topo do bolo foi...ele, claro. O melhor noivo do mundo e agora, meu marido. :)

:)


Os meus nervos

Eu tive um momento de nervos também. Uma único, que durou para aí uns três minutos e que me fez tremer como varas verdes e fazer um esforço para não desatar a chorar. Depois de já quase toda a gente despachada, olhei para o relógio e apercebi-me que tinha mesmo de me vestir senão chegava atrasada. E vai de começar a vestir com ajuda da minha mãe e sei lá porquê achei que o vestido não ia fechar. Não havia nada que me fizesse levar  a pensar isso, mas os nervos das horas, de uns minutos antes ter sabido que o Jack já estava pronto, de esperar que ele gostasse do vestido, olhem, não sei, tive um ataque de nervos. Lá me deram um copo de água, lá respirei fundo, lá chamei parva a mim mesma várias vezes, e lá acabei de me vestir. De resto não voltei a sentir nervos nenhuns, nem à entrada da igreja, nem na troca das alianças, nada....Estava apenas feliz. :)

Ahah, apanhado :)

Tinha já perguntado várias vezes ao Jack se ele estava nervoso no dia do casamento. Disse-me sempre que não.
Hoje em conversa com a mãe dele, a senhora desabafa "E ele, sempre tão calmo e sereno, a sorrir, teve ali um momento de nervosismo. Eu que o conheço bem lhe vi os sinais, mesmo com ele a tentar disfarçar".

Afinal.....:)

21.5.14

Estou histérica

Já tenho as fotos do casamento. :D

Antes do grande dia

A semana anterior ao casamento foi calma. Já tinha tudo tratado, faltando apenas mais uma prova do vestido e ir depois buscar o dito à loja. Na quarta-feira já o tinha em casa e estava finalmente a começar a ficar ansiosa pois já estava pronta para casar e nem o Jack chegava a Portugal nem o dia de sábado se aproximava. Quinta-feira foi dedicada à companhia do noivo e da família, entretanto já por terras portuguesas, a comprar os botões de punho que lhe faltavam, a cortar o cabelo, a mostrar as prendas que já tínhamos recebido, a mostrar tudo o que tinha sido encomendado e recebido em casa dos meus pais e que nós apenas tínhamos visto por skype. Na sexta, fui finalmente para a terra onde decidimos casar, já com os nervos a apoderar-se dos meus pais, e foi dia também de ir à quinta deixar as ementas, os marcadores de mesa, o topo do bolo, e todas as aquelas coisas que tínhamos sido nós a tratar. Eu estava calma, calmíssima, organizada, sem stress e pelas oito do noite já cabeceava de sono. Aguentei-me até à meia-noite e qualquer coisa, altura em que me deitei, tentei adormecer e...nada. Após duas semanas a dormir que nem uma pedra, tinha finalmente uma noite de insónia e logo na véspera do casamento. Para cúmulo, uma vez que andava a dormir tão bem, tinha-me esquecido de trazer comigo os comprimidos que me ajudam a adormecer. Juro que foi uma noite de tortura, primeiro comigo despertíssima sem qualquer sono, depois já exausta e a querer mesmo adormecer. Não me sentia nada nervosa com o casamento, mas sei que entrei naquele ciclo vicioso do "Não consigo adormecer - Estou a ficar nervosa porque vou dormir pouquíssimo - Como estou nervosa não consigo adormecer - Como não adormeço, fico nervosa pois vou dormir pouquíssimo - E como estou nervosa, não adormeço - etc". Às seis da manhã ainda troquei umas mensagens com a minha mãe que tinha acordado às 5h00 da manhã e não conseguia voltar a dormir (está-se mesmo a ver a quem é que eu saio, certo?), vi o dia nascer, ouvi o galo cantar e finalmente pelas 7h da manhã adormeci. Graças a Deus que optámos por casar à tarde, porque se eu tivesse de casar às 10h, não tinha pregado olho. Assim, ainda dormi duas horitas, antes do despertador tocar e finalmente o dia começar.

20.5.14

Não tinha saudades nenhumas

Dos vizinhos. Nenhumas mesmo. Chegámos ontem à noite e hoje de manhã já estavam as escadas sujas com caca de cão, o miúdo chorava a sair de casa, chorava a entrar em casa, chorava a descer as escadas, chorava a subir as escadas, chorava a sair do prédio, chorava a entrar no prédio, ou simplesmente chorava sem estar a fazer nada, os pré-adolescentes batiam com as portas, os vizinhos partilhavam a sua música com toda a rua e alguém passou a tarde a serrar um cano ou algo parecido.

Tenho a cabeça quase a explodir e estou com a sensação que duas viagens de avião em dois dias seguidos fizeram mossa nestes meus ouvidos. Não me posso baixar que sinto logo que me enfiaram um punhal em cada ouvido e sou atingida por uma valente dor de cabeça. Esperemos que isto passe rapidamente, mas seria o paraíso se os vizinhos me dessem um bocadinho de descanso.

Epah, e eu gosto mesmo dela!

Vou fazer batota, admito. O primeiro texto sobre o casamento não é da minha autoria, mas sim de uma grande amiga que lá esteve e que tem um jeitinho para as palavras como só ela poderia ter. Leiam, leiam e vejam lá se percebem porque razão me armei em piegas quando o li e me vieram as lágrimas aos olhos (com o Jack ao meu lado a dizer "Vou contar à Joana que choraste! Vou contar à Joana que choraste!". Queixinhas, pah).










Voltei, voltei!

Deixem-me só voltar a pôr a minha vida nos eixos, dar uma volta à casa (da qual saí há 3 semanas e que me fez o favor de acumular pó que nunca mais acaba) e depois sento-me aqui e relato tudo, respondo a e-mails, vejo comentários, etc, etc....Até já! =D

12.5.14

Dia Perfeito

É apenas para dizer que tivemos o nosso dia perfeito, em que tudo correu como queríamos (ignorando o vento frio que se levantou na altura das fotografias) e somos neste momento um casal casado muito, muito feliz. :) E agora aguentem as saudades durante uma semaninha que eu, mal goze bem gozada a minha lua-de-mel, volto aqui ao blogue.:)

10.5.14

Adoro o meu ritmo de sono (not)...

Morta de sono deitei-me cedo. Dormitei meia-hora e agora estou à horas de olhos abertos a ver o tempo passar. Que óptima noite para ter uma das minhas insónias...

9.5.14

É já amanhã!


Venham-me falar da tradição, venham...

Ontem fui jantar com o Jack (pizza!) e passavam por nós estudantes a caminho da serenata. E expliquem-me lá como se eu tivesse 4 anos: estas estudantes que ignoram activamente a regra da saia do traje estar estar no máximo dois dedos acima do joelho, de nada de usar sapatos de plataforma pretos e outras regras que tais, tão conhecidas da tradição conimbricense, são as mesmas que defendem as praxes como fazendo parte da tal tradição universitária que elas não cumprem, não é? É que a mim confundem-me muitas estas incoerências...

O meu ponto de vista

Isto de casar desempregada tem muito que se lhe diga. Um só ordenado, por muito bom que seja, a entrar em casa, com um crédito de um apartamento e contas por pagar, não deixa muito espaço a grandes poupanças. O passo para o noivado foi muito pensado, foram feitas muitas contas e acho que posso dizer que com jeitinho uma pessoa até casa com pouco dinheiro. No fundo depende muito do tipo de festa que se quer. Eu sei que com as nossas posses não me posso dar ao luxo de ter um casamento de princesa, num castelo, com 500 convidados, uma festa de três dias e os melhores profissionais do mundo a trabalhar para mim. Mas queríamos mesmo casar, queríamos mesmo dar este passo, e por isso preferimos fazê-lo mesmo com uma festa mais pequena, mesmo cortando com algumas coisas. E se tivéssemos mesmo pouco ou nenhum dinheiro, já tínhamos pensado casar apenas com os pais e os avós presentes. Se era o tipo de casamento com que sonhávamos? Não, não era. Se ia ser um dia infeliz? Não. O dia de casamento é o dia dos noivos, a celebração do seu amor, e cabe aos noivos estarem felizes naquele dia. Claro que se os noivos acharem que o casamento só faz sentido com uma grande festa têm todo o direito a adiar ou prescindir deste passo se não o puderem concretizar. Para nós, o importante foi perceber que o facto de a minha situação profissional estar parada não significava que a vida pessoal tinha de ir pelo mesmo caminho, e que se era importante este passo, então dá-lo-íamos conforme as posses disponíveis. Nós cortámos nalgumas coisas (que muito provavelmente nunca seriam cortadas por outros noivos), não será de todo um casamento luxuoso, mas é o nosso casamento. E se isto não é o suficiente para ser um dia feliz, então não sei o que raio é importante nesta vida. :)

8.5.14

Depois tiro fotografias :)

Estou apaixonada pelas primeiras prendas de casamento que já nos vieram parar às mãos. Somos uns sortudos. :)

E o que nos rimos depois....

Comentava eu ontem com a minha mãe que queria trazer o Jack cá a casa para lhe mostrar as coisas que comprámos e fizemos para o casamento. A resposta da minha mãe foi automática:
- Tudo bem, mas não o leves para o teu quarto.
Fiquei sem pinga de sangue. Mas se é no quarto que está tudo porque não poderia lá eu levar o meu noivo? Abri a boca, incrédula. A minha mãe, nada dada a proibições destas, estava a proibir-me de levar o homem com quem vou casar para o meu quarto para lhe mostrar as coisas do nosso casamento? Teria eu de lhe explicar que já tenho quase 30 anos? Que já vivemos juntos? Que não sou propriamente uma menina inocente? E que ainda por cima ia apenas e só mostrar-lhe as coisas do casamento? Nem queria acreditar em tal coisa. Juro, que fiquei mesmo chocada e nem consegui dizer uma palavra que fosse. Quando finalmente o choque abrandou ligeiramente, apenas o suficiente para me virar para ela e tentar perceber o que se estava a passar, ela diz:
- É que tens lá o vestido de noiva....

Ups.

:D

E o Jack já está em Portugal! Ufa, era a única coisa que me estava a deixar nervosa esta semana: esta viagem de carro de França para Portugal, em que basta estar no sítio errado à hora errada para acontecer um azar. Ufa, mas agora já posso respirar fundo e ser a noiva menos stressada de toda a história. =P E amanhã já vou matar saudades....:)

7.5.14

Como fazer dieta

Regressar a casa dos pais a quinze dias do casamento, e ter uma mãe disposta a fazer com que o vestido assente bem na filha, servindo-lhe sempre comida saudável e não tendo em casa nenhuma tentação. Ainda nem sequer fui aos meus restaurantes favoritos. Numa semana e meia, já foram dois quilos.

(Vem depressa Jack, quero ir jantar fora contigo!)

6.5.14

Ora toma lá uma facada na auto-estima

Afinal o vestido estava mais larguito na penúltima prova porque a malandra da costureira (um doce de pessoa) o tinha alargado um bocadito. Eu para aqui a achar que tinha perdido volume (mesmo com um quilo a mais na balança) e afinal...Pfff.

(De qualquer forma agora vai ter de o apertar um pouco porque na última prova já estava demasiado largo).

Já vos disse que o vou buscar amanhã?? :D

Não stressas?

Ao longo deste curto noivado fui ouvindo várias vezes a pergunta "E então, estás muito nervosa?". A resposta foi sempre não, porque no fundo as razões que poderiam deixar-me nervosa não existem no meu caso.

1. A minha vida vai manter-se igual. Não vou sair de casa dos pais, não vou para uma casa nova, não vou mudar de cidade, não vou alterar nada no meu dia-a-dia. Se calhar, se fosse embarcar numa nova vida estaria nervosa, expectante, ansiosa, preocupada em tratar de mil e uma coisas para a casa nova, mudanças e alterações. Mas não sendo esse o caso, o nervosismo não tem razão para existir.

2. Não tenho qualquer pretensão a ter um casamento perfeito. E não havendo esta expectativa, esta agonia em esperar que tudo corra milimetricamente de forma perfeita, não fico ansiosa com alguns contratempos que possam existir. Estou assim preparada para que a maior tempestade deste ano decida aparecer nesse dia, para o meu cabelo rebelde decidir não aguentar nem um minuto o penteado que quero, para estar um vento daqueles que até uiva (e que me mexe com o sistema nervoso), para o padre falar demais, para ter frio ou calor, para os convidados chegarem atrasados, para que alguma criança faça birra, e para mais umas quantas coisas. E mesmo que o coro me falhe, que haja um furo, que o bolo não chegue, que estas coisas até me incomodem um bocadinho, não será isso que tornará o dia do casamento o pior dia da minha vida. Sou eu e os meus que farão do dia aquilo que vai ser, e estando acompanhada das pessoas certas, isso sei que não falhará. :)

3. Mais uma vez repito: é impossível agradar a toda a gente e muito sinceramente não me vou casar com o objectivo de dar a festa do ano e de este dia não sair da cabeça de ninguém nos próximos anos. Aliás, estou convencida que quem tem mais casamentos este ano, até é capaz de gostar mais dos casamentos dos outros. No nosso casamento queremos estar com quem mais gostamos, queremos conviver, dançar, e passar um dia agradável. Se estou preocupada que haja momentos de seca, de alguém não gostar da comida, de a música não agradar? Não, de todo. Eu própria já estive em casamentos onde apanhei seca, ou onde a comida não me agradou, ou onde a música não puxou por mim, e sinceramente não liguei muito pois o dia não era meu mas sim dos noivos, e se eles estavam felizes isso é que importa. Os convidados são importantes (ou não fossem eles a família e os amigos mais queridos) mas a festa não lhes pertence, e na minha opinião é muito mais importante que os noivos tenham os dia que querem do que os convidados. E logo isso retira muito do stress que poderia sentir. :)

5.5.14

Impressionante

Não entendo muito bem este sistema dos hospitais que nos deixam sair sem pagar nada e depois gastam papel e selos a enviar-nos a conta para casa. Já cheguei ao ponto de receber uma conta de dois euros de um hospital onde fui de urgência quando estava de férias. As opções seriam pagar por vale postal nos correios ou dirigir-me pessoalmente ao hospital, e não tendo a mínima vontade de percorrer mais de 100 quilómetros só para pagar dois euros, lá fui furiosa aos correios gastar outro tanto para pagar aquela conta. A fúria devia-se também ao facto de eu bem me lembrar de ter perguntado "É preciso pagar mais alguma coisa?" e me terem mandado para casa descansadinha pois não tinha mais nada a pagar. Porque raio não cobraram logo os dois euros quando eu perguntei é algo que me ultrapassa.

Hoje recebi uma conta de outro hospital. Abri de sobrolho franzido pois não me lembro de ter ido ao hospital no último ano (mas não me livro de médicos e tenho consulta amanhã, yey). E realmente não me lembrava pois a conta é de uma ida minha em Novembro de...2012. Um ano e meio depois o hospital lá decidiu gastar dinheiro em papel e selos para me pedir dinheiro. Fantástico.


:D


Segunda prova do vestido feita! Daqui a uns dias já o irei buscar!

4.5.14

:)

Ainda em relação ao número de convidados acho fascinante que no meio de tantas aceitações, recusas e indecisões, se esperem nada mais nada menos que o mesmo número de convidados da noiva que do noivo. Se todos aparecerem mesmo e não houver qualquer imprevisto, poderemos afirmar que 50% dos convidados serão da família ou amigos da noiva, e 50% da família ou amigos do noivo. Se tivéssemos planeado isto, não teríamos conseguido.

Afinal....

Quando embarcámos nesta alegre aventura que é fazer listas de convidados, procura quintas, etc, deparámo-nos várias vezes com a informação de que em todos os casamentos faltam cerca de 20% das pessoas. E olhava para aquele número de faltosos e achava-o grande demais. Do meu lado não me pareceria que houvesse muitas pessoas a dizer que não iriam (é o que dá convidar apenas e só os familiares e amigos mais próximos), e de facto olhando agora para a lista constato que apenas tive três recusas, duas delas motivadas por viverem noutro continente e uma por trabalho. Do lado do Jack, a regra foi a mesma, convidando-se apenas os parentes mais próximos, mas sabendo ainda assim que o facto de muitos viverem em França significaria que nem todos estariam disponíveis para viajar para Portugal na altura escolhida. Mantive ainda assim a ideia que 20% de convidados a recusarem o convite seria demais. Agora, entretive-me a fazer as contas e tivemos 23% de convites recusados, sendo a maioria de quem está em França, como já imaginávamos. Afinal, a regra até se aplicou a nós também. :)

3.5.14

Anotou?

São Pedro

Eu não queria ser muito pedinchona, mas dá para fazeres um bocadinho de menos calor no próximo sábado? É que eu sou uma mulher dada a quebras de tensão com o calor e isto hoje já nem dá para estar ao sol...Já agora também não quero vento porque o barulho dá-me nervos além de despentear cabelos que estiveram uma hora a ser puxados, esticados, encaracolados, repuxados, apertados e penteados no cabeleiro, sendo assim um autêntico desperdício de dinheiro. E esconde lá a chuva, já agora, que também não é necessário. Basicamente, quero um dia pouco quente, sem chuva, sem ventos e com algumas nuvens no céu que de vez em quando protejam as moleirinhas e os olhos de apanharem sol directamente. 

Atenciosamente,
Tété

Falta...


...1 semana!

(e eu que já estou a ficar com saudades desta fase de noiva?)

2.5.14

O dia de hoje

Cabelo

Expliquei o que queria, mostrei fotos e como resposta tive um:
- Ah, isso é muito simples. Até escusamos de experimentar. Faz no dia e pronto.
Lá insisti que queria ver na mesma (porque queria ter a certeza que ela conseguia fazê-lo mesmo sendo simples), e lá me sujeitei a uma lavagem de cabeça para aí durante meia-hora, a uns minutos de massagem na cabeça (detesto!) e ao penteado em si, que ficou como planeado. Mais uma coisa tratada. :)

Maquilhagem

Expliquei o que queria, foram-se experimentado os diferentes passos, foram-se trocando algumas coisas e o resultado final não desagradou. Fora o facto de com mais luz solar (o local de maquilhagem tem pouca luz natural) ter percebido que me colocaram um pó um pouco mais escuro do que deveriam e, sendo eu muito branquinha, parecia que tinha enfiado a cabeça num solário. Estava linda. =P A ver se no dia me lembro de lhes pedir para porem um pó bem mais claro. :) Mais uma coisa tratada. :)

Lembranças das senhoras

Lá fui buscar as lembranças para oferecer às excelentíssimas senhoras que estarão no casamento. :) Mais uma coisa tratada. :)

Visita à quinta

E lá fui confirmar a decoração, testar algumas coisas, esclarecer alguns pontos e agora só lá volto na véspera do casamento. Exactamente daqui a uma semana. Está quase. :) 

Expectativa...


Neste momento devo estar a sentar-me num cabeleireiro onde nunca entrei e a começar a explicar como quero ir penteada no dia do meu casamento. Quero algo simples, levo fotografias e tudo do que pretendo, por isso espero mesmo, mesmo, mesmo não sair de lá a parecer uma catatua ou com ar de quem acabou de passar por um tornado. Depois sigo para a prova de maquilhagem, onde mais uma vez explicarei o que pretendo mas sem fotos como exemplo, e vou rezar para não sair de lá a parecer ter sido atropelada ou com a cara cheia de brilho e purpurinas.

1.5.14

Só faz falta quem lá está...Ou não. :)

Já duas pessoas me tinham dito que "Só faz falta quem lá está" a propósito de quem vai e quem não vai ao casamento. E eu encolhia os ombros, pouco convencida, porque havia uma pessoa que eu gostava mesmo, mesmo, mesmo de ter lá e que por estar longe não poderia fazê-lo. Mas a vida dá voltas, a família junta-se e  lá se conseguiu arranjar maneira de a minha tia conseguir vir de Moçambique para estar neste meu dia. E eu não caibo em mim de contente (até bato palminhas de satisfação). Claro que há outras pessoas que eu gostaria que pudessem vir (como por exemplo o tio e o primo que ficarão por lá), mas neste momento já me faz mais sentido a expressão usada pelos outros. Já vos disse que estou radiante?? :D

Estou chateada!

Estou chateada com os senhores da Danone. Muito chateada até. Desde que me lembro a Danone sempre teve os meus iogurtes favoritos e só eu sei a falta que sinto deles em França. Assim mal cheguei a Portugal corri logo ao supermercado comprar iogurtes Danone com aroma a banana, morango e tutti-frutti, os meus sabores favoritos. Em casa, abri uma das embalagens com aroma a banana e...o iogurte era meio amarelo. Amarelo? Que raio...deveria ser branco. Poderia estar estragado? Provei um bocadito e não senti qualquer alteração de sabor. Decidi abrir um de aroma a morango para ver se estaria também assim. Não estava. Estava rosa. E então percebi: os senhores da Danone que sempre fizeram os iogurtes brancos como eu gostava decidiram andar a brincar com corantes! Não havia necessidade! Os iogurtes de aroma da Danone sempre foram brancos e é assim que eu gostava deles, e agora está uma pessoa a comer um iogurte cujo sabor tão bem conhece mas com plena consciência de que andaram para ali a juntar cor só porque sim. Querem inovar, querem ser diferentes, e vai de se lembrarem de fazer o que já muitos outros fazem. Oh, sinceramente. Se era para isto voltavam a meter frases no verso das tampas como vos deu para fazer há uns anos atrás e não me estragavam os iogurtes. É que agora até tenho medo de abrir o de tutti-frutti e descobrir qual a cor usada. Verde? Roxo? Laranja? Ai, senhores da Danone, fizeram porcaria, ai fizeram, fizeram....

E é por isto que eu sei que há portugueses onde vivo....:)

O amor à pátria dos emigrantes portugueses é grande e por isso não são poucas as vezes que me cruzo com carros com símbolos como este colados nos vidros.